Um Final Não Tão Feliz.

7. Não entendi nada

 Acordei e reconheci o quarto... Me lembro do que aconteceu mas tenho uma lembrança meio borrada.

 Levantei. Silêncio. Era tudo oque eu ouvia.

Desci as escadas e encontrei coisas quebradas. Jarros, copos, e uma garrafa de Whisky que brada ao meio... e sangue?!

... LOTTE!

- Lotte!! Onde você se enfiou! 

Droga, droga, droga, droga!

Corri a casa inteira tentando achar ela mas não encontrei!... Espera... 

Corri para o banheiro do quarto dela e tentei abrir. Trancado.

Um chute. Dois chutes. Três chutes. Nada!... A arma do pai dela.

Desci as escadas correndo e entrei no antigo quarto dos seus pais. Uma vez Lotte me mostrou que seu pai tinha uma arma e disse onde ele guardava. Entrei no quarto e puxei todas as gavetas de cima do guarda roupa. Roupas, roupas, mais roupas e... Uma Beretta, isso! (N/A: Sou chonada na Desert Eagle mas a Beretta é comum).

Corri de volta até o quarto dela e... putz as balas... Tem balas aqui, amém. Destravei a pistola e atirei na tranca da porta. Eu vejo muito como funcionam as armas e... agora não é hora. Empurro a porta e vejo mais sangue e nada de Lotte.

Quando olho dentro da banheira vejo ela com os dois pulsos cortados, cortes fundos. Ela estava inconsciente e a cabeça estava sangrando... Hospital!

Se eu fosse esperar a porcaria da ambulância chegar a minha amiga já teria morrido, levei ela até o próprio carro, coloquei ela no banco de trás e fui. Eu dirigi como se não houvesse amanhã.

Chegando lá eu pego o celular dela do próprio bolso e coloco no meu. Pego ela no colo e levo para dentro do hospital.

- Socorro! Alguém por favor me ajuda! - gritei totalmente desesperada.

Alguns homens, creio que sejam os enfermeiros chegaram e levaram ela até uma porta cujo não me deixaram passar. Droga!

Pediram para que que fosse preencher a ficha dela... sei lá, não manjo disso.

Fiquei na sala de espera um bom tempo... chorei, chorei e fiz algo que nunca fiz na minha vida. Me ajoelhei, pedi pra Deus não levar a minha irmã e única amiga até que um garoto entra desesperado e quando ele vira... Lucas?!

Vou até ele e pergunto.

- O que você tá fazendo aqui?

- E-eu esqueci o ce-celu-lular na casa d-da Charlotte e qua-quando eu fui busca-car estava tu-tudo cheio de sangue. - falou chorando e soluçando muito. Chegava a ficar igual a mim.

- O que você tem com a Lotte? - sei lá... saiu.

- EU AMO ELA!

Por algum motivo eu chorei mais, chorei muito mais. Me perguntei porque isso doeu tanto. Caiu a fixa. Eu estou apaixonada por ele.

Não, não, não. Eu não posso, eu não conheço ele como..

Minha visão foi ficando turva. As vozes iam se afastando. Minha cabeça rodava.

Tudo escureceu.