》quatro《

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Ambos entraram no carro e ficaram em silêncio.

Kaya queria falar, mas estava receosa.

- Porque ninguém nunca me disse que eles eram amigos? - perguntou quando o carro de Jackson saiu do estacionamento.

- Ben ou Jim devem ter falado, que sempre que Ben ia contar, nós brigávamos. E sexta ele estava para te contar, mas ficou sabendo da briga que tivemos. - o garoto se pronunciou e ela assentiu pensando no que diria a seguir.

- Como eles souberam da briga de sexta? - ela o olhou desconfiada.

- Eu também gostaria de saber. Os dois sempre tem um jeito de saber alguma coisa, mas nunca contam como sabem. - Ele parou em um sinal de trânsito e suspirou.

- Você sempre soube da amizade deles?

- Não. Descobri ano passado no aniversário de Jim. Eu encomendei um bolo para ele, e ele sumiu na hora de cantar Parabéns. Procurei pela casa e pelo terreno, e não o achei. Já estava escurecendo e eu ainda não tinha o achado, e logo os homens iam sair da taverna e iam para floresta. Foi quando eu entrei na mesma e o achei junto a Ben. - Disse Jackson e parecia ocultar algo.

-O que eles estavam fazendo? - perguntou meio desconfiada.

Jackson a olhou e voltou a dirigir.

- Conversando. - Respondeu depois de alguns segundos.

- Jim faz aniversário na semana de aniversário da cidade? - perguntou se arrumando no banco após passarem por uma lombada.

- Faz. Meu pai diz que isso pode ser sorte, mas Jim foi uma maldição. - Respondeu se lembrando o porque do pai dizia aquilo do filho mais novo.

- Ele não teve culpa. Ninguém teve culpa. Era o que tinha que acontecer. – Disse Kaya compreendendo o porque dele ter dito aquilo.

Ela pensava que Jim não era o único a ser tratado como o elemento de má sorte. Pois Ben sofria.

Ben havia nascido nas sétima e última noite de lua cheia treze minutos depois do avô paterno ser encontrado morto no porão da casa.

Havia parentes que acreditavam fielmente que Ben havia tirado a vida do homem no momento em que nasceu.

Jim era a maldição ao ver de Lee por que a sua mulher faleceu no parto do garoto, mas ela havia feito uma escolha antes do nascimento do menino. Por ser uma gravidez de risco e ter que escolher entre ela e o bebê, deixou que o filho vivesse, mesmo sem a sua presença.

- Porque está ignorando Robert? - Jackson quis saber depois de um longo tempo em silêncio.

- Ele sumiu por quase duas semanas e ainda quer que eu o receba sorrindo? - perguntou quando ele parou o carro que dividia os caminho entre a casa dos dois.

Quando Jackson estava prestes a responder ela saiu e bateu a porta.

Ele não iria falar o por que dos sumiços de Robert, pois ele sabia muito bem o porque. E para o desespero de Robert, ele tinha consciência que Jackson poderia acabar com tudo se abrisse a boca para dizer o que sabia.

Observou Kaya andar na beira da estrada e sumir em uma curva que vinha a seguir.

Ao chegar em casa viu Jim na janela e nem sinal de Jonathan, mas viu o vulto dele na janela da cozinha. Saiu do carro e viu o lobo branco parado de baixo da janela da sala, a mesma que Jim estava o olhando.

- Vai embora antes que Johnny o veja e o cozinhe. - Assim que disse o lobo que ganhará o apelido de Snow sumiu rapidamente na direção da floresta.

Entrou em casa e viu Johnathan mexer algo nas panelas. O saudou e foi na direção da sala, mas Jim não estava mais na sala, havia subido para o quarto.

Jackson seguiu para o andar de cima e seguiu para o último quarto, no qual entrou e fechou a porta. Jim estava deitado na cama de bruços e olhando o nada. Jackson puxou um banco e se sentou de frente para Jim.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou e Jim nem se quer o olhou.

- Johnny não me deixou sair. - Disse com a voz baixa. - E não briguei com Ben.

- Anunciaram a semana de aniversário da cidade. E isso te abalou de novo? - perguntou e o garoto continuou sem olha-lo.

- Esse ano faço aniversário, dois dias antes? - perguntou esperançoso.

- Não. Você fazer exatamente no primeiro dia - disse Jackson com calma - e Ben no último. - Jim assentiu.

- Papai disse que vai me levar para caçar esse ano. Disse que já vou ter idade. - Suspirou antes de choramingar. - Eu não quero matar nada e nem ninguém.

Jackson se lembrou que ano anterior três homens tinham sido mortos a balas durante os dias de caça. Foram confundidos com animais.

-Eu não vou e não vou deixar te levarem - disse o mais velho.

-SE VOCÊS QUISEREM COMER TEM COMIDA NO FORNO. - Jonathan gritou do andar de baixo, logo em seguida se foi ouvido o som da porta bater e do motor do carro.

-Vamos comer. - Disse Jackson ao irmão que se levantou.

-Kaya... Kaya - a mãe da garota tentava chamar a atenção dela por falar que não iria, em hipótese alguma, colocar o seu nome da redoma para a escolha da garota.

Em Daxton, na semana de aniversário da cidade, a caça durante os sete dias era permitido, mas só durante a noite. Na cidade, havia várias barracas de bebidas e comidas, além das de jogos. No primeiro dia da semana de aniversário, um sábado, se fazia um sorteio onde escolhiam uma menina e um menino.

A menina seria a chapeuzinho vermelho, andaria para cima e para baixo com uma capa vermelha. O garoto usaria roupas pretas e deveria estar sempre armado, além de ter a função de caçar um lobo para exibir no sétimo dia. Ele seria o caçador. E qual é a função dois?

Ler os dois melhores contos da chapeuzinho e do lobo.

Qualquer um podia mandar o seu conto, que ao longo da semana seria escolhido.

E o que Louise Cox queria de sua filha?

Queria que ela se candidatasse para ser a garota que seria escolhida.

Era a tradição mais idiota que poderia existir, mas era a tradição do pequeno pedaço do inferno que Kaya havia nascido.

A mãe da garota desligou a tevê que passava a notícia de algo, algo terrível talvez, como sempre.

- Liga a tevê. - Pediu a garota.

- Não. Não até dizer que vai colocar o seu nome. - A mulher insistiu.

- Não vou. - Disse como se aquilo fosse simples.

A garota se levantou e foi para o seu quarto ouvindo a mulher gritar no andar de baixo.

Antes de entrar no cômodo determinado como seu, voltou alguns passos e foi para o quarto de seu irmão mais novo. Vendo-o pela brecha da porta o garoto de pijama arrumando a mochila para ir no dia seguinte para escola.

Olhar para Ben a fez sentir uma sensação estranha, como se algo aconteceria, mas o que seria?

Decidida que esqueceria aquilo, voltou para o seu quarto, arrumando as suas coisas e deitando-se para poder dormir.

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Vai ter atualização dupla.

1 – Porque eu achei esse capitulo pequeno.

2- Porque não sei se semana que vem eu vou ter tempo.

Postei antes de quinta e sexta, por que vou viajar na sexta, e não vou ter tempo na quinta e menos ainda na sexta.

AAAAh eu estou escrevendo uma one shot Chanbeak, e em breve irei postá-la., enquanto isos leio a minha one short Lie com o Mino <3.

Até o próximo capitulo...

Vocês tem Twitter? Segue eu, @CrisdePaula06

Aurora 》Got7《Onde histórias criam vida. Descubra agora