Draw my life.

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LEXAM'S POINT OF VIST

 Me encaminhei em direção ao monumento, e ali mesmo, sobre o cimento, me sentei de pernas cruzadas de maneira que poderia ser facilmente assemelhado á um índio. Com cerca de três metros de altura, a estátua do anjo parecia encarar qualquer um que a olhasse diretamente. Não era como estátua de uma exposição de museu, pois esta, tinha todas as partes do corpo. Entendo quem a esculpiu, afinal, se eu fosse uma estátua, eu não iria querer ser uma estátua alejada. Sorri em meio á estes pensamentos e tirei meu bloco de notas da jaqueta que se encontrava em meu casaco, a caneta também foi retirada de outro bolso. Sempre tive a mania de dividir as coisas em bolsos.

 Eu não era um bom desenhista; sequer chegava perto disso, mas ultimamente estava treinando, e meu primeiro real projeto era aquela estátua. Seria difícil algum dia eu terminar aquele desenho, considerando que cada veia era detalhadamente esculpida, e os fios de cabelo eram tão realistas, que era estranho o forte vento de Charleston não bagunçá-los e obrigar a estátua literalmente angelical criar vida para arrumá-los novamente. Aquela estátua se parecia comigo, mesmo sendo cinzenta. Um penteado jogado pro lado, olhos que não eram escuros, mas não chegavam a ser tão claros - a não ser que a pintura estivesse desgastada - e uma aparência humana, mas que aparentava força demais pra qualquer ser mortal. É, já não se podia dizer o mesmo de mim na última informação, mas ele realmente se parecia comigo.

 - Adivinha? - meu coração saltou ao escutar a voz, e duas mãos foram colocadas sobre meus olhos. Depois de ficar ofegante, um largo sorriso começou a se formar aos poucos em minha boca. Animado, me virei rapidamente, e abracei a pronunciante o mais forte que pude.

 - Céus, como eu senti sua falta, Lara! - disse ainda sorrindo. Ela sorriu e retribuiu o abraço, começando a sorrir comigo. Depositei um beijo na bochecha rosada da garota de cabelos que variavam entre castanhos claros, castanhos escuros e pretos. A pele clara facilmente ficava vermelha, o que se tornava amável quando ela ficava tímida. - Nunca mais suma da minha vista, mocinha.

 - Hey! Eu não tenho culpa de ter uma personalidade amável demais para a minha mãe me aguentar em casa e me despachar pra casa do meu pai como castigo! Ops... - fez uma careta arqueando as sobrancelhas e começando a rir, logo terminando - tenho sim.

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