O céu perde seu brilho.

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Submerso no vazio, sinto minha mente, já enfraquecida, perder sua validade. O que uma vez foi brilhante de mais para a compreensão mundana, agora jaz na sarjeta abandonada e coberta pela lama do esquecimento. Me sinto sozinho, mas não solitário... Me entristeço por isso, jamais desejaria a ninguém essa sensação. Falo isso, pois sei que por aí são várias as mentes brilhantes incompreendidas. Ora, é a arte da modernidade: o preço que se paga pela paz universal. A vida em si é tão vazia sem um propósito que todos possam carregar juntos.

Não concordes comigo, e se, por acaso, percebes minha forte ingenuidade em construir falácias, considere que são palavras da embriaguez, que tem em mim uma boa casa. Pois bem, resmungava a respeito de minha grandeza, que há muito se perdera, porém minha tristeza maior se encontra no fato de que jamais a terei novamente, pois de tanto pensar cheguei a seguinte conclusão: a modernidade é dos fracos. Pertence àqueles que se contentam em simplesmente respirar.

Mais uma vez lhe alerto a desconfiar, não são pensamentos contemplados pela lucidez, e sim devaneios libertinos de quem já não sente a vida. Não sinto. Corro junto ao vento na esperança de ser carregado para os braços de alguém que me ama, ou então para a morte. É isso, o amor já não me serve de refúgio, quando já o traí tantas e tantas vezes, mesmo que em prantos, deitado no colo nu de uma donzela qualquer. A sensualidade das noites ébrias me viciaram no pecado, o profano pecado de corromper o que não deve ser corrompido, a pureza de uma mulher.

Profanado mergulho jovialWhere stories live. Discover now