Saio do banheiro enrolada na toalha e vou até o closet, ligo o secador e seco todo o meu cabelo, pego o look na multimídia que eu já tinha separado e visto, só eu mesmo para usar óculos escuro a noite, mas é a vida né. Penteio o cabelo e faço um rabo de cavalo alto, passo base, iluminador, blush para marcar a bochecha, passo delineador, máscara de cílios e um batom nude para não ficar nada muito chamativo, espirro um pouco de perfume e estou pronta.
Coloco o celular, dinheiro, identidade na minha bolsa e desço as escadas, o Luan estava lá embaixo todo arrumado junto com o meu pai.
- olha, a madame resolveu descer.- meu pai falou irônico.
- está linda amor.- Luan veio até mim me dando um selinho e me abraçando forte. Nossa, me pegou de surpresa.
- obrigado, você também.- sorrio.- vamos?
- sim.- entrelaçou nossos dedos.- tchau Felipe.
- tchau pai, avisa para a mamãe que eu saí.- mandei um beijo para ele.
- tudo bem, juízo os dois.
- juízo é o meu nome do meio Felipe.- Luan falou sorrindo.
...
O caminho foi meio estranho, nem parece que somos um casal, parecemos dois completos estranhos e isso me deixa muito triste.
Paramos na frente de uma lanchonete e logo eu abro um sorriso, estou morrendo de fome. Saio do carro sem esperar ele abrir, tenho duas mãos que servem para isso.
- vamos?- perguntou entrelaçando nossos dedos.
- vamos.- dei um sorriso amarelo.
Caminhamos para dentro da lanchonete, escolhemos a mesa do canto nos sentando um na frente do outro. Pego logo o meu cardápio mesmo sabendo que irei pedir um x-tudo e um copo de coca com uma rodela de limão.
- então, tudo bem?- ele está tentando puxar assunto? Ah, ok.
- tudo sim, e contigo?- perguntei normalmente.
- bem...- me fitou por longos segundos.
- o que foi? Minha maquiagem está borrada?- franzi o cenho.
- não, é que... Você é linda.- corei.- Isa, desculpa por ter me afastado de você, é que... Eu precisava de um tempo só para mim...
- eu poderia te ajudar Luan.- falei chateada.
- não, ninguém pode me ajudar, só eu mesmo posso fazer isso.- falou nervoso passando as mãos pelo o cabelo.- mas eu quero mudar, quero que possamos voltar a ser o que éramos antes.- segurou minha mão.
- você só pensa em si mesmo né?- puxei minha mão.- você não era o único que estava sofrendo.- falei ríspida.
- já escolheram os pedidos?- a garçonete pergunta se aproximando. Péssima hora garota.
- eu quero um x-tudo e um copo grande de coca com uma rodela de limão.- pedi olhando para ela.
- quero o mesmo.- Luan falou. Eu ainda podia sentir o seu olhar em mim.
- ok, logo estarão prontos.
...
O resto dos minutos que passaram foram em completo silêncio, terminamos de comer e eu fiz um sinal para garçonete vim dá a conta.
- deu vinte e cinco reais.- ela falou colocando a conta em cima da mesa.
- aqui está.- tirei o dinheiro da bolsa e coloquei em cima da mesa.
- não Isa, não precisa, eu pago.- Luan me contrariou.
- não preciso que você pague nada para mim.- falei fria me levantando.
- ei, espera.- ele chamou.
Caminhei apressadamente para fora do estabelecimento, onde será que se acha um táxi por aqui? Quero ir para casa o mais rápido possível.
O problema do Luan é que ele pensa que só ele está sofrendo, só ele que está triste, só pensa em si mesmo, mas em algum momento ele pensou em mim? Não, ele preferiu se afastar de mim, se trancar naquela merda de quarto e se drogar, eu não queria está com raiva mas estou.
- Isa.- senti o meu braço ser puxado. Que mania essas pessoas tem de ficar me puxando.
- o que foi?- perguntei irritada.
- não faz isso, me perdoa, eu realmente fui um babaca contigo mas porra, eu te amo e prometo tentar mudar por ti.- falou tudo de uma vez se atrapalhando em algumas partes.- por favor, vamos voltar a ser o que éramos antes.- colou nossas testas.
- por que eu não consigo ficar com raiva de você?- perguntei baixinho.
- eu não sei.- sussurrou antes de colar nossos lábios.
Passei os meus braços em volta de seu pescoço alisando o seu cabelo, ele abraçou minha cintura me puxando mais para si. Nossas línguas se tocaram, logo as borboletas no estômago se acordaram, como eu estava com saudades desses lábios.
- eu te amo.- falou sorrindo quando separou nossos lábios.
- eu também te amo.- retribuo o sorriso antes de colar nossos lábios novamente.
...
- Luan, eu tenho que entrar em casa.- fiz um biquinho.
- não tem não.- me deu um selinho.
- já estamos a meia hora dentro desse carro se pegando, já deu para matar a saudade.
- ok, mas amanhã eu venho de novo.- sorriu.
- não senhor.- balancei a cabeça.- amanhã você vai para a universidade, não pode ficar faltando dessa forma.
- sim senhora mamãe.- falou irônico.- mas de tarde eu venho, eu não vou nunca mais desgrudar de você.- abro um sorriso largo. Eu amaria ter ele colado comigo para sempre.
- ok amor, agora tchau.- lhe dei outro selinho e abro a porta do carro.
- até amanhã babe, te amo.- ligou o carro.
- te amo mais.- falei alto da porta já que ele estava saindo com o carro.
Eu nem vou dizer que estou parecendo uma "adolescente apaixonada" porque eu já sou uma adolescente apaixonada, sou a adolescente apaixonada mais clichê do mundo, meu Deus, como eu amo esse clichê que se chama "minha vida".
- eita garota, tá parecendo o coringa.- mamãe zombou assim que eu entrei em casa.- o que houve?
- nada, só estou feliz.- falei sorrindo.- vou para o meu quarto, te amo.- fui em direção a escada praticamente flutuando.
- também te amo filha, e na próxima vez que encontrar o Luan diz que eu mandei um beijo.
- pode deixar.- continuei subindo os degraus.
Eu não consigo ficar com raiva do Luan, mesmo tentando eu não consigo, é impossível.
################################
Oi coalas, tudo bom com vocês? Eu tô com sono, escrevi esse capítulo praticamente dormindo.
PS: eu escrevo os capítulos três dias antes de postar, no caso, hoje (o dia que eu tô escrevendo) é 25/07. Sou do passado, que legal né?
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Princesinha do Morro
Roman pour AdolescentsEla é doce Ele é arrogante Ela faz de tudo pelos os amigos Ele é calculista Ela espera o seu príncipe encantado Ele já não crê mais no amor Ela é divertida Ele é frio Ela mora no morro Ele mora no Leblon Duas pessoas completamente diferentes, e qu...