Capítulo 22

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EMMA

Fecho a porta do apartamento assim que entro, no caminho até a cozinha vou tirando os saltos e o deixando no canto, jogo a bolsa em cima da mesa então abro a geladeira, pego a jarra de suco e despejo no copo, me encosto na pia e olho para um lugar...

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Fecho a porta do apartamento assim que entro, no caminho até a cozinha vou tirando os saltos e o deixando no canto, jogo a bolsa em cima da mesa então abro a geladeira, pego a jarra de suco e despejo no copo, me encosto na pia e olho para um lugar qualquer enquanto tomo em silêncio. Não tive muitos pacientes hoje, então tive que me ocupar de algum jeito para que minha mente não pregasse mais uma de suas peças, como me fazer lembrar do cartão.

Foi estranho estar no hospital aquela manhã, todos me olhavam estranho, tenho quase certeza que estavam sabendo de algo que eu com certeza não tinha ideia, pensei que fosse algo a ver com o que aconteceu com Hayden mas ele estava lá trabalhando como se nada tivesse acontecido, Audrey ficou de me contar o que estava havendo mas nunca achávamos uma oportunidade para conversar então decidi deixar para lá.

Ocupei minha cabeça visitando os pacientes que eu estava tratando na ala da pediatria, era revigorante ver aquelas crianças sorrindo, me fazia acreditar que meu trabalho realmente estava fazendo a diferença. Também tinha o Josh, ele conversou comigo a manhã toda por mensagem e isso me distraiu por um tempo até ele dizer que tinha uma reunião importante e teria que sumir um pouco mas logo que saísse do trabalho iria passar aqui para me ver, usei essa promessa como alicerce para que aquele dia passasse rápido.

Já era cinco horas, coloquei o copo dentro da pia então fui para a sala enquanto amarrava meu cabelo em um coque, parei no meio do caminho e meus olhos foram para a pequena montanha de livros em cima da mesa, soltei a respiração derrotada, abri a página do primeiro livro então tirei o envelope branco que lá estava.

Me sentei no sofá com eles nas mãos, e sem esperar que eu mudasse de idéia o abri, dentro dele tinha um papel dobrado, joguei o envelope ao meu lado no sofá e abri o papel, parecia que tinha sido tirado de um caderno qualquer, a letra não fora digitada como os outros bilhetes, esse foi escrito a mão, mas mesmo assim não me deu nenhuma dica valiosa.

Franzi o cenho assim que botei os olhos no que estava escrito.

Um passeio no parque, ótimo lugar para quebrar regras, cuidado para não sair ferida!

As letras pareciam embaçadas então percebi que era minhas mãos tremendo, meus dedos falham a ponto de deixar o papel cair das minhas mãos. Isso está indo longe demais, não parece ser só uma brincadeira, é alguém querendo me mandar um recado, me colocar medo e está dando certo. Não posso continuar assim.

Olho em volta pensando no que poderia fazer, poderia ligar para a polícia mas não tinha nada que ele poderiam fazer, não tinha nada na carta que deixava explícito que era uma ameaça, parece obra de alguém querendo brincar e será isso que irão me falar logo que eu procurá-los.

Meus olhos vão direto para o telefone, me levanto num pulo e vou fazer a coisa mais sensata que tenho para fazer no momento, contar para alguém de confiança, eu não posso ficar com tudo isso na cabeça e aguenta-las sozinha, como psicologa tenho total noção do estrago que isso pode fazer, então não perco tempo em discar o número da única pessoa que sei que posso contar tudo e ela não me achará paranoica.

No limite do Desejo - Série Mitchell | Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora