Text: Primeira Pessoa.
Pov: ChloeOlhando seu guarda-roupas, peguei o primeiro moletom que vi, notando que o mesmo ficava imenso como um vestido. Usei uma de suas cuecas boxe como shorts e caminhei até a cozinha à espera do jantar.
— Não quer ajuda, soldadinho? — O mesmo riu com a forma que me direcionei à ele, ao me sentar na cadeira atrás da mesa da cozinha.
— Estou acabando, mas se puder por a mesa, agradeceria. — Assenti mesmo que ele estivesse de costas para mim. Levantei e caminhei a sua volta, abrindo todas as gavetas à procura da toalha. Ao pegá-la estendi sobre a mesa para arrumá-la com prato, copos e por fim os talheres/Cheot-garak. Me sentei à sua frente fitando a tijela de louça branca que colocara sobre o centro. Acenou com a mão para que eu me servisse, assim o fiz rapidamente.
Por ser um coreano nativo, ele não obtinha um garfo, então tive algumas dificuldades com relação aos palitos de metal. Eis que ele interviu para ensinar-me paciente com um sorriso carinhoso em seu rosto.
Após o jantar, o acompanhei até o quarto. Agora quem tomaria um bom banho, seria ele. Então o esperaria sentada em sua cama. Sem nada para fazer, passei a ler o seu nome gravado na farda.
— Kim Seong Chan... — Sussurrei, porém audível o suficiente para que ele me fitasse como se eu tivesse chamado-o. — Soldado Kim Seong Chan! — Sorri ao ir de encontro com seu olhar.
— Pode me chamar apenas de Chan, ou Soldado Chan, como preferir. Gosto do modo como diz, Soldado! — Desabotoava sua farda, esta qual continha uma camisa verde-quartel por baixo.
— Soldado Chan! Sentido! — Fiz um aceno com a mão sobre a testa. Percebi que o mesmo engoliu a seco, entreabrindo a boca para falar, mas as palavras não soavam.
— Se soubesse como é estar lá dentro, não se orgulharia de dizer isso... — Sua voz estava embargada, o que me preocupou.
— Perdão! Eu não queria...
— Não se preocupe. Isso só me faz lembrar a perda do meu melhor amigo. — Me interrompeu com suas falas me fazendo arregalar os olhos, cobrindo a boca com as minhas mãos.
— Eu sinto muito! Não queria...
— Está tudo bem. Acho que ainda não superei, mas vai passar... — Sentou-se ao meu lado na cama um tanto cabisbaixo.
— Se não for machucá-lo, pode me contar como o perdeu? Se não quiser contar, entenderei. Existem forças maiores também. Sou estrangeira, e não deve me contar como são os treinamentos de vocês. — Me aproximei do mesmo, gostaria de abraçá-lo naquele instante, porém eu não conseguia reagir.
— Eu não me importo... não deveria, mas não me importo mesmo! Apenas me sinto um tanto culpado. — Suspirou antes de prosseguir. — Estavamos em uma manhã de treinamento. Após os exercícios, reuniriamos em bases distintas. E por ironia do destino, ele seria meu inimigo naquele instante. Cavamos um buraco, e tal seria nosso escoderijo, atrás do monte de terra. Então mandaram-me o sinal para jogar uma bomba, que por azar caiu dentro daquele local. Cinco saíram feridos, dentro deles, este meu melhor amigo, e dez saíram mortos, e eu não podia sair da minha base para acudí-lo. Me proibiram de cruzar a "linha de fronteira" e tive que continuar a batalha. Ele não resistiu aos ferimentos, e veio a falecer horas depois. Não consegui falar com ele em coma, gostaria que ao menos me perdoasse... — Lágrimas banhavam a sua face, emocionando-me no mesmo instante. Não houve hesito de minha parte, o abracei de forma que o confortasse.
— Ele sabia que não era sua culpa. Tenho certeza que o perdoo. — Sussurrei massageando suas costas.
— E nem era uma batalha para honrar a pátria. Era apenas um treinamento. Ou seja, fora em vão. — Nenhuma palavra mais saiu de minha boca, apenas mantive o abraço para que ele se confortasse.
Ao soltar-me um pouco mais calmo, sequei suas lágrimas com meu polegar e depositei um beijo em seu rosto.
— Ei? Ele descansou. Não fique assim, por favor. Me dói te ver deste jeito. — Em meio aquelas lágrimas, ele sorriu fraco.
— Você é a melhor pessoa que eu pude conhecer. — Sorri com tais palavras.
— Tenho que dizer o mesmo, você me salvou da chuva, tal que nem pagando me salvariam. — Acariciei seu rosto carinhosamente, até que ele se levantou ficando em pé à minha frente.
— Ei, garota? — Suspirou ao me fitar.
— Sim, Soldado Chan.
— Posso te pedir uma coisa?
— Depende.
— Promete não ficar brava ou chateada comigo?
— Talvez... — Levantei-me ainda encarando-o, desta vez seriamente pela curiosidade.
Chan tocou meu rosto com suas mãos, depositando um beijo em meus lábios. À princípio me assustei, mas logo o correspondi fechando meus olhos e o abraçando em torno da nuca.
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Sex With Chan - No Shame
Fanfiction- Uau, você beija bem, Soldado Chan. - Sorri correspondendo ao beijo que ele tornava a iniciar. Interrompi novamente. - Você deve ter treinado muito. Não houve hesito de sua parte, em continuar com os comentários. - Claro! Você quer ver minha arma...