Nas escolas, na disciplina de história estudamos que no passado as pessoas viam o futuro com otimismo, tinham uma vaga esperança que o mundo fosse melhorar nem que fosse um pouco de nada.
Pura ignorância deles.
Estamos em 2060, provavelmente tu, que vives mais ou menos em 2017 , imaginas o nosso ano como algo fantástico, onde todas as pessoas são aceites e todos nós temos direitos iguais, mas enganas-te.
Senta-te porque estou prestes a explicar-te o porquê de estares engando(a).
---------------------------------------------------------------//---------------------------------------------------------------
Ao lado da minha cama está enconstada uma pequena mesa de cabeçeira onde se encontra um pequeno e pacato espelho que reflete todas as manhãs a primeira coisa do dia que eu vejo, o meu rosto. Não sou muito bonito, tenho algumas sardas espalhadas pelas pequenas curvas do meu nariz, tenho olhos castanhos e possuo maçãs do rosto super arrosadas que revelam a minha timidez.
Esfrego os meus olhos para despertar os mesmos que ainda se encontram bastante ensonados, levo cada pé, um de cada vez, ao solo do meu quarto olhando automaticamente para o espelho que mais uma uma vez reflete a minha cara.- Bom dia querido. - proclama a minha mãe abrindo a porta do meu quarto.
- Olá.-digo secamente ainda um pouco adormecido.
- O Evan está à tua espera lá fora, pediu-me que fosses rápido.
- Diz-lhe que não demoro mais do que 10 minutos.
O Evan faz parte do meu ciclo de amigos, é com ele que vou todos os dias para a escola com o seu carro juntamente com outro amigo e mais uma amiga. Atrevo-me a dizer que é provavelmente um dos melhores momentos do meu dia, porque quando estou sozinho vêm me sempre tantas coisas à cabeça que não me fazem bem nenhum.
Depois de me despachar despeço-me da minha mãe com um breve beijo na sua testa.
- Juízo. - diz-me.
- Sempre. -contraponho.
Fecho a porta de casa e dirijo-me com passos apressados em direção ao carro de Evan onde se encontra ele, John e Eva. O meu olhar foca-se diretamente nos olhos verdes de Evan, não o consigo evitar e não sei explicar o porquê, é como o espelho de manhã, o meu olhar todos os dias a esta hora dirigi-se sempre para o mesmo local.
- Sempre atrasadinho o menino.- diz Evan com uma risada.
- Sempre o mesmo engraçadinho. - lanço um olhar de gozo.Evan enconsta os seus lábios nos de Eva, massajando cuidadosamente as suas bochechas deslizando os polegares pelo resto da sua face. Quando olho para eles imagino como seria a minha vida caso tivesse alguém comigo, mas rapidamente afasto esses pensamentos da minha mente, estou com os meus amigos e não é o momento para pensar nessas coisas.
- Podem parar? Estou quase a vomitar. - digo num tom de gozo soltando uma gargalhada de seguida.
- És invejoso oh totozinho!. - diz Eva fitando-me com um ar doce.
Abro a porta de trás porque o lugar do volante e o lugar ao seu lado estão respetivamente ocupados por Evan e Eva. Sento-me no banco ao pé da janela esquerda enquanto John se senta no lugar do meio. Rapidamente o meu olhar se dispersa dele e foca-se na paisagem do outro lado da janela que começa a mover-se devido ao carro já se encontrar em movimento.
Alguns minutos depois, não sei precisar ao certo quantos visto que a minha concentração durante a viagem se manteve sempre focada nas paisagens por onde o carro passava, chegámos ao liceu. É neste momento do dia em que nos dividimos visto que vamos todos para aulas diferentes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Executado Por Ter Nascido
Science-FictionChamo-me Peter e estamos em 2060, o futuro tão imaginado por todos. O futuro era descrito como algo positivo, grandioso, descrito um futuro em que iria existir uma geração que iria aceitar toda a comunidade lgbt, todos teriam os mesmos direitos, to...