23º Capítulo

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O primeiríssimo lugar que escolhi visitar foi o estábulo, onde estavam os cavalos e assim que entrei, um cavalo de pêlo castanho-escuro e com uma longa crina negra chamou-me à atenção.

Até hoje, fora o cavalo mais lindo e angélico que alguma vez vi. Esboço um sorriso e caminho lentamente em direção do animal para que este não se assuste com a minha presença e com a mão alcanço a sua cabeça onde faço vagarosos carinhos.

- Hey. – murmurei baixinho com o meu olhar fixo no cavalo, que parecia estar a aceitar a minha presença.

Aos poucos e poucos, aproximei-me do seu torso onde continuei com as carícias. Conseguia sentir a agradável energia que o cavalo me transmitia e, instantaneamente, senti-me um tanto segura e bem, tudo isto, em apenas um certo espaço de tempo. [ img ]

O meu olhar percorreu todo o perímetro do estábulo à procura de alguma cela para que pudesse equipa-lo e experimentar a minha sorte. Mesmo ao lado de um grande monte de palha encontrei ferramentas com o intuito de serem usados nestes animais. Também pude reparar no outro cavalo que estava no estábulo e que, desde logo, não prestei muita atenção.

Pego no material e coloco-o no cavalo, de modo a que fique seguro e não haja risco de se deslocar.

Dentro de breves minutos, já estava em cima do torso do mesmo e dirigimo-nos para a porta do estábulo. Eu estava um pouco nervosa, pois já fazia mais de 5 anos que não praticava hipismo mas acho que não cheguei a perder o jeito.

Lentamente, o cavalo começou a ganhar velocidade, à medida que eu ia abanando a fivela da rédea. Senti a falta do vento no meu cabelo, daquela adrenalina toda que se sente a cavalgar. Todo aquele lugar era maravilhoso, estava mergulhado em cores quentes e vibrantes, capazes de deixarem qualquer um mais calmo e relaxado.

Após uns 5 minutos de passeio, paramos à frente de um grande lago azul que refletia a luz do sol. Assim que chego a este lugar, fico deslumbrada com aquela paisagem magnífica e faço uma pequena caminhada a pé pela margem do tal lago.

Impressão minha ou estou a ouvir pesados passos em minha direção?

Desvio o meu olhar para o lado e ao longe consigo ter um vislumbre de um homem a cavalo mas não era um homem qualquer, era William.

- William? – Chamo-o, quase como uma interrogação, assim que este chega ao meu lado – Como me descobriste?

- Conheço-te melhor que imaginas. – este limitou-se a encolher os ombros com um pequeno riso nos lábios, enquanto olhava o imenso lago.

Após esta declaração fico, por momentos, a olhar a sua face que transmitia serenidade e calma.

- William, obrigada. – no meu rosto aparece um pequeno sorriso – Obrigada por não desistires de mim e por me teres trazido para aqui. – disse um pouco baixo enquanto passava as mãos na crina do meu cavalo e, logo a seguir, desviei o meu olhar para o meu padrasto. Este deu um pequeno salto para o chão e olhou-me com um sorriso que evidenciava, em certa parte, os seus olhos azuis.

- Eu nunca iria desistir de ti. Eu quero-te feliz e tu não estavas, eu acho que aqui vais melhorar.

Ouvir palavras destas, em momentos tão difíceis para mim, era um alívio, era tudo o que precisava de ouvir e saber.

- Vem cá. – Pediu Will de braços abertos e assim fiz. Aproximei-me do seu corpo e envolvi-o num abraço apertado. -  Melhor?

- Sim, obrigada Mr.Tomlinson. – gozei um pouco com a alcunha dele, uma vez que ele não apreciava formalidades.

- Shiu, cala-te. – brincou com a situação e, numa tentativa de me irritar, passa a mãos no meu cabelo, bagunceando o mesmo.

- Parvo. – resmunguei ao mesmo tempo que solto um pequena risada e volto a endireitar o cabelo.

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