A menina do jeans rasgado

A mulher da casa ao lado

O sol batia na janela do quarto de Munela às 6:30 da manhã, acordando-a, alguns minutos antes do alarme do celular. Era uma segunda-feira. Manú odiava as segundas-feiras, pelo simples fato da preguiça que sempre lhe percorria o corpo e não queria,de forma alguma, deixá-la se levantar da cama e ir para o colégio. Outro fato sobre esse dia que ela tanto odiava; aulas de matemática, sim, no plural mesmo, eram 3!
Mas, está segunda-feira estava diferente! Assim que o sol bateu na janela, Manú sentiu uma alegria ao abrir os olhos e ver o quão lindo, aquele dia amanhecera! Sentiu uma coisa inexplicável, uma sensação agradável que há muito não sentira. Então, pulou da cama, tomou um banho e se vestiu pra ir tomar café.
Ao encontrar sua mãe na mesa do café, Manú dei-lhe um beijo estalado no rosto, acompanho de um abraço apertado, como fazia todos os dias, tomou seu café, escovou os dentes, pegou sua bicicleta  e saiu. Ao sair na porta, viu um caminhão de mudanças chegando e viu que na porta da casa que ficava ao lado da sua, havia uma mulher parada. Manú ficou olhando para a mulher e sentiu uma uma alegria incompreensível naquele momento! Ficou alí parada por um tempo:
- Manú!
-Que susto, mãe!
-Filha, você vai se atrasar pro colégio!
-Tô indo! (rs).
O dia correu normalmente, a não ser pelo fato de Manú conseguir entender ainda menos, a matemática que de costume. A única coisa que ocupava sua mente naquele dia, era a imagem daquela mulher.
Ao chegar em casa, Manú, como de costume já foi tirando o all star e pulando no sofá.
-Mãe, o almoço tá pronto? Tô morrendo de fome!
-Manú, olha a educação, filha!
-Como......?
-Manú, essa é a Sônia, nossa nova vizinha.
E foi assim, que seus olhos se cruzaram pela primeira vez e suas mãos se tocaram. E mais uma vez, aquela sensação estranha, mas, dessa vez, não foi só Manú que sentiu!