Marina morava em um apartamento perto do campus da sua faculdade já fazia quase um ano, junto com sua melhor amiga, Luisa.Sonhavam desde os treze anos passarem na mesma universidade, mesmo sabendo que fariam cursos diferente e ficaram contente quando souberam que esse sonho iria se realizar.
Luisa fazia publicidade e propaganda, enquanto Marina fazia direito. As duas eram amigas desde pequenas, adoravam uma festa, mas sempre foram muito responsáveis. Não eram grudadas, porém sabiam que podiam sempre contar uma com a outra e inexplicavelmente tinham uma conexão invejada por muitos.
- Ei, Lu! - gritava Marina, enquanto segurava o seu cabelo comprido e castanho claro pro alto como se fosse prender - cabelo solto ou preso?
Luísa saía do banheiro enrolada numa toalha e ria do nervosismo da amiga, apenas por um cabelo.
- Deixa esses cabelos soltos! Com um cabelo desse e um decote - disse abrindo dois botões blusa social da amiga - não tem juiz, de verdade ou de mentira que resista!
Luisa foi na direção de seu armário procurando uma roupa para usar no seu último dia de aula, escolheu uma calça jeans rasgada, uma camiseta simples da Forever 21 e seu adidas branco e preto de sempre.
Já no outro quarto, Marina encarava os pés tentando decidir qual sapato usar, sem conseguir disfarçar a pilha de nervos que estava, então acabou decidindo por um salto não muito alto preto. Iria apresentar seu projeto de conclusão de semestre, em que defenderia um caso perante a corte de professores.
Como ainda tinha tempo, terminou de arrumar suas malas para a viagem que faria no dia seguinte, iria encontrar seus pais e os Bittencourt na casa de praia, como todos os anos. Não via a hora que chegasse a viagem, passar um tempo com os pais, a Juliana, os Bittencourt e ter que aguentar as idiotices do Henrique. Os dois não se davam muito bem, desde que se conheciam e se lembravam, ou seja, sempre.
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Não muito longe dali, o celular jogado no criado mudo, tocava e vibrava pela quarta vez.
- Alô... - uma voz sonolenta e mau humorada atende o celular
- Finalmente Henrique! Eu gasto muito dinheiro pra bancar esse seu celular moderno e sua conta ilimitada pra você não atender nas três primeiras ligações, não acha?
- Desculpa pai... - disse Henrique, sem nem prestar muita atenção no que o pai esbravejava - fiquei estudando até tarde e acabei dormindo demais, mas fala ai, a que devo a honra da sua ligação?
- Estudando, uhum, sei... - o Sr. Bittencourt conhecia muito bem o filho e lembrava-se de seus tempos de faculdade - Enfim meu filho, só liguei para avisar que consegui a passagem para você ir dai, então não precisa vir pra casa e ir com a gente. Seu embarque é amanhã.
- Pai, sobre essa viagem... - enrolava, enquanto pensava em alguma desculpa nova que convencesse o pai a cancelar a viagem, ou pelos menos livra-lo dela
- Sem desculpas, tudo resolvido. Vejo você na casa de praia amanhã.
Henrique não teve nem tempo de se despedir, antes que seu pai desligasse o telefone.
- Que merda! - gritou enquanto atacava o travesseiro na parede
Ele tentava evitar essa viagem ao máximo. Não que ele não gostasse de ficar com a família, pelo contrário, amava seus pais e sua irmã, também gostava muito da família Tolomei, até que porque os conhecia a vida toda, só não suportava ficar perto dela, tinha uma força sobrenatural que o fazia implicar com ela e que acabava sempre dando bosta, pra ele.
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10 (mil) coisas que odeio em você
Science FictionEla sempre se deu bem em todos os ambientes: escola, família e agora faculdade. Ele sempre se destacou em qualquer grupo: amigos, mulheres e agora faculdade. Ela sempre teve vários amigos, é difícil achar alguém que não goste dela. Ele sempre foi...