A número 1

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Jessy narrando

Cara, isso deve ser uma brincadeira de mal gosto, só pode.

Penso enquanto vou até minha bicicleta montando na mesma.

— Mas e se… - Pego o papel na mão e desço da bicicleta indo até a frente da escola e jogo o papel no chão. – EU DESISTO!

  Logo vejo olhares sobre mim, me senti um pouco envergonhada ao fazer isso, mas confesso que foi até que um alívio pra mim. Olho pra janela do terceiro andar, bem na direção em que ficava minha sala e vejo quem eu menos esperava ver, em um momento de surto apenas pego minha bicicleta e começo a pedalar em direção minha casa quando logo vejo um carro preto vindo em minha direção, saiu da rua e vou para a área de ciclista e logo ele passa, só que um pouco mais a frente o vejo parado no farol, e o homem dentro do carro me encarava, aquele rosto me era familiar, até de mais, mas ignorei e continuei seguindo meu rumo.

[…]

— Cheguei! - Grito entrando em casa e indo até a cozinha. – Mãe, adivi… mãe?
MÃE, PAI?
Que estranho, devem ter saído.

Vou para meu quarto e me deito em minha cama olhando pro teto por um momento, logo escuto o barulho de um carro e olho pela janela na esperança de ser meus pais.

— Esse carro… – Vejo o mesmo carro preto que eu havia visto no farol e ignoro.

20:46

Já faz mais de 2h e meus pais ainda não chegaram, e… aquele carro ainda esta lá, o motorista? Não faço ideia de onde ele esta, mas… tem alguém batendo na porta.

   Me levanto indo até a janela e vejo que o carro ainda esta lá, mas… o motorista esta na porta.
  Fico um pouco assustada e minha única reação é entrar no guarda-roupas na intenção de ficar lá até meus pais chegarem.

23 minutos depois

— …

   Bom, as batidas pararam a um tempo atrás mas… não sei se devo ir até lá.

   Logo escuto a porta da cozinha se abrindo e fazendo aquele som perturbador, me levanto colocando um pé no chão pronta para sair do guarda-roupas e escuto barulho de passos pesados pela escada. Imediatamente volto ao guarda-roupas fechando a porta, os paços só foram ficando maiores, ele rodeou o segundo andar inteiro e depois voltou ao meu quarto, o medo esta me tomando por inteira e eu não faço ideia do que fazer, uma vez ou outra eu ouvi ele dizer meu nome como se estivesse me chamando, confesso que isso já esta ficando bizarro?

   — Ela não esta aqui. - Ele diz, parece que ele esta falando no telefone com alguém, mas não sei ao certo.

-Vamos ver se não.-

Isso é o que consigo ouvir da outra linha, e… drogra, meu celular começou a tocar, esta tocando uma música alta e eu não sei em que bolso ele ta, porra!
    Começo a rodear todos os meus bolsos em desespero, mesmo sabendo que não adiantaria de nada isso.

— Achei você. - Diz ele abrindo meu guarda roupas.

— O QUE QUER? - Grito já desesperada, e com um simples golpe ele passa a faca em meu pescoço me deixado caída sob o chão e coloca uma carta perto ao meu corpo, uma daquelas que recebi hoje de manhã enquanto eu ainda estava viva, nela havia apenas 1 frase.

“Eu desisto!”

18 pessoas e uma ultima fraseOnde histórias criam vida. Descubra agora