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Narration
Taehyung's p.o.v

Eu, realmente, não esperava que Yoongi fosse tomar uma iniciativa.

Imaginei que ele ficaria todo sem jeito e mudaria de assunto, o que nos deixaria num silêncio constrangedor por um tempo, mas que melhoraria.

Mas não! Ele, ao invés de contrariar nossas vontades, preferiu firmar seus dedos em meu queixo, me fazendo levantar um pouco o rosto, e olhá-lo bem nos olhos.

Engoli em seco, e também percebi que ele fez o mesmo; estávamos ambos nervosos. Não seria só um beijo, ao menos não para mim.

E ficamos daquele jeito por alguns segundos. Presos nos olhos penetrantes um do outro, até que ele novamente tomou a iniciativa e aproximou seu rosto do meu, tanto que senti sua respiração ricocheteando em minha bochecha, e tive que fechar os olhos, já completamente entregue a ele.

Meu coração, que até então já estava acelerado, ficou ainda mais quando nossos lábios se roçaram levemente. E a tal das borboletas no estômago que eu tanto sentia, pareciam estar no meio de uma luta de boxe.

P-para de enrolar. — resmunguei, ansioso.

— Hum? Alguém está com pressa aqui? — ele riu.

— Isso é tortura.

— Estou achando divertido.

— Você é sádico. — voltei a abrir os olhos. — Vou te bater, sério.

Yoongi tirou sua mão de meu queixo e a pousou em meu ombro. Me acariciou ali, então a desceu pelo meu braço, até chegar em seu destino; minha cintura. E ele a apertou. A apertou e me fez arfar, surpreso.

Sem aguentar esperar por sua boa vontade, levei ambas as minhas mãos às laterais de seu rosto e juntei nossas bocas, um tanto afobado.

E de início os selares foram realmente afobados, mas aos poucos tomamos nosso próprio rítmo calmo e muito, REPITO, muito gostoso.

Os lábios dele eram macios e tímidos, e os nossos pareciam ter o encaixe perfeito. Era como se tivessem sido feitos um para o outro, e foi isso que eu pensei, enquanto o som do nosso beijo molhado ecoava pelo cômodo.

Yoongi levou sua outra mão à minha cintura, me segurando com firmeza, e aproveitou do momento em que suspirei para mordiscar meu lábio inferior. Em seguida fiz o mesmo com o seu, e, cansados das provocações, não tardamos mais a juntar nossas línguas àquele tão esperado beijo.

Deslizei minha mão em sua nuca e puxei levemente os seus pequenos fios de cabelo, descontando um pouco da enrome euforia que eu sentia com aquilo. Em resposta, ele apertou minha cintura mais uma vez.

Mas, infelizmente, tudo que é bom dura pouco. E tão rápido e surpreendente como Yoongi teve a iniciativa de me beijar, ele também teve a iniciativa de nos separar.

Antes fosse por fôlego, ou algo do tipo, já que ele, de repente, parecia ter ficado tenso.

— Tudo bem? — perguntei, lutando contra a vermelhidão em minhas bochechas.

— Uhum. Vamos assistir.

Ele não estava olhando nos meus olhos. Yoongi olhava para todos os cantos, mas não olhava para mim. Além disso, seu pé batia no chão, inquieto.

Suspirei e me ajeitei no sofá, inseguro. Será que aquela sua reação era por ter se arrependido? Bem, claramente era! Ele agiu no calor do momento, mas se arrependeu porque não corresponde aos meus sentimentos.

Mordi o lábio e tentei me concentrar no filme, mas agora eu pouco me importava se o protagonista conseguiria ou não alcançar sua amada no aeroporto.

E o silêncio constrangedor que se apossou entre nós pelos longos minutos até a tela passar os créditos me deixou realmente bem mal. Acho que se escutassemos atentamente, podíamos ouvir o meu coração se partindo em vários pedacinhos, e Yoongi sequer tinha me dito nada!

— Então... — ele falou.

Meus olhos brilharam e o encarei, com um sorriso esperançoso.

— Sim?

— Eu já vou indo. Ta ficando tarde e tals.

— Ah... — meu sorriso murchou. — Ta bom. Hum... A gente se fala.

Yoongi se levantou, meio sem jeito, e coçou a nuca, ainda sem olhar pra mim. Ele sorriu forçadamente e disse:

— Sim... Nos vemos na escola.

— Isso. Escola. É... Me manda uma mensagem qundo chegar?

— Mando. Tchau, Tae.

— Tchau.

E ele pegou suas coisas e saiu, sem mais, nem menos.

Hello Cat ໒ kth + mygOnde histórias criam vida. Descubra agora