Capítulo 1

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Tomando chocolate quente e jogando videogame com meus pais, foi assim que eu imaginei passar esta noite fria e chuvosa de Janeiro, mas, nem tudo é como pensamos, acabei de descobrir pelo meu pai que sou adotada, e por esse mesmo motivo meus pais estão brigando no andar de baixo, enquanto eu estou trancada no meu quarto. Depois de muito tempo, do meu quarto ouço um estrondo vindo do andar de baixo, com um pressentimento ruim abri a porta de madeira e fazendo o mínimo barulho possível me direcionei á sala, já no meio do percurso, parada no quinto degrau da grande escada me deparo com uma terrível cena. Meus pais ensanguentados no chão sem vida alguma, assim que vi não hesitei em chorar, peguei o celular e disquei o numero da emergência, não demorou muito para atenderem.

-- Emergência, no que posso ajudar? —perguntou a atendente em um tom calmo e simpático.

-- Meus pais, e-eles estão mortos --chorando falei. Eu sabia que já era tarde de mais, mas, por algum motivo, eu ainda tinha esperança, que, de algum jeito eles iam voltar.

-- A ambulância esta a caminho, fique calma – informou a atendente e um tom já mais difícil de distinguir, como se ela estivesse sentindo minha dor, a dor de perder pessoas que você ama, quando percebi já avia desligado o celular. Passaram-se apenas quinze minutos, mas, pareceu em meu ponto de vista, uma eternidade. De longe pude ouvir a sirene da ambulância, a cada segundo que passava podia ouvir a sirene cada vez mais perto até, finalmente, estar em frente a minha casa, não esperei nenhum minuto se passar e fui abrir a grande porta de madeira para os médicos terem a certeza, a dolorosa certeza de que eles estavam mortos. Enquanto ainda não sabia ao exato, fui até a cozinha, apanhei um copo de vidro no armário de ferro e uma garrafa completamente cheia d'agua, completei o copo com agua e bebi. A cada minuto que passava com menos esperança eu ficava, fui ate a sala já estavam levando os corpos, um homem moreno com ate seus trinta anos me chamou, o mesmo se sentou no sofá e apontou para o lugar ao seu lado indicando o lugar que eu devia sentar, fiz o que foi indicado, foi quando percebi o uniforme que o homem vestia, não era um dos enfermeiros ou o algum medico, ele era um policial então a ficha caiu, a morte de meus pais virou caso de policia.

--Então, como é seu nome?—perguntou ele como se fosse a primeira vez que ele interrogasse alguém, provavelmente seja mesmo isso.

-- Nataly—falei sem preocupação.

-- Sim, Nataly, euvou te fazer algumas perguntas e preciso que as responda--afirmei com a cabeça e o mesmo continuou—quantos anos você tem?—perguntou

-- quinze-- falei respondendo

--onde você estava na hora do homicídio?—Esta pergunta me fez ter um turbilhoes de pensamento, se eu falar que estava no meu quarto, virarei a suspeita número um, mas, se eu falar que estava na rua com certeza iam descobrir que estou mentindo o que ia me deixar mais suspeita ainda, além disso, não tenho álibi para comprovar que estava na rua na hora do homicídio, mas, também não tenho nenhum álibi para provar que estava no quarto. Em meio a esses pensamentos resolvi contar a verdade, além de que, eu não fiz nada.

--No meu quarto—Falei mantendo a calma.

--Vou contatar algum parente próximo a você—o interrompi falando

-- Tenho meus avos de New York e meus tios daqui da cidade mesmo—Falei esperando ficar com meus avos já que, nunca me dei muito bem com meu tio, diferente de sua esposa, ele é bruto e insensível, realmente não sei como tia Laura consegue amar alguém como tio Richard, mas não posso criticar o que as pessoas sentem. Levantei-me do sofá sem animação alguma e fui até a entrada de casa onde apenas se encontrava um carro da policia já partindo. Entrei e tranquei a porta, não queria atender mais ninguém, só queria ficar sozinha. Não posso mudar o acontecido, infelizmente. Fui até o escritório do meu pai no andar de cima, no percurso olhei as nossas fotografias, não demorou muito para novamente as lagrimas descerem pelo meu rosto. Quando finalmente chego à entrada do escritório, empurro a porta dupla gigantesca. Vou em direção à poltrona encontrada bem no centro da sala atrás de uma grande mesa, sentei-me na mesma e agarrei uma fotografia deles e abracei a mesma.

Já estava saindo do escritório quando sem mínima intenção, acabei esbarrando na grande moldura presa na parede, e, assim que concertei o quadro torto, um papel caiu em meus pés, não era exatamente um papel, era um envelope e no mesmo tinha escrito o meu nome, não esperei e fui logo abrindo e no mesmo tinha escrito.

'' Filha, a essa altura você já deve saber queé adotada e, creio eu, que já não estamos mais com você, vamos começar teencontramos na porta de casa quando estávamos voltando de um restaurante, seunome na verdade é Malia, mas, não sabemos o seu sobrenome real, também nãosabemos quem são seus pais, junto com você veio alguns papeis, um livro e vocêusava um lindo colar no formato de lua. Sei que vai ser forte, e como teconheço, sei que vai  investigar e ir até seus verdadeiros pais. Guardei o que veio com você dentro um cofre, mas, você vai ter que achar as pistas para achar o cofre e a senha. E lembre -se tenha coragem e seja gentil. Amamos-te.

P&M ''

    Típico dos meus pais, me fazerem investigar as coisas, mas, analisandomelhor a carta escrita à mão, eles sabiam o que estava em risco e mesmo assimcuidaram de mim. Voltei até a mesa do meu pai, comecei a mexer em todas aspequenas gavetas existentes da mesma, quando finalmente percebi que não iaachar nada, procurei no livro que sempre fica na mesa, o balancei, mas, tudo oque caiu foi mais um papel, no mesmo veio escrito...   

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