Capítulo 9

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(Apenas atualizei o capítulo por havia colocado parte do anterior por engano. Desculpem, meninas.rs)

BELLANNE

— Daí, você enrola o filé no papel alumínio e deixa no forno por trinta minutos. No final de tudo, joga chia por cima...

— Chia?! Ah não, você acabou com meu filé, Marta.

A colega de calçadão... Ou melhor, de corrida no calçadão, achava-se uma expert em dietas e truques para emagrecimento. Com certeza eu deveria ser o projeto da vida dela. E só porque sabia que ela ficava meio desmotivada do intuito de me fazer "secar", sempre encontrava um motivo para declinar das suas receitas light.

Diminuímos o ritmo quando Marta começou a dissertar sobre os benefícios da chia. Ela já havia me dito tudo aquilo no início da semana, e se repetia incessantemente. Quando passamos ao ritmo de caminhada leve, avistei o Masseratti parado na frente do meu prédio e, claro, um viking magnânimo encostado nele.

Me despedi de Marta sem tirar os olhos de Erik. Ele usava uma calça jeans, camisa do tipo t-shirt branca e um blazer azul marinho. Para se ter ideia, tinha gente atrapalhando o trânsito, só para passar devagar com o carro e observar melhor aquele belíssimo espécime.

Quando ele me avistou, abriu um sorriso luminoso e eu me derreti completamente. Atravessei a rua e, só por um milagre, não fui atropelada. Estava hipnotizada.

ERIK

Eu a avistei quando já estava bem próxima. Usava uma calça justa e uma camiseta sem mangas, que lhe cobria até o quadril, desenhando suas curvas. Me lembrou um perfeito violoncelo, e eu estava louco para aprender a tocar aquele instrumento. Ela não percebeu, mas os homens passavam por ela e a fitavam admirados. Ainda bem que ela não os notava.

Na medida em que Bellanne se aproximava, eu sentia as minhas mãos suarem. E isso era incômodo.

— Erik?! — Ela se aproximou sorrindo.

— Senhorita Fraise! Se soubesse que gostava de caminhar, teria comprado um apartamento por aqui. É uma bela visão, Fraise.

Ela estreitou os olhos e, mais uma vez, sorriu. Será que ela sabia que brilhava, quando sorria e apertava os olhos assim?

Bellanne se aproximou e deu soco bem leve no meu peito.

— Posso me informar sobre apartamentos nos arredores. E não, não estou sendo altruísta. Estou pensando na minha vista.

E porque a vontade de morder aqueles lábios e lamber a pele suada era enorme, não aguentei mais e segurei seu rosto entre as minhas mãos, trazendo-a para mim e beijando-a com força.

Bellanne dissolveu-se em meus braços. Não criou a menor resistência, não protestou. Apenas se entregou, respondendo aos meus estímulos, deslizando a mão sobre meu peito. Seu gosto me invadia, doce e levemente adstringente, fazendo minhas glândulas salivarem e desejarem cada vez mais.

Quando a deixei, seus olhos brilhavam para mim. Estávamos colados e nossas respirações alteradas. E como era boa a sensação de tê-la ofegante em meus braços.

— Uau! — Foi tudo o que me disse.

Sorri.

— Uau! — E tornei a beijá-la, dessa vez com mais suavidade.

Suas mãos circundaram minha cintura e agarraram o cós da calça. Senti meu corpo retesar e começar a responder — ostensivamente — aos estímulos de Bellanne.

— Vamos subir... Estamos dando um showzinho e logo causaremos um caos no trânsito. — Ela sugeriu, sorrindo contra a minha boca.

Sorri de volta. Ah, como eu adoraria subir com ela! E a realidade do que me levou ali voltou com tudo. Por alguns minutos, eu havia esquecido completamente a minha urgência.

Bellanne-se! - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora