Meu nome é Helena, me mudei para Portugal recentemente depois da grande descoberta da minha vida.
A um mês atrás me revelei lésbica para os meus familiares, que óbvio, não aceitaram muito bem. Eu disse não aceitaram muito bem? Desculpa, eu quis dizer que eles DEFINITIVAMENTE não aceitaram. Por eu ter começado a trabalhar muito cedo e não ter com o que gastar o meu dinheiro, eu tinha uma quantia boa para sair de casa e viver sozinha (o que não estava nos meus planos). Mas vamos a essa história desde o início.
No começo do ano de 2011, minha mãe me perguntou pela primeira vez se eu era lésbica, ter mulheres se beijando na TV ainda era uma coisa absurda. Claro que neguei, até porque a cultura mundial é de que meninas devem se interessar por meninos desde pequeninas, e eu tinha 13 anos, estava descobrindo ainda o que era o lesbianismo. A partir daí minha mãe resolveu que eu era a Barbie dela, e eu odiava! Eu queria mais era jogar bola com os garotos da rua, lutar box com o meu pai e desenhar muito. Sem contar os animes e desenhos que até hoje amo assistir. Mas minha mãe teimava em me encher de coisinhas cor-de-rosa. Minha mãe sempre soube que eu era lésbica, então ela meio que desistiu da sua missão de me transformar em mocinha conforme eu fui crescendo. Mas parecia fácil demais para uma pessoa só algumas coisinhas mais estava por vir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não Convencional
AléatoireAos 19 anos eu acabo aceitando o que todo mundo já sabia, eu sou lésbica. Por ter nascido em uma família recatada e cristã eu me negava aos meus desejos por outras mulheres. Mas agora eu quero viver tudo o que não vivi por medo do que as pessoas vão...