Capítulo IV

60 14 8
                                    

   — Thomas, me empresta a chave do carro.

— Você ainda não sabe dirigir...

— Já tirei a carteira —  Olhou em meus olhos desconfiado e claro que não acreditou — tá bom, já entendi...

   Entrei na sala de comando e procurei por outra chave. — Tinha muitas e não sabia qual era a do carro —  Olhei e percebi que tinha uma diferenciada, com uns botões do lado, provavelmente era a qual eu estava precisando.

   Desci as escadas que levavam para o estacionamento. — poderia estar fazendo a maior cagada da minha vida, mas precisava encontrar o meu pai mesmo que isso me leve ao desemprego — Apertei o botão.

Bi-bi

   Era uma moto... Se eu nem sabia andar de carro, imagina de MOTO?

   "Sem pânico nessa hora", como disse, não tinha tempo. Subi em cima, tirei o pedal e acelerei.

   Claro que cai várias vezes, apesar de ser muito pesada, consegui levantar o mais rápido possível para não ser pega.

   Virei em uma rua que tinha muitas pessoas. Comecei a desacelerar até parar. Coloquei a moto encostada na parede e fui tentar saber o que estava acontecendo.

   Cheguei mais perto das pessoas e de repende ouvi um tiro. Um tiro muito perto da minha orelha, fazendo com que minha cabeça ficasse zumbindo o tempo todo, além da gritaria, que aumentava a cada segundo.

   Peguei minha arma e mirei em todos, puxei o gatilho e esperei algum sinal de terrorismo.

   Não sabia quem tinha disparado o tiro. Ele estava entre nós — podia ser qualquer um — porém eu não iria sair atirando em todo mundo. Precisava ser mais atenta...

   Olhei para trás e... "Cadê minha moto?"

   Ótimo, fiz muito bem ter deixado a chave junto a ela, MEUS PARABÉNS.

   Por sorte o mercado ficava logo em frente. Tentei ir até lá, mas eu estava contra as pessoas, ou seja, enquanto elas corriam para um lado, eu andava para o outro.

   Comecei a empurrar todo mundo, poderia tem mais ou menos umas 500 pessoas no local onde eu estava — metade delas... assassinos.

   Tentei não chamar muita atenção por "andar do lado contrário". Corri para perto de um poste e o agarrei, tanta gente correndo em uma só direção que era capaz de me levarem junto. Mas eu estava firme.

   Até me deparar com um terrorista arrancando a cabeça de uma senhora. Gelei... O pior, é que havia uma garotinha ao lado. Meu pensamento dizia "leva ela com você", beleza... Eu iria fazer isso — se o cara não tivesse matado ela também no mesmo momento que tive aquele pensamento.

   Levantei a arma e puxei o gatilho — estava na minha mira — disparei...

   Acertei o peito dele. — quem dera ter acertado o coração — Mas por algum motivo, ele ainda estava esfaqueando todo mundo. Atirei novamente, desta vez bem na cabeça. Não tinha chance de sobreviver.

   Continuei meu caminho até chegar ao meu destino, abri a porta e logo já me jogaram para dentro.

   Ela se fechou sozinha e "nossa", como estava selencioso o lugar. Não havia ninguém, porém precisava ter! Meu pai e minha irmã.

   Vasculhei o mercado inteiro e nada... ''me diz que ainda estão vivos", cruzei os dedos e fechei os olhos.

— SAIAM, SAIAM! — uma voz desconhecida.

   Desesperada, corri e me escondi entre uma prateleira e outra e fiquei em silêncio, tampei a boca e meu nariz, para que minha respiração não me dedurasse.

— Vamos descer! Você fica aqui e vigia o lugar. VAMOS!

   "Quem era? Um terrorista?" Conseguia apenas ver uma sombra, uma sombra de um homem, um homem com uma arma, uma arma preste a ser disparada.

   Me encolhi, agachando e juntando as minhas duas pernas. " Vai logo! '', meu pensamento gritava sem expressar qualquer tipo de som. O cara não atirou, eu estava errada. Ainda bem, porque depois daquele zumbido que eu tive minutos antes...

   Se ele não atirou, eu tinha que atirar, bem na cara dele, porém iria fazer muito barulho, atraindo mais terrorista — sem planos, sem ideias — Até que avistei algumas facas ao lado do caixa, que por sinal, o preço estava muito bom. Mas como eu iria até lá, sem ser pega?

   Levantei e bati minha cabeça em uma panela — o barulho não foi muito agradável e... '' ai, doeu''— o homem estava vindo,  ESSE ERA O PLANO?

   O que eu iria fazer agora? Me virei para atrás e lá estava ele, segurando a querida arma que me levaria ao paraíso, preste a atirar em minha bela cabeça e espalhar "rosas vermelhas" pelo chão...

******
  

  

  

  
  

Mais Um Por Vir...Onde histórias criam vida. Descubra agora