Um trato. (10)

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  Rodrigo encarou Victor e sorriu.

- Imaginei que estivesse triste por causa do que seu pai foi falar comigo ontem.

- Então ele foi mesmo?

- Sim, pediu para que lhe apresentasse as moças mais lindas da cidade.

- E o que você disse?

- Que faria isso.

- É melhor ir se vestir, ele pode chegar a qualquer momento.

- Não, meu irmão levou ele e seu avô para uma caverna enorme, vão demorar bastante. -Victor sentou na cama. - Está com fome?

- Não estou com vontade de comer.

- Eu sei que deve ser difícil passará por isso, mas estou aqui agora e não vou sair até conseguir botar um sorriso no seu rosto!

- Tudo bem, eu vou comer. -Victor sorriu.

- Ótimo, temos bolo de laranja, enroladinho recém feito, suco de laranja e esse doce, abra a boquinha! -ele pegou um pedaço de bolo com a colher, Rodrigo riu e abriu a boca.

- Muito bom.

- Se quiser, no final teremos o prato principal.

- Que seria?

- Eu ao molho branco.

- Posso lhe confessar uma coisa?

- Claro.

- Eu sou virgem.

- Eu também.

- Impossível!

- É verdade, já cheguei a tocar e ser tocado, mas nunca fui até o fim, meus ex eram uns idiotas!

- Ainda não acredito, foi muito ousado lá no lago.

- Se eu não ser, vou acabar morrendo virgem, mas falando sério, sempre acontece alguma coisa quando estou prestes a conseguir, por isso nem me surpreendi muito com a aparição do seu pai.

  Eles começaram uma longa conversa, enquanto comiam muito, Victor contou praticamente toda sua vida e Rodrigo também, descobriram que tinham mais coisas em comum do que imaginavam, as horas começaram a se passar rápido. Enquanto isso, Nando e Diogo se lamentavam para Cauã.

- Talvez eu não devesse ter sido um pai tão duro, mas se ele decidir continuar com essa frescura gay, os outros podem fazer mal a ele... -dizia Nando se encostando na parede da caverna.

- Quer dizer que só estão aqui, por que encontraram um pênis de borracha nas coisas dele, qual o problema de vocês?!

- Nós só queremos proteger ele! -disseram os dois quase chorando.

- Sejam homens! -Cauã pegou na gola da blusa de cada um com um mão. - São a única família dele, não é brigando que vão resolver as coisas!

- Mas se ele gostar de homens, vai sofrer, imagina a dor que não deve ser levar no cú, sem falar dos tarados estrupadores de jovens indefesos!

- Vocês são um caso perdido, Rodrigo já está sofrendo com a rejeição de vocês, poderiam ao menos tentar ser um pouco mais compreensíveis.

  Cauã tentou colocar um pouco de juízo na cabeça deles, mas não adiantou muita coisa, eles voltaram, Diogo decidiu ir atrás de Bianca na cidade e Cauã não perdeu tempo.

- Nando, acho melhor deixar o Rodrigo mais um pouco sozinho, que ir na minha casa?

- Nem eu estou muito afim de ir falar com ele... Vou aceitar o convite.

  Nando havia acabado de cair na maior armadilha de sua vida, Cauã entrou na frente e foi direto para a cozinha, Nando sentou na poltrona da sala, ele voltou com taças e vinho.

- Você é um bom amigo, vou ficar lhe devendo tanta hospitalidade!

- Não, faço tudo de coração. -eles começaram a beber. - Que tal mais uma massagem? -Cauã se levantou e começou a massagear o pescoço de Nando, que fechou os olhos.

- Obrigado, realmente estou tenso de novo.

- Gosta do meu toque? -perguntou baixo no ouvido dele, em seguida foi para frente e sentou no colo dele, Nando abriu os olhos e Cauã o encarou de forma provocativa.

- Essa massagem está estranha.

- É uma nova técnica que eu aprendi, relaxa. -Cauã o beijou e imediatamente Nando tentou o afastar, mas ele era mais forte.

- Ficou louco, somos homens!

- E daí?

- Você é gay?!

- Só agora Adivinhou, você é bem lerdo!

- Me enganou, como pode?!

- Eu não enganei ninguém, nunca disse que era hétero, mas agora quero você!

- Não vai ter! -Nando tentou levantar, mas Cauã não deixou.

- Sou mais forte, se decidir que vamos fazer, vamos! -Cauã lambeu o pescoço dele e deu uma chupada.

- Não, porque um homem não pode me deixar excitado!

- Dúvida?

- Sim!

- Ok, então se eu ganhar você vai ficar e fazer o que mandar, do contrário sua hospedagem e alimentação nos meus estabelecimentos saíram de graça.

- Fechado!

Meu filho é gay!Onde histórias criam vida. Descubra agora