Sweet Revenge

1. // A partida

Comecei o dia terminando de arrumar minhas malas, decidida à deixar o Brasil.
— Ainda não me conformo que você vai me deixar. -disse Anabel entrando no meu quarto-.
— Deixa de drama! -ri-. Eu volto logo.
— Ah, claro! Você vai seduzir o cara, matar ele, voltar pro Brasil foragida em uma semana?? -disse me encarando-.
— Bel, vai dar tudo certo. Até o fim do ano eu estou de volta.
— O que?! -gritou-. Sua louca, a gente tá em janeiro!
— Relaxa, agora você vai poder trazer seus peguetes pra cá. -ri-.
— Olha, eles sempre vieram. -sorriu-.
— Danadaaaa! -gritei-. Mas de qualquer forma, agora não vai precisar esconder isso de mim.
— Ainda preferia você aqui.
— Você sabe que eu só não te convidei pra ir comigo...
— Não, Clare, tá tudo bem. -me interrompeu-. Eu sei que eu só iria te atrapalhar nessa sua vingança maluca.
— Tá na hora. -disse olhando no espelho-. Vamos?
— Partiu.
Então eu deixei o Brasil e a minha melhor amiga. Parti para Londres, eu não queria deixar a Anabel mas eu precisava me vingar daquele desgraçado. Eu observei ele durante anos, até eu me formar na minha faculdade e ter grana o suficiente pra tudo.
Quando cheguei em Londres eu sabia que Mark iria, provavelmente, estar em um barzinho do centro que iria quase todas as noites com os amigos, então me hospedei em um hotel e iria até lá. Por volta das 18h tomei um banho, e pensei em colocar um vestido preto que tinha comprado uns dias atrás, porém, era muito simples, e eu queria arrasar. Então, coloquei um vestido vermelho coladinho e aberto nas costas, um salto preto e um batom escuro, mas não chamativo. Eu realmente estava bem gata, soltei os meus cabelos castanhos e já eram 19h! Meu táxi tinha chegado, então desci. No caminho fumei um cigarro, eu estava mais nervosa do que pensei que pudesse ficar. Cheguei no barzinho, entrei, e como era uma rotina, lá estava ele, desta vez sozinho. Estava de calça jeans e uma camisa maravilhosa que marcava bem seu peitoral malhado, eu sentei ao lado dele e pedi uma bebida, percebi que ele já me encarava de cima a baixo, então sorri, mas sem olhar pra ele.
— Vem sempre aqui? -disse ele sorrindo-.
— Você podia ser mais original. -dei um gole na minha bebida-.
— Opa, foi mal aí. -se aproximou-. Nunca te vi por aqui.
— É a minha primeira vez.
— E o que tá achando?
— Primeiras vezes nunca são maravilhosas. -o encarei-.
— Tá falando de mim estar aqui? -retrucou-.
— Relaxa, gato. -virei a bebida-. Mais uma, por favor. -disse ao garçom-.
— Assim vai acabar bebendo demais e fazendo o que não deve.
— Eu sei me cuidar. Obrigada.
— Tô indo nessa. -levantou-.
— Minha presença te incomodou?
— De forma alguma. Mas minha esposa me espera em casa. -sorriu e saiu-.
O que??? Ele tinha uma esposa e eu não sabia disso, como iria seduzir ele? Droga. -foi o que pensei, furiosa-. Mas isso não iria me impedir de nada, sai do barzinho e voltei para o meu hotel fumando um cigarro, e bem pensativa, ele iria se apaixonar por mim, mesmo sendo casado.