After school

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미야 - Miya
마크 - Mark

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미야

... Quando cheguei lá, me deparei com um lugar que estaria vazio se não fosse a presença de um menino alto, misterioso, que tinha uma franja pouco reveladora. Ele usava um casaco preto com capuz e estava com as mãos depositadas no bolso do mesmo.

Huh? Mas onde será que eles estão? Será que mudaram de local ou demorei demais?

Me perdi em meus pensamentos, enquanto tentava falhamente desvendar aquele "grande mistério".

Por um momento a presença daquele menino começou a me incomodar. Afinal, ele me analisava detalhadamente dos pés a cabeça com um olhar frio e sádico.

Quando finalmente percebi que ninguém iria aparecer, decidi por fim ir para casa.

Minha decisão daria certo, caso meus planos não fossem interrompidos por uma mão em meu ombro direito. O que me fez sentir um frio percorrer toda extensão de minha espinha.

- Onde pensa que vai?

Senti cada músculo do meu corpo se contrair, minhas mãos gelaram, minhas pernas tremeram, meus olhos se fecharam e lágrimas desesperadas e incontroláveis desciam dos mesmos.

- Baby, eu te fiz uma pergunta. Responda.

Fiquei imóvel e senti meus lábios tremerem e se chocarem uns aos outros. Senti sua mão apertar meu ombro e rapidamente fui virada.

Abri meus olhos e olhei para o tal menino de forma cautelosa. Eu podia jurar ter visto uma sombra pairar sobre seu olhar, seu assustador e frio olhar.

- RESPONDA-ME!

Levantou seu tom de voz enquanto segurava-me pelos ombros, o que fez meu pânico ser intensificado a um grau que nem eu sabia que podia ser atingido.

- P-Por favor, n-não faz nada comigo!

Chorava como uma criança que tivera sido afastada da mãe, levada por uma bruxa má ou algo do tipo.

- T-tome! Fique com meu celular, mas não faça nada comigo!

Entreguei meu celular e o menino não o pegou. Ao contrário, ele me soltou aos poucos.

Novamente ele voltou a me encarar enquanto eu ainda chorava como um bebê, mas dessa vez seu olhar havia suavizado e parecia confuso.

O menino se afastou, e aos poucos, quando finalmente parei de chorar, meus olhos decidiram o fitar.

Ele riu. Riu como se fosse a coisa mais engraçada do mundo, riu de gargalhar, riu como se estivesse assistindo a um grande espetáculo de comédia, riu até seu capuz cair e revelar o rosto do cruel monstro sádico. Juntamente revelou uma estrelinha de terceiro ano.

Não parecia mais tão assustador.

Mesmo assim.

Eu não gosto quando riem de mim.

Então eu parei e o encarei, de braços cruzados. Minha expressão se fechou e mesmo com cara de choro e com o rosto inchado, eu fiz minha melhor cara de brava possível.

- Isso não tem graça!

Bufei e falei com a voz ainda de choro. Tentei a controlar, mas ainda soluçava.

- Tem sim.

Disse o menino com sua voz grave e estremecedora. Ele já tinha parado de rir, e agora apenas fitava meu rosto de forma intensa.

[Reescrevendo/Hiatus] Call Me Daddy ||Mark Tuan||Onde histórias criam vida. Descubra agora