A Herdeira das Borboletas

Jane

                Descemos a escada e Victor me acompanhou até a escadaria onde encontrei Caroline.

            - Onde estava?

            - Acordei muito cedo e resolvi dar uma volta pela casa. Mas o senhor Lefroy me encontrou para avisar que estava me chamando. – Minto. Não posso contar sobre o reino ainda. Algo naquele lugar está muito errado.

            - Venha, vamos tomar café da manhã. – Nós duas descemos e tomamos café da manhã com todos, não consegui para de pensar no que Bia disse "Eles nem sempre foram tão bons quanto são agora".

            - Caroline, Malina e Davina, só quero lembrar as senhoritas que hoje começam as aulas. – Mamãe falou. Já tinha me esquecido que agora terei aulas em casa.

            - Decidimos dividir os setores para que cada professor consiga dar sua aula sem a intromissão do outro, então cada um estará em um local diferente. – Papai explicou.

            - Me desculpe a indelicadeza, mas eu gostaria de saber quanto tempo nossos tios irão passar conosco. – Malina perguntou.

            - Acho que um mês. – Tia Gina respondeu. – Estamos muito felizes de estar novamente nessa casa com todos reunidos, não fazíamos isso a muito tempo.

            - Que ótimo! Isso quer dizer que teremos outros bailes enquanto estiverem aqui, não é mesmo? – Caroline perguntou animada.

            - Espero que sim! Realmente adoro bailes. – Tia Linara disse.

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            O café da manhã mal acabou e o senhor Dimitri me levou para o jardim para começar nossa aula. Nunca tive aulas em casa, então eu não sei muito bem como me comportar.

            - Acredito que nossa primeira aula seja de francês, estou certa? – Pergunto.

            - Oui oui.

            - Adoraria saber porque escolheu o jardim para aula de francês.

            - Pois alguns lugares da França são realmente belos se forem vistos de um ponto de vista botânico, então acho que passear pelo jardim durante uma aula de francês daria um charme. – Ele respondeu começando logo em seguida a aula. No começo eram apenas palavras soltas, mas depois ele começou a pedir que eu montasse frases.

            - A senhorita não parece gostar muito de bailes.

            - Mademoiselle ne semble pas beaucoup de balles. – Falei devagar.

            - Não. – Ele riu. – Não era para traduzir isso. Deveria ser apenas uma colocação.

            - Oh, sim. Eu realmente não gosto muito de bailes. Não sou muito boa com quadrilhas, mesmo tendo treinado a vida toda.

            - Então acho que a senhorita não teve bons professores, nossa próxima aula será de dança.

            - Acho que eu não preciso tanto de aulas de dança.

            - Se a senhorita não gosta de bailes, pois não sabe dançar, então acredito que precisa de aulas de dança o quanto antes. Como outros rapazes poderão tira-la para dançar se não aprendeu como fazer? – Sinto meu rosto esquentar. – Sinto muito senhorita, não era minha intenção deixar-te envergonhada.