Capítulo 1 sem título

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PESSOAL, ANTES DE COMEÇAR, VOU ESCLARECER OS PONTOS, ESTE CONTO PERTENCE A AUTORA PARCEIRA DO GRUPO FIONA MAYER, QUE ESTÁ DISPUTANDO O EVENTO - SÍMBOLOS DO FOLCLORE - COM OUTRAS AUTORAS QUE TAMBÉM PARTICIPARÃO COM CONTOS A SEREM POSTADOS NESSE PERFIL

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PESSOAL, ANTES DE COMEÇAR, VOU ESCLARECER OS PONTOS, ESTE CONTO PERTENCE A AUTORA PARCEIRA DO GRUPO FIONA MAYER, QUE ESTÁ DISPUTANDO O EVENTO - SÍMBOLOS DO FOLCLORE - COM OUTRAS AUTORAS QUE TAMBÉM PARTICIPARÃO COM CONTOS A SEREM POSTADOS NESSE PERFIL.

O PRÊMIO PARA AUTORA SERÁ DIVULGAÇÃO E COMO CRITÉRIO DE JULGAMENTO PEÇO QUE VOTEM E COMENTEM NAS HISTÓRIAS, POIS ASSIM É QUE CONSEGUIREMOS JULGAR.

O SÍMBOLO FOLCLÓRICO ESCOLHIDO PELA FIONA FOI O CURUPIRA.

LEITORES DO GRUPO QUE PARTICIPAREM NAS LEITURAS DOS CONTOS, TAMBÉM TERÃO O SEU SORTEIO - ESTOU ORGANIZANDO PARA POSTAR.

-----------------VAMOS AO CONTO---------------


AMOR DE CURUPIRA

Era uma manhã radiante. Apesar de estar ainda nas primeiras horas do dia, o sol espalhava seus raios sem piedade por toda a mata rala, de pequenas árvores retorcidas, com suas cascas grossas e sua verdura luxuriante. Era início da primavera e a chuva de agosto fizera ressuscitar o verde no cerrado no cerrado. O horizonte era azul e totalmente desprovido de nuvem. Aquela fumaça que tomava conta do céu no mês de agosto também já tinha ido embora e a vida ressurgia com tudo.

O Curupira via todos esses sinais e sabia que suas férias tinham acabado definitivamente. Nos meses seguintes estaria o tempo todo ocupado, pois os animais sairiam das tocas, numa nítida manifestação daquilo que é preconizado pela natureza desde que o mundo é mundo: depois do ciclo gelado do inverno, quando tudo adormece e parece fenecer, a vida renasce em toda sua plenitude.

Junto com os animais viriam os caçadores. E acabar com aquela ameaça era papel do Curupira. Por isso, ele sabia que seus dias de sossego estavam contados. Não que ele se importasse com isso, afinal, tinha o maior orgulho de sua missão. E, principalmente, estava preparado para isso.

Levantou-se com agilidade e esticou bem os braços para cima. Em seguida saiu caminhando preguiçosamente. A luz escandalosa do sol cegou-lhe por alguns instantes, mas, após esfregar vigorosamente os olhos, recuperou a capacidade de ver e pode contemplar a visão deslumbrante que se descortinava ante seus olhos: o horizonte azul seguido do verde intenso, em vários tons, da mata.

Os primeiros passos foram trôpegos. Mas, em poucos instantes sua velha capacidade de rasgar o ar com violência. Olhos humanos eram incapazes de acompanhá-lo em suas andanças em altíssima velocidade e isso lhe dava um orgulho danado. Esse mesmo orgulho não o acompanhava quando pensava nas estratégias que utilizava para ludibriar os caçadores. Mas, não era ingênuo o suficiente para não perceber que não dava para ganhar aquela guerra usando a honestidade.

Mesmo que isso não lhe agradasse tinha que ludibriar, enganar, seduzir. E, para isso, tinha suas ferramentas. Os pés virados para trás, por exemplo, deixavam seus rastros sempre na direção contrária. Por isso, ninguém foi capaz, até hoje, de seguir o curupira e descobrir sua real localização. Outra especialidade sua e que a partir de agora seria muito utilizada, é a de confundir os caçadores. São inúmeros os casos de caçadores que, de repente, se vêem perdidos em um território que sempre percorreram.

AMOR DE CURUPIRAWhere stories live. Discover now