Epílogo

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Finalmente o fim do ano chegou, esse ano foi tão lento que me deu preguiça, iremos todos nos reunir aqui em casa, quando eu digo TODOS é todos mesmo.

Termino de me vestir e saio do quarto, tenho que ir buscar o meu avô no aeroporto, a última vez que lhe vi foi no meu casamento que aliás foi maravilhoso.

- já vai amor?- Luan perguntou da cozinha.

- sim, o avião que o vovô está chega em trinta minutos.- fui até ele e lhe dei um selinho.

- ok, nos encontramos na casa dos seus pais.- voltou a mexer algo no fogão.

- tá bom, te amo.- voltei para sala para pegar minha bolsa em cima do sofá.

- também te amo.

...

A porta de desembarque é aberta e eu tenho que ficar nas pontas dos pés para ver o meu avô no meio dessas pessoas gigantes. Ou é você que é uma anã? Cala a boca subconsciente.

Finalmente vejo o meu avô com todo o seu estilo de "pegador". Não espero muito e corro em sua direção me jogando em seus braços.

- meu Deus nem parece que só fazem quatro meses que não te vejo, você está ainda mais bonita.- meu avô elogiou me afastando dos seus braços.

- você também está um gato.- lhe olhei por inteiro.

- eu sei.- passou a mão no seu cabelo grisalho.

- convencido.- falei rindo.

...

- então, como vai o casamento?- o vovô perguntou olhando através da janela do carro.

- maravilhoso.- sorrio largamente.

- e a faculdade?

- boa também, cansativa mas boa.

- fico orgulhoso de você.- falou sincero.- queria poder ter tido uma escolha livre também.

- por que o senhor fala isso?- lhe olhei rapidamente confusa.

- vamos dizer que administração não era o meu sonho...- deu uma pausa.- eu queria ser maestro.- lhe olhei surpresa.

- nossa, por essa eu não esperava.

- pois é, fico feliz que esteja sendo um bom administrador, e bem... Eu sou rico...- lhe interrompo

- multimilionário.- lhe corrijo.

- é, multimilionário.- suspirou pesado.- mas eu trocaria tudo isso para seguir o meu sonho.

- e por que não seguiu?

- o meu pai queria que eu fizesse uma "faculdade de verdade."- fez aspas com o dedo.- para ele música era besteira.

- mandasse ele se fuder oush.- falei simples.

- eu queria ter tido essa coragem naquela época, mas não foi de tão ruim, eu conheci sua vó na faculdade.- sorriu amorosamente.

- sério?- perguntei interessada.

- sim, ela fazia gastronomia, tão linda e inocente, parecia muito com você.- sorriu largamente.

- o senhor nunca mais se apaixonou por ninguém né?

- não, ela sempre será o único amor da minha vida, quando ela descobriu que estava grávida ficou tão feliz, mesmo sabendo que era uma gravidez de risco, mas ela me disse que se para colocar a Manu no mundo fosse preciso morrer, morreria feliz.- agora a conversa já está indo para um rumo mais triste.

A Princesinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora