POR MF CORREA
NOVAMENTE ANTES DE COMEÇAR A HISTÓRIA, EXPLICO QUE SE TRATA DE CONCURSO DE CONTOS E AS AUTORAS PRECISAM DOS SEUS VOTOS E COMENTÁRIOS PARA VENCEREM ESSA DISPUTA.
--------------------------------------VAMOS A HISTÓRIA-----------------------------------
Olá eu sou Bruno. Reza a lenda que sou um galanteador nato. Que seduzo as mulheres, com minha voz de seda e meu charme. Estou aqui para te contar outro lado da história. Na realidade eu não era assim. Esperava ansiosamente a época certa para estar com ela. Até que em uma dessas noites eu a esperei e ela nunca apareceu. Mesmo querendo acreditar que foi apenas o acaso, que ela viria e explicaria seu sumiço, no fundo eu sentia em cada fibra do meu ser, que nunca mais a veria. Meu tempo como humano era contado, eram apenas algumas noites, sendo assim, eu resolvi aproveitar minha pequena liberdade, perdendo-me em corpos curvilíneos, com cheiros e gostos que nunca sentiria outra vez, sempre na escuridão da noite, no rio, sob o luar. Eu saciava meu desejo imediato por liberdade, mas não era mais a mesma pessoa. Faltava algo. Faltava ela. Eu não fui em busca de explicação, apenas queria esquecer que um dia amei perdidamente uma mulher, que simplesmente desapareceu como fumaça. Meus dias se tornaram sombrios, os anos foram passando e a dor foi se tornando meu combustível, sendo assim me tornei frio, calculista. Dez anos se passaram desde a última vez que havia visto Sarah. Até o dia fatídico do nosso reencontro, uma noite que mudou para sempre minha vida e minha existência. Prazer eu sou o Boto cor-de-rosa e essa é a historia do dia que deixei o amor enfim voltar a fazer morada em minha vida.
Era uma noite típica de festa junina. Havia esperado ansiosamente por ela, contando os dias para minha mortalidade. Enquanto caminhava entre as pessoas, envolto por cheiros, risadas, músicas, múrmuros, sussurros, uma voz congela meus passos. Poderia se passar uma eternidade e eu nunca esqueceria o timbre sedoso da sua voz, o sorriso lindo que fazia seu rosto todo se iluminar em felicidade. Ignorando o que ouvir sua voz estava provocando em meu corpo, caminhei até um canto afastado e mesmo não querendo a procurei entre a multidão. Quando meus olhos a localizaram, meu coração perdeu uma batida. Ela estava ainda mais linda do que quando a vi pela última vez. Éramos tão jovens, sonhadores, achando que o amor seria capaz de fazer milagres. Ledo engano. Parei por alguns instantes deixando um sorriso brincar em meus lábios enquanto a observava rir enrolando uma mexa de cabelo entre os dedos. Sinal típico de nervosismo. Como se sentindo algo no ar, seus olham encontram os meus. O sorriso em seus lábios morre assim como a cor rosada de seu rosto desaparece. Levanto deliberadamente devagar a aba do meu chapéu branco em um cumprimento, com um sorriso sacana, que não esconde que aquele menino que ela conheceu não existe mais e desapareço na escuridão. Caminho sem destino, apenas querendo me afastar dela e das lembranças indesejáveis que vê-la trouxe à tona. Perdido em pensamentos não percebo que cheguei a margem do rio. Olho para o reflexo da lua nas águas e ali permaneço até que sua voz me alcança.
- Bruno? – Nessa hora confesso que minha vontade era a de mergulhar de volta para as profundezas do rio. Mas esse encontro já foi adiado por muito tempo, talvez seja isso que eu precise para me ver livre de suas lembranças. Vir-me para ela e a tristeza que vejo em seus olhos derrubam o primeiro muro nas paredes gélidas do meu coração.
- Sarah!
- Meu Deus. Eu não acredito que é você – dá um pequeno passo em minha direção – pensei ser obra da minha imaginação... – Levanto a mão parando sua divagação.
- Sabe que meu tempo é contado. Então fale o que quer e me deixei em paz.
- Bruno – seus olhos se enchem de lágrimas. E o segundo muro vem a baixo – por que está falando assim? Dez anos procurando por você. Dez anos sofrendo sua ausência. Dez anos esperando você voltar pra mim.
- Acredito que seja carma. Não é isso que dizem, quando você faz mal para alguém, o mal volta para você? Eu a esperei noite após noite à beira desse rio, e você nunca apareceu – dou um passo em sua direção – eu a esperei novamente no ano seguinte, e no próximo e no próximo. Sabe o que aconteceu Sarah? Você não veio. Então se está sofrendo minha ausência sinto muito querida, é pouco perto do que eu senti naquela noite, e em todas as outras por dez anos.
Minha voz está completamente alterada, minha respiração irregular, meu coração trovejando em meus ouvidos. Acredito ser a raiva reprimida, mas não consigo ter certeza uma vez que seu cheiro inesquecível me alcança derrubando mais um muro.
- Não... – diz balançando a cabeça e lágrimas molhando seu rosto de porcelana – eu vim a sua procura. Juro que vim. Todas as noites eu estive a te esperar. E todas as seguintes nos últimos dez anos.
- MENTIRA.
- Não querido, não é mentira! – Estende a mão tocando meu peito. E mesmo desejando, sou incapaz de afastar-me de seu toque - Eu nunca mentiria para você. Eu o amava. Eu ainda o amo.
- Então como? – sussurro, quando sinto completamente o muro em meu coração desabar, ouvindo suas palavras.
- Eu não sei o que aconteceu Bruno. Mas precisa acreditar em mim. Precisa voltar para mim. Por que não sou capaz de me afastar, sem ter a certeza que é meu outra vez. Não me importa que só o tenha por poucas noites a cada ano. Eu o quero de volta. Eu preciso ter de volta, o amor da minha vida.
Seu aroma de oceano limpo e fresco com um sutil perfume floral toma conta de cada célula do meu corpo. Então eu me entrego. Puxando-a para mim bruscamente devoro sua boca em um beijo cheio de saudade. Minhas mãos viajam por seu corpo, ela geme em meus lábios. Seguro brutalmente suas pernas, ela entende o comando e pula em meu colo as entrelaçando em minha cintura. Caminho com ela em meu colo até o rio, querendo me sentir vivo outra vez. Precisando do calor do seu corpo para ter a certeza que minha existência tem significado. Que não estou nesse mundo apenas para ser lembrado como uma lenda.
Ela inspira profundamente, e geme deliciosamente. Volto a beija-la, desenhando seus lábios com a ponta da minha língua. Com destreza tiro-lhe o vestido branco. Ela rasga minha camisa com desespero. Justo nossos corpos sentindo seus seios fartos e pesados contra meu peito. Sem paciência abro o zíper da minha calça com uma das mãos enquanto a seguro com outra. Coloco meu membro totalmente rígido pra fora e com sofreguidão esfrego por todo seu sexo molhado. Que Deus me ajude a me conter. Fiquei atiçando, esfregando-me em seu clitóris, quanto mais ela se contorcia e empurrava aquela delicia molhada contra mim. Perdendo o controle, meti de uma vez, já não conseguia pensar direito, seu interior quente e úmido apertando meu pau, o extinto selvagem me dominou... A cada investida minha, ela gemia, e a cada vez que ela gemia meu nome, minhas investidas nela, eram mais fortes.
- Bruno!!!
- Sou completamente louco por você querida. - Digo entre estocadas profundas. Querendo mais de seus gemidos, mais de sua voz doce gritando meu nome. Minha. Sempre minha. Seguro sua suave cintura e puxo seu cabelo, querendo olhar seus olhos enquanto a possuía. Queria que ela visse exatamente quem estava arrancando seus gemidos, queria que ela se recordasse por dias a fio quem a deixou deliciosamente dolorida. Seu corpo vem de encontro a minha pélvis a cada estocada, e sinto o momento em que ela se aproxima da borda. Puxo seu cabelo com força, ela joga a cabeça para trás me dando acesso ao seu pescoço chupo com força.
- Goza agora. – E ao meu comando, ela grita gozando. Sua boceta apertando meu pau deliciosamente. Solto um urro animalesco gozando junto com ela.
Ao fim abraça-me apertado deitando a cabeça em meu ombro, enquanto acalmamos nossas respirações. Acaricio delicadamente suas costas, sentindo-me novamente em casa. Dez anos amargurado e fugindo do passado, quando eu deveria tê-la procurado. Ela estava ao meu alcance o tempo todo.
- Eu amo você. – sussurro beijando seus cabelos. Sarah levanta o olhar tocando carinhosamente meu rosto.
- Eu também te amo. Sempre vou amar. E ficarei contando os dias até nosso próximo encontro. Por que meu amor, nós nascemos para sermos um do outro.
E assim, como se nada mais existisse no mundo, passamos meu pouco tempo de mortalidade, juntos, nos amando, nos redescobrindo. Afinal, até as lendas podem amar.�J|3��Q
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PRAZER, EU SOU O BOTO
Short StoryMAIS UM CONTO CHEGANDO PARA O NOSSO EVENTO DE SÍMBOLOS FOLCLÓRICOS - DESTA VEZ A MF CORREA NOS PRESENTEIA COM O BOTO COR DE ROSA!!