CAPÍTULO 13: Emoções

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      Eu estava nervoso. Não com algo que aconteceu e sim com oque vai acontecer, enfim o dia de falar com meus pais havia chegado, eu desejei muito que eu não tivesse que passar por isso outra vez, e se eles fossem mais parecidos com minha tia Clara do que com meu tio? Eu tinha essa dúvida ainda, será que eles vão aceitar que eu estou namorando com meu primo a sete meses escondido deles? Eu espero que a resposta seja sim.

— Pronto? — Perguntou Pablo pegando na minha mão.

— Não, nem um pouco. — Falei nervoso. — Eu nunca vou estar pronto pra isso.

— Tudo vai dar certo eu vou estar com você. — Ele me deu um beijo na minha testa. Pablo era sempre muito carinhoso e gostava de manter a calma. Mas eu sei que lá no fundo ele está com tanto receio quanto eu.

— Acho melhor eu ir na frente pra preparar eles.

— Tá bem, eu vou em seguida, não fique fazendo cerimônia, vai e fala. — Ele cruzou os braços.

— Eu não sou você. — Abri a porta da cozinha onde estava meu pai e minha mãe, assim que eles me viram eles sorriram.

— Ei filhão faz tempo que a gente não se fala. — Falou meu pai fazendo sinal pra mim sentar na perna dele!

— Pai, eu sou pesado demais pra sentar na sua perna, eu não tenho mais 9 anos. — Revirei os olhos.

— Tem razão, daqui a alguns dias você vai fazer dezoito. — Eu desejei que ele não me lembrasse dessa dura realidade.

— Você está nervoso o que foi? — Perguntou minha mãe.

— Oii tia Taís, tio Roger. — Pablo entrou na cozinha com umas sacolas! — Trouxe para o almoço tia, espero que não se importe de eu vir almoçar com vocês! — Pablo sorriu para eles, ele tinha uma coisa que hipnotizava as pessoas, ninguém nunca falaria não para Pablo Daniel. Mas eu revirei os olhos, não sei porque ele pediu permissão, ele ficaria mesmo se não fosse convidado.

— Claro querido você sempre é bem vindo. — Falou minha mãe sorridente.

— Então Vítor já disse a eles? — Perguntou Pablo. Eu lancei um olhar desesperado. Ele sempre acha um jeito de fazer meu coração parar de bater. Eu queria matar ele.

— Não! — Falei indo pra perto de Pablo.

— Falar o que? — Perguntou meu pai. Eu engoli seco.

— Falar que eu e Vítor estamos namorando! — Pablo é muito direto, muito direto que qualquer pessoa, esse é uma qualidade dele, mas também é o pior defeito. Ele  estava calmo, eu por outro lado tive que me escorar na parede pra não cair.

      Meu pai estava com uma cara séria, e minha mãe conteve um riso. Olhei pra ela e quase perguntei qual era o problema dela.

— Então você esta namorando o meu filho!

— Si... — Pablo tentou falar

— Calado eu ainda não acabei! — Meu coração parou de bater de vez, eu já não ouvia ele, talvez eu já estivesse morto. Meu pai riu. — Vamos filho não fique com essa cara, eu já suspeitava de que vocês dois tinham alguma coisa além da amizade! — Meu pai agora estava tomando café tão tranquilamente. — Você ia com ele pra todo lugar, e você praticamente mora com Pablo.

— Oh meu Deus Vítor você está pálido. -— disse minha mãe vindo até mim. Pablo pegou na minha mão.

— Ele esta gelado. — Comentou Pablo. — Vamos Vítor você está em choque. — Eles me ajudaram a me sentar. Demorou alguns minutos pra mim voltar ao normal. E quando voltei fui diretamente na direção do meu pai.

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