12am

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12am

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12am.

Eu sabia que era errado.

Nunca sequer imaginei que um dia passaria por alguma situação parecida com aquela. E quando digo nunca, quero dizer literalmente nunca.

Eu era uma mulher com princípios, orgulho e tinha muito respeito por mim mesma. Sempre tive. Nunca me humilharia por nada e nem ninguém, nunca precisei disso e, mesmo se precisasse, não o faria.

Isso até ela aparecer.

Sair toda sexta-feira era uma tradição entre eu, Yuri e Yoona. Elas comemoravam seu aniversário de três anos de namoro e eu, me sentindo uma intrusa, acompanhei ambas no encontro em um bar próximo ao meu apartamento. Seven costumava ser frequentado em sua maioria por pessoas da classe média e era um dos meus bares favoritos pelo simples fato de ser tranquilo, sempre ter bandas ao vivo e ser lotado de mulheres bonitas.

''Há quanto tempo você não sai com alguém, Tae?'' Yoona questionou do outro lado da mesa observando-me com curiosidade.

Eu desviei os olhos para a pequena e quase vazia pista de dança ao murmurar uma resposta, ''Quase dois anos.'' Não me dei ao trabalho de continuar a conversa, não conseguiria nem mesmo se quisesse, outra coisa havia tomado minha atenção.

Na pista de dança, iluminada por holofotes suaves, uma morena de média estatura dançava graciosamente. Ela tinha cabelos longos, negros e ondulados; aparentavam ser macios como seda. Deixei que meus olhos reparassem na sua blusa fina e apertada, na saia de couro que marcava perfeitamente a curva do seu quadril até suas coxas, complemento para aquelas pernas tão bonitas.

Desviar meus olhos depois de notá-la foi difícil. Concentrar-me na conversa com minhas amigas então... era algo que eu já havia desistido há tempos. O mulherão da saia de couro havia sumido minutos depois e ainda assim minha mente viajava para o momento em que ela se movia com classe e graciosidade naquela pista sobre aqueles saltos tão altos e fudidamente sexys.

Duas semanas depois eu a vi novamente no mesmo bar e na mesma pista. Logo após pegar o meu copo com vodca, fui até um dos pilares próximos e recostei-me para observá-la mais de perto.

Era minha noite de sorte, eu sabia disso. Tive a certeza quando ela olhou para mim, abriu um sorriso de canto e dançou. Dançou até que o espaço entre os seus seios naquela blusa apertada estivesse cintilante e úmido pelo suor. Ela se aproximou pouco tempo depois com uma taça do que parecia ser vinho e eu soube naquele momento, só de olhar para ela, que uma tempestade estava prestes a invadir o céu quieto e nublado que era a minha vida.

''Oi,'' disse com uma voz suave e doce. ''Prazer, Tiffany.''

Eu notei o interesse em seu tom e pressionei meus lábios, encarei aquela mão de unhas longas, pintadas e bem feitas estendida para mim—então, com certa hesitação a apertei. Estava quente.

12 horasOnde histórias criam vida. Descubra agora