CAPÍTULO 15: Festa,parte 2

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— Acho que já é hora de termos uma conversa não acha, doutor Beto? — Beto sorriu debochado.

— Eu não tenho nada pra falar com você, e sobre o beijo, bem, não é a primeira vez que eu fico com o Pablo, não sei porque ele não gosta que eu toco ele. — Eu cruzei meus braços, pra não fazer uma besteira.

— Você é a pessoa mais ridícula que eu conheço. — Minha tia perdia feio pra ele.

— Sabe Vítor, Pablo é muito homem pra você, você não passa de um adolescente problemático. — Ele sorriu de uma forma cruel. — Ele precisa de alguém que seja, o que ele gosta, e ele não gosta de meninos fofos como você. — Ele colocou a mão no meu peito e eu o afastei.

— Eu sei bem do que ele gosta, e se você não deixar ele em paz você vai ver do que eu sou capaz. — Ele arqueou a sombrancelha.

— Você não acha mesmo que vai ficar com ele né? Vocês são primos, e ele, é demais pra você. Você já olhou pra ele? Ele é o seu oposto Vítor, acho que você devia arrumar alguém. — Ele me olhou de cima a baixo. — Igual a você!

— Diga-me Beto, por que você acha que ele ficaria com você? — Eu perguntei sorrindo, Pablo nunca iria me deixar por ele.

— Porque eu sou o que ele prefere. — Comecei a andar, eu não ia ficar ouvindo ele. — A onde você acha que ele passava as noites quando você se negava deitar com ele? — Eu parei. — fizemos amor tantas vezes. — Ele me abraçou por trás e colocou a cabeça dele no meu ombro. — Obrigado Vítor, se você não fosse tão careta ele nunca ia ter ficado comigo. — Ele beijou meu rosto.

      Eu estava lutando contra minhas dúvidas, eu não podia acreditar naquelas palavras. Eu dei um soco no rosto de Beto, eu quase quebro meu pulso. Ele veio pra cima dele mim mas eu empurrei ele dentro da piscina. Eu ri vendo Beto se debatendo na água.

— Me desculpe, quer ajuda? — Eu continuei rindo. Ele me olhou de uma forma que podia matar. Me virei para ir embora, mas antes falei:

— Sabe Beto, nada vai me separar de Pablo, e eu não me importo com essa suposta traição, eu confio cegamente nele. — Ele saiu da água. — Agora seu fogo apaga Beto! — Sai rindo.

      Pablo estava na festa em um canto afastado. Eu fui até ele e quando ele me viu só faltou se ajoelhar pedindo perdão. Eu olhei uma única vez pra ele, não, tudo que Beto falou foi apenas para me irritar.

— Vitor eu não tive...

— Xii

      Eu puxei a gola da camisa dele e o beijei. Eu queria que ele soubesse que eu o desejava. O empurrei contra a parede. Sua mão percorria meu corpo, seu toque me dava arrepios.

— Você esta muito safado hoje Vítor! — Ele não tirou a boca da minha. Eu sorri.

— Ai estão vocês! — Pablo levou um susto do meu lado, e eu ri disso.

— Marta sua vadia, você sempre nos momentos inoportunos né!

— Claro, vocês estavam a ponto de arrancar as roupas, já imaginou os convidados ouvindo vocês gemendo aqui, que constrangedor. — Eu mostrei a língua pra ela, foi um ato tão infantil mas eu estava feliz.
Marta me puxou pra festa me separando do meu príncipe.

— Vocês nunca se separam?

— Nunca!

      Estávamos no meio da pista de dança bebendo algo que eu nem sabia oque era. Tinha muitos garotos na festa que eu nunca tinha visto antes, eles me comiam com os olhos se Pablo tivesse aqui certamente isso já tinha virado uma confusão.
      Vi quando meu tio o tirou da festa, eu fiquei preocupado,mas Marta me fez ficar ali.

— Vítor, não deixe as pessoas sozinhas. — Repreendeu ela.

— Ai eu amo essa música! — Falei com a Marta. Era Cheap Thrills da Sia

— Amigo eu também amo! — E começamos a dançar, a festa parou pra olhar pra gente. Eu nem ligava. Eu estava eufórico por ter colocado Beto no lugar dele, eu tenho certeza que ele não vai esquecer desse dia tão cedo.

      Mas como minha mente não trabalha da forma certa, eu sempre me lembrava dele dizendo que Pablo ficou com ele. E se fosse verdade? Eu ia conseguir perdoar mesmo? Porque ouvindo isso da boca de outra pessoa tem sempre uma esperança de ser mentira. Mas e se Pablo confirmar? Eu vou saber perdoar? Quem sabe.
      A música acabou e eu estava exausto todos aplaudiram! Eu sorri pra marta.

— Migo, podemos fazer um grupo de dança! — Ela gargalhou

— Sim, vamos sim. — Brindamos.

      Eu já estava sentindo falta de Pablo e fui atrás dele. Por sorte eu o encontrei na sacada. Eu abracei ele por trás, quando o toquei ele enxugou os olhos, suas mãos estavam na grade de ferro, apertando-a.

— O que foi Amor? Está chorando? — Ele não me respondeu. — Pablo? Oque foi? — Agora eu estava aflito, fiquei de frente pra ele, Pablo apenas tocou meu rosto, seus olhos estavam cheios de dor.

— Eu te amo Vítor, você é a única pessoa que eu amo. — Ele me deixou ali sozinho. Eu não entendi nada, tinha mil perguntas na minha cabeça.

      Voltei a procurar Marta e falei do ocorrido com ela.

— Nossa e por que será?

— Não sei, mas quero descobrir, e vou descobrir.

      Todos estavam se ajuntando em volta da escada, lá estava Pablo no alto da escada, ele ia falar. Eu sorri por ver ele sorrindo, Pablo era tão confiante.

— Primeiro, eu gostaria de agradecer a todos por terem vindo na minha festa. — ele fez uma pausa. — Depois eu gostaria de agradecer ao meu primo Vítor por ter organizado tudo com tanto carinho e dedicação! — Eu senti meu rosto queimar na hora. — E enfim dizer que, nessa festa está alguém que eu amo perdidamente. — Eu achei tão lindo a forma que ele falou, mas ele não estava olhando pra mim.
— Essa pessoa me mostrou que o amor existe e é belo, por favor venha até aqui Katarina!

      A primeira vez que eu a vi eu achei que ela tinha saído da tela de uma televisão, ou de um filme de contos de fadas, uma mulher muito bela se aproximou e todos deram espaço para ela passar, a príncesa de contos de fadas agora estava indo até meu príncipe.
      Ela estava vestida com um vestido longo vermelho, seu cabelo era louro. Ela estava usando joias que brilhavam. Eu não estava entendendo nada. Quem era essa mulher?

— Amigos, familiares,quero que todos vocês conheçam Katarina Valastro, minha noiva! — Pablo a beijou.

      Automaticamente as lágrimas começaram a cair. Meu coração estava apertado, eu estava desesperado e surpreso, e não era o único, meus pais estavam chocados, a mãe de Pablo também estava. Todos na verdade estavam. Marta segurou meu ombro ela parece que sabia que eu estava a ponto de cair.

— Vem, vamos sair daqui. — Falou ela com uma voz dura, e nada surpresa.

°°°

— Vitor calma. — Falou Marta me vendo chorar desesperadamente.

— POR QUE ELE FEZ ISSO COMIGO? QUEM É AQUELA MULHER? — Eu gritava, nós estávamos na rua. Eu estava atordoado como se algo tivesse apertando meu coração tão forte que ele ia arrebentar.

— Vítor, calma tudo tem uma explicação, ele vai te dizer!

— NÃO MARTA, VOCÊ NÃO OUVIU O QUE ELE FALOU? ELA É A NOIVA DELE, A QUANTO TEMPO ELE ME ENGANA COM ELA?

— Ele vai te...

— CHEGA DE FALAR ISSO! — Eu atravessei a rua e do nada um carro surgiu. Eu não consegui reagir.

— VÍTOR!.

Fui arremessado pelos ares, bati em algo duro e perdi os sentidos.

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Mds alguém me trás água. O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI?O QUE ACONTECEU. Tô chocado.
Bem,tenho que informar vocês,eu não sei o que vai acontecer com Vítor e Pablo daqui em diante. Estranho o próprio escritor falar isso,mas eu estou sendo verdadeiro.
Espero que estejam gostando, eu vou continuar. Eu prometo. Bjs.

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