Eu acordei novamente com aquela sensação chata, a dor nos olhos, a luz forte. Mas dessa vez, minha mãe me chamava.
- Filha, filha? - minha mãe chamava baixo.
- Hmmm, o que foi? - perguntei
- Recebemos a ligação desse hospital dizendo o que tinha acontecido, e viemos o mais rápido que pudemos. - mãe
Eu não queria estar ali, só queria ir pra casa, me trancar no quarto e colocar a cabeça no lugar.
- Só vamos esperar a Lotte ter alta e vamos pra casa, estou cansada... - expliquei
- Tudo bem filha, você já teve alta. - mãe
Não tinha pra quê isso, eu só desmaiei...
(...)
No outro dia ela teve alta, e saiu com uns treco no braço, como eu já disse, eu não manjo dessas coisas.
Ela vai passar um tempo lá em casa, não vai ficar sozinha pois dona Fernanda não deixou ela ficar sozinha na casa dela, e se ela não aceitasse a força com minha mãe ordenando eu iria trazer ela a força.
Chegamos em casa depois de passar na casa dela e pegar algumas coisas e eu vi a arma no chão, e peguei por segurança, depois eu daria a ela.
Ela foi para o quarto ao lado do meu e eu só disse que iria descansar e fui logo para o meu.
Entrei no quarto e fiquei lá, não tinha nada pra fazer, eu não estava com vontade de jogar, nem de desenhar, coloquei música... Depois de um tempo Lotte veio bater na porta do meu quarto.
- Entra!
Ela entrou, e fechou a porta e deitou ao meu lado.
- Oi, eu... só queria pedir desculpas... - Lotte.
- Tudo bem, de certa forma eu entendo como você está e não sente vontade de vi...
- Não! É por Lucas. - Hã?
- Hã?! Você tá louca?
- Não entendi, você não tava gostando dele? - ela... eu não acredito nisso!
- NÃO, quer dizer, sim mas, aaaah. Olha, eu não tenho nada com ele, ele não tem nada comigo, ele não gosta de mim. - eu disse nervosa, e minha garganta fechava, eu não quero chorar por besteira... é sério isso?!
- Não quero que um garoto separe a gente... -Lotte.
~flashback on~
4 ANOS ATRÁS
Era um dia com muito sol e a Lotte tinha me chamado pra ir a algum canto, mesmo eu não querendo ir ela praticamente me obrigou. (N/A: COF COF Juuh COF COF).
Aqui estou eu, na praia, sentada e de fones, olhando ela pular na água com alguma outra amiga que ela encontrou por aqui. Ela provavelmente conhece toda a cidade.
- Gatha! Vem pra água! - me chama pela milésima vez.
Eu apenas ignoro mais uma tentativa dela de me fazer ir pra água.
...
Depois de um tempo ela chega do meu lado quase me esganando por eu não ter ido pra água com ela e outros garotos desconhecidos e grudentos.
- Eu juro que tento te entender mas não dá. - afirma ela.
- Eu juro que não pedi pra você me entender. - não pedi mesmo.
Passaram alguns garotos quase nus se achando os fodões mas é sério, isso é muito ridículo. E tinha uma garota escandalosa gritando do meu lado.
- Quando foi que o oxigênio sumiu Senhor?! - (N/A: Juuh novamente)
- Ele não sumiu, você que tá se oferecendo para os garotos ali. - falei indicando com a cabeça na direção deles que ficavam dando sorrisinhos escrotos.
- Nem vem que até você faria isso. ME POSSUAM GOSTOSOS!
- Primeiro, você vai ser estuprada se continuar assim. Segundo, eu não gosto de me oferecer para... eles, eca.
- Espera... você é lésbica? - questionou curiosa
- Tá viajando?! Eu só não gosto desse tipo de garoto que se acha o fodão, que acha que tá supostamente arrasando.
- Ei!
- Nada contra senhorita bissexual, só não curto. - disse levantando as mãos depois de levar um tapa no braço.
- Falando nisso, tem muitas garotas aqui que eu não deixaria de lado.
- Okay, chega. Um dia você vai acabar é me trocando por algum garoto... ou garota sei lá. - disse realmente acreditando nisso
- Tá louca? Olha pra mim, me dá as mãozinhas e olha nos meus olhos. - dramática...
Fiz o que ela pediu.
- Nenhum garoto vai separar a gente, e nenhuma garota vai ter mais atenção que você, tu é minha irmã e vai ser assim sempre.
Sorri com seu comentário e respondi:
- Nenhum garoto separa a gente. E se for garota eu mesma faço questão de me assumir sua namorada.
E foi assim que ela me continua me zoando até hoje por eu falar que assumiria ser a namorada dela. E que ela disse que nenhum garoto iria separar nós duas.
Mas até hoje... eu não acredito muito nessa "promessa".
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Um Final Não Tão Feliz.
Short StoryNem toda história de amor termina bem. Nem todo livro é bom. E nem toda vida é feliz. Agatha uma garota jovem e problemática, assim como depressiva mas não deixa de fazer os outros sorrirem. Confia apenas em si própria e sua melhor amiga a Charlott...