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Olá, maravilindos. Este é meu primeiro livro e primeiro capítulo aqui, o primeiro de muitos que vão ter muitas surpresas pra vocês, espero muito que gostem, boa leitura.

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   Todos nós temos segredos, uns têm segredos grandes, já outros não, mas o desta pequena menina é sucinto, é apenas um sorriso falso no trono. Ser princesa não é um mar de rosas, e ela odeia ser a princesa do maior estado da Itália, Nápoles.

   Dacotta Nápoles, uma linda italiana, dos cabelos, pele e olhos muito claros, veio de uma linhagem real e nobre. Sua mãe foi morta por guerreiros do Reino Sicília, um reino vizinho, como uma afronta na época em que Dacotta tinha apenas 7 anos de idade. Aquela foi a gota d'água para Robert Nápoles (pai de Dacotta, e rei de Nápoles), ele mandou que matassem o Rei de lá, no momento em que ficou com raiva, seus 3 filhos homens estavam no meio da guerra, pois a lei diz que todos os jovens de 18 à 30 anos devem estar de alguma forma no exército, eles foram mortos em guerra, e até hoje não sabem por qual motivo a Rainha Nápoles foi morta.

   Dacotta é a princesa mais bela da Europa e chegando próxima aos 18 anos, é obrigada a se casar mesmo sendo contra sua vontade. É um dos motivos do qual ela odeia ser princesa, a superproteção do seu pai, não poder sair do castelo sem ser acompanhada, tudo aquilo era necessário para a sobrevivência dela, porém, ela odiava.


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❇ Ano de 1200, Europa, Itália, Reino de Nápoles ❇

   É um dia frio, como qualquer outro, nevava e o Reino estava passando por um momento de crise nas plantações. Estavam vendendo tudo que plantavam, e não era muito, o Reino não exportava nada.

   — Papai? - Dacotta invade a sala onde o Rei e mais 3 governantes estavam planejando algo que ela não entendia e nem queria saber do que se tratava.
   — Filha, já pedi que bata antes de abrir a porta. - ele chama atenção dela sem tirar os olhos do grande mapa com miniaturas de navios que cobria a mesa toda, era uma bela obra de arte.
   — Quero ir a feira... - ela tem medo de terminar sua frase. - sozinha. - enfim termina.
   — Não. - é apenas o que ele diz, ele tem um medo enorme se perde-la, no fundo ela sabe disso, mas no momento tudo que quer é sair sozinha de casa.
   — Pai! Vou fazer 18 amanhã e eu nunca sai desse castelo sem ser acompanhada por Flora. - ela grita com seu pai, Flora é sua governanta, e sua melhor amiga, uma das empregadas do castelo.
   — Bela atitude para uma jovem que irá fazer 18 anos amanhã. - ele finalmente olha para ela.
   — O senhor só presta-ra atenção em mim quando eu gritar? - ela continua irritada, mas pensa e tem uma ideia não muito boa, mas no momento era a melhor, então percebe que sair batendo os pés como uma criança mimada não iria adiantar em nada e isso chamaria a atenção de seu pai para mais um ponto negativo, porém, sair de lá como uma menina educada sem fazer seu pai passar vergonha, não mudaria em nada, só não pioraria.

   Então ela sai de lá e fecha a porta assim como a abriu. Ela sai pelo corredor frio, cheio de pinturas de seus tataravôs e tataravós pendurados nas paredes, levantando um pouco de seu vestido de um tom vermelho escuro, pesado, para que não atrapalhe seu andar, procura por Flora em todos os lugares, na sala de leitura no mesmo corredor, na sala de ballet na porta logo em frente, mas Flora estava no quarto de Dacotta, esperando por ela para ir a feira, como todos os sábados de manhã.
Ao Dacotta entrar no quarto, Flora se levanta e quando abre a boca para falar algo, Dacotta a interrompe:

   — Desejo ir desacompanhada. - se refere a feira.
   — Seu pai, o Rei, me matará se eu ousar tal coisa. - Flora diz, com um certo medo, conhece bem a princesa, está com ela antes mesmo dela nascer.
   — Então quem ousará será eu. - Ela diz abrindo uma das portas de seu armário de madeira pura e antiga, puxando pelas maçanetas de ouro.
   — O que busca ai, Princesa? - Flora tenta ver o que ela procurava, sem sair do lugar, apenas ficando nas pontas dos pés.
   — Um sobretudo, uma capa, eu não sei, algo com um enorme capuz. - Dacotta responde ainda bisbilhotando seu grande armário.
   — Existe um por aqui, para dias de chuva e neve. - ela se aproxima e com total liberdade tira a Princesa de lá e procura ela mesma. - Mas a nevada nem está tão forte assim Princesa.
   — Só não quero que vejam meu rosto. - Então Flora para de procurar quando encontra, mas paralisa, com incerteza se deve ou não dar à Princesa o sobretudo vermelho, com detalhes dourados, e um enorme capuz.
   — Encontraste, Flora? - ela pergunta curiosa, como uma criança procurando por doces.
   — O que eu devo dizer ao seu pai? - Flora vira nervosa, entregando enfim o sobre tudo para Dacotta, ela já sabia o que Dacotta tinha em mente.
   — Diga que fiquei descontente com a decisão dele para o que eu desejava, ir sozinha à feira, me deitei deprimida e adormeci. — ela diz tirando o vestido pesado, então pega o mais leve que Flora já havia separado, um azul claro. — Diga também que não quero ser perturbada, e peça para que ele não entre em meu quarto. — continua, já colocando o vestido mais leve.
   — Sinto que não devo permitir tal coisa. — Flora cruza os braços em frente a grande porta fechada.
   — Isso me envergonha. — Ela diz colocando agora o sobretudo.
   — Isso o que, Princesa? — Flora pergunta.
   — Amanhã completo 18 anos de idade e eu nunca sai deste castelo sem ser acompanhada, nunca conversei com outras pessoas da minha idade, nunca pude errar como outro jovem qualquer, eu não conheço realmente a vida, não tenho história para contar aos meus futuros filhos, eu não vivi nada e já completarei 18 anos. — Dacotta agora está sentada na cama, quase chorando, pois pensou sobre sua vida durante essa última semana e tomou muito cuidado para decidir o que fazer.
   — Seu pai tem tanto medo de te perder querida, assim como perdeu sua mãe. — Flora caminha até ela. — Acredito que ele não aguentaria perder de uma forma tão cruel outro amor da vida dele, que é você.

   Dacotta se lembrou de como encontrou sua mãe, em seu quarto, decapitada, e com o dedo onde ficava o anel da realeza arrancado e roubado.
   Dacotta então tira o anel da realeza e entrega para Flora guardar, pega sua cesta de palha e sai pelo quarto com cuidado para que não encontre com seu pai ou outro guarda qualquer do castelo.
  
   O caminho até a feira foi calmo, ela estranhou estar sozinha e claro, sentiu um pouco de medo, mas estava feliz com sua atitude e se sentiu livre, finalmente. Ela conhece o caminho como sua palma da mão, mas tudo estava diferente, de 50 tendas de feirantes, agora só haviam mais ou menos 20 tendas.
   Ela viu que não haviam coisas boas para se comprar lá, até caminhar para a última tenda, onde vendiam maçãs perfeitas, e muito caras. Ela se aproxima da barraca com um moço jovem também, mais velho que ela, porém jovem.

   — Olá, minha jovem, está procurando por belas e perfeitas maçãs? — ele pergunta, tentando ver o rosto da garota debaixo do capuz.
   — Estão caras. — ela diz passando a mão pelas maçãs.
   — Se me deixar ver seu rosto, eu abaixo o preço para você. — Ele propõe curioso. — Abaixe o capuz. — ele à incentiva.

   Por algum motivo que ela desconhecia ela sentiu uma enorme vontade de abaixar seu capuz que cobria seu rosto, ela não conhecia de onde estava vindo tal vontade.

   Ela abaixa o capuz involuntariamente. Ela tinha medo de que à reconhecessem, mas mesmo assim, abaixou o capuz com suas duas mãos, ela tinha certeza de que não era ela quem estava agindo daquela forma, ela sentiu que se trava de outra força... 

O que acharam? Podem me contar ta? Vou amar saber, aceito críticas construtivas, lógico, muito obrigada por ler, o próximo vem no dia seguinte, até lá, maravilindos.

Sobre Castelos e DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora