=Capítulo 10=

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HELENA CARTER

Na segunda-feira, achei melhor ir na aula, queria sair de casa e deixar aquele ambiente chato que todos me olham com pena. Tomei um banho e lavei os cabelos avermelhados, o chão do box ficou vermelho por causa da tinta, precisava retocar. Vesti um short soltinho preto com bolinhas brancas, uma camisa branca e uma jaqueta jeans clara, calcei um all star branco de cano médio e penteei os cabelos, passei uma base, rimel e lápis de olho para no ficar com cara de morta.

Peguei minha mochila e meu celular na cama e desci, respondi a mensagem de Alice perguntando se eu ia na aula e se queria carona para a escola, eu como a preguiçosa que eu sou, aceitei.

— Bom dia, querida!— diz minha mãe.

— Como está, Lena?— pergunta meu pai, tiro os olhos do meu pão e encaro ele com desdém.

— Como você acha?— disse fria e larguei o pão no prato e levantei da mesa apressada.

— Helena, não foi isso que eu quis dizer, volta aqui e termina de tomar o café.— ele disse, mas eu não dou ouvido e vou para a sala e pego minha mochila no sofá.

— John, vá atrás dela!— disse minha mãe e John a obedece.

Quando saímos de casa Alice ainda não tinha chegado, eu sentei na calçada e John faz o mesmo.

— Peguei para você!— diz e tira do bolso do moletom uns biscoitos e me dá.

— Acha que eu vou morrer?— pergunto assim que termino de mastigar. John me olha por uns segundos antes de responder.

— Não, lógico que não. Desde quando uma doencinha boba derruba Helena Carter, a curupira?— ele diz e ri, sorrio também e logo Henrique chega com seu carro vermelho, eu e John entramos e Henrique dá partida.

— Pensei não fosse na aula, Lena!— diz Alice.— Você não perde uma oportunidade de dormi até tarde.

— É, eu também achei!— disse, quando chegamos na escola fomos logo para sala. Eu odeio todas as aulas, mas aula de química era a que eu mais detestava.

Alguém bate na porta e o professor para sua explicação chata para abri-la.

— Helena Carter!— escuto meu ilustre diretor me chamar e olho assustada, eu não aprontei nada ainda.

— Não fui eu!— me defendi.

— O que você fez dessa vez, Lena?— Alice pergunta.

— Nem eu sei!— disse, mas para o próprio diretor me chamar na sala não foi coisa boa.

— Preciso falar com você, Helena!— ele disse e faz sinal para mim levantar.— Só uns minutos, Sr. Carson.

Droga. Droga. Droga.

— Não sei o que aconteceu, mas não fui eu!— me defendi assim que saímos de sala.

— Você não fez nada, não dessa vez.— ele diz e eu suspiro aliviada.— Eu sinto muito, Helena. Se você precisar de qualquer coisa é só me dizer.

— Ah é isso! Como você ficou sabendo, Sr. Portman?

— Sua mãe me contou.— Fofoqueira, agora a escola inteira vai saber e ficar com pena de mim, eu não quero que ninguém sinta pena de mim.— Se você precisar sair cedo, faltar, ou passar mal pode ir, não precisa da minha permissão. Mas eu terei que comunicar aos professores.

— Não! Eu não quero ninguém sabendo da minha vida.

— Será necessário, não se preocupe, vou orientá-los para não falar para mais ninguém sem sua permissão.

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