Capítulo dezenove

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Ora ora quem é vivo sempre aparece não é mesmo rs. Não esqueçam de votar :)

Luke estava nervoso. Suas mãos suavam a medida que as horas no grande relógio da sala de espera iam passando. O tique em sua perna direita já causava os primeiros indícios de uma futura câimbra. Ele nunca pensou que algo do tipo fosse acontecer com alguém como ele.

O fato era que Hemmings estava prestes a entrar em uma sala que mudaria o rumo de sua pacata vida. Ele só precisaria decidir bem a sua escolha, e então ele tornaria-se tudo aquilo que um dia ele sonhou para si.

O loiro sentiu o celular vibrar no bolso direito e desajeitadamente — a um passo que a jeans apertada dificultava um pouco sua ação — retirou o aparelho sorrindo assim que uma foto de seu namorado dormindo pareceu na tela de vidro.

— Me desculpe por não estar em casa quando você acordou. Eu queria poder te dar o apoio que você merece. — foi a primeira coisa que Luke escutou ao aceitar a chamada.

— Tudo bem. Você pode me recompensar mais tarde. — respondeu com um que de malícia na voz.

Michael soltou uma risadinha e Luke já podia imaginar o namorado revirando os olhos enquanto um sorriso contagiante domava seu rosto.

— Pode deixar que sim. — garantiu no mesmo tom que o outro — Eu preciso desligar. Só queria te desejar boa sorte. Estou torcendo por você babe.

— Eu sei que sim. Te encontro em casa?

—Claro. Amo você.

Hemmings desligou o celular, respirando fundo. Conversar com Clifford sempre o acalmava, mesmo que por poucos segundos, ele até sentia como se um peso tivesse sido tirado de cima de si.

Após alguns minutos que mais pareceram horas na visão do loiro uma mulher de pele esbranquiçada e feição gentil chamou por si.

— Luke Robert Hemmings, me acompanhem sim?

Luke mordeu os lábios uma última vez e seguiu junto a mulher pelo o que pareceu ser o escritório do chefe.

A sala era relativamente grande e espaçosa. Alguns certificados decoravam as paredes brancas e um específico chamou a atenção do loiro, uma vez que se tratava da renomada faculdade de havard.

Um homem um pouco mais velho que si estava sentado no centro da sala, os cotovelos apoiados na mesa enquanto suas mãos encaixaram-se no queixo definido. Os olhos castanhos observavam Hemmings a todo instante, não deixando passar nenhum movimento do loiro.

Luke se sentiu um pouco incomodado com tamanha atenção, mas mesmo assim tratou de sentar-se na cadeira que fora posta para si.

— Luke Hemmings, 22 anos e recém formado em jornalismo. — o moreno leu a ficha do outro que assentia nervosamente a cada fala — Estou vendo aqui que o senhor apesar do pouco tempo no ramo já trabalhou em lugares de peso. Isso é bom, muito bom.

Luke podia jurar que ele parecia um adolescente prestes a saber se havia passado de ano. Suas mãos já se encontravam brancas pelo aperto. O loiro respirou fundo. Tinha que mostrar profissionalismo e seu estado com certeza não estava o ajudando muito para isso.

— S-Sim. — o loiro tossiu falso — Sim. Sempre procurei dar o meu melhor senhor.
— Apenas Logan - interrompeu o outro. — Certo, Logan. Creio que idade não conta muito se você tiver um bom desempenho naquilo que acredita.

Hemmings conteve um sorriso quando a feição do outro mudara para uma mais agradável e receptiva.

Logan aproximou-se mais de Luke — O ponto é: você é jovem e apesar disso possui uma boa bagagem. Nós precisamos de algo assim na nossa empresa. Acha que pode nos dar o que queremos?

— Tenho certeza. — Hemmings respondeu prontamente.

— Ótimo. Vou pedir para que minha secretária providencie suas passagens o quanto antes. Tempo é dinheiro senhor Hemmings.

— Desculpe-me. Haverá alguma viagem? — Luke estava confuso. Passagens? Ele não sabia que teria que se deslocar para outros lugares às vezes.

— Pensei que na proposta que te enviamos por e-mail estivesse claro. O trabalho é na nossa cede em New York.

(...)

— New York? — Michael sussurrou desacreditado. — Isso não pode ser verdade.

O moreno estava sentado na ponta da grande cama de casal enquanto o namorado encontrava-se parado em sua frente. Ambas as feições em choque, sem saber ao certo como reagir a nova notícia.

— Eles querem a resposta até segunda. — Luke prosseguiu com o olhar vago voltado para o cachorro que brincava despreocupado com o osso de borracha.

— Você tem que aceitar. — as palavras de Clifford saíram de forma duras. Por mais que seu coração implorasse para que o loiro fica-se consigo ele não seria egoista o suficiente de privar o mais alto de seguir os seus sonhos.

— O que? Você só pode tá brincando — Hemmings soou incrédulo — E te abandonar aqui? Abandonar tudo o que construímos?

Michael passou as mãos pelos cabelos, suspirando pesado. — Ouça, Lukey. Eu não posso fingir que está tudo bem em você ficar comigo sabendo que todas as noites eu irei fechar os olhos com peso da culpa de ser o responsável por fazer você desistir do seu futuro.

O loiro sentiu as primeiras lágrimas percorrem suas bochechas dolorosamente. — Não diga isso. O meu futuro é você Michael. Você não me ama mais, é isso?

Clifford levantou-se da cama rapidamente, puxando o outro para um abraço que dizia tudo o que palavras não poderiam expressar. — Eu te amo pra caralho Luke, mais até do que você imagina. E é por isso que eu tenho que te deixar ir. Eu me importo o suficiente para saber o que é o certo a se fazer. Mesmo que me doa profundamente e que eu saiba que meu coração nunca será o mesmo novamente.

O loiro afundou sua cabeça no pescoço do outro, fincando suas mãos no tecido da blusa do namorado. Ele queria gritar. Queria que o universo soubesse o quanto ele o odiava nesse momento. Mas tudo o que ele conseguia fazer era chorar como um bebê indefeso. Como alguém que sente que tudo está desmoronando diante de si.

Luke levantou a cabeça relutantemente, encarando as orbes sem vida do outro. — Mas e o Ashton, Calum e Esther? E você?

Michael acariciou a pele do loiro, depositando um selar demorado em cada parte de seu rosto — Eles vão ficar bem. Assim como eu sei que eu vou. Talvez demore, talvez nunca passe, porém um dia eu sei que a dor que eu estou sentido vai ser quase suportável.

Clifford beijou o namorado delicadamente, as línguas se perdendo e se encontrando umas nas outras. O moreno apertou a cintura do outro o levando para deitar na cama, ficando por cima do mesmo.

— Eu te amo e sempre vou te amar. — Michael proferiu ao quebrar o beijo. Gravando cada detalhe do loiro.

— Eu também sempre vou te amar.

E ali, naquele quarto, na luz de fim de tarde eles sabiam que aquela seria a última vez.

Desculpe não está revisado.

Próximo capítulo é o último :(

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