Capítulo 37

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William

- Você disse quem ? - Puxei - lhe pela cintura .
- Ninguém importante - Eu respondi .
- De quem é esse pau aqui William Montenegro ? - Indagou puxando meu pênis na sua mão forte .
A cada vez eu descobria mais que poderia gostar assim também .
- É seu - Eu disse com ela beijando meu peito e depois a barriga .
- Eu estou atrasado Bela - Ela fez um sinal com os dedos de calado .
- Mamaaaaa - Gritou Malu do lado de fora e eu agradeci .
Provavelmente não ia ter forças para resistir por um tempo .
Eu já tive alguns dias para entender que quando Bela queria qualquer coisa com meu corpo ela ia conseguir ...

***
Meia hora depois e eu estava no hospital ou seja meia hora atrasado .
Mas ninguém notaria ou ousaria notar visto que eu era o dono a não ser minha mãe  que mais uma vez estava em minha sala .
- Isso está se tornando um péssimo hábito Helena - Adverti impositivo e ela levantou - se .
- O seu de sair quando quer e chegar a hora que quer também . Estava com ela não é ? - Me encurralou e quase disse todas as verdades em sua face mas me contive e vesti o personagem do cirurgião impassivo.
- Se tanto sabe assim das coisas não sei porque ainda pergunta - Disse ao invés .
- Porque quero ouvir da sua boca - Encorajou .
- Ela decidiu terminar comigo exatamente nessa sala . Foi embora e mesmo com meus esforços ficou relutante . Precisa de mais ? Pergunte a sua amiga Michelle possivelmente ela sabe que todo o hospital viu ela sair daqui chorando porque eu disse que você tiraria tudo de mim por simples capricho - Disse e não era exatamente mentira pois eu odiava mentir , não era da minha índole .
- Ela terminou com você ? Do nada ? - Revirei os olhos .
- Porque eu disse exatamente o que você falou a mim - Contei .
- Então vai ficar com Michelle ? - Fiz que não .
Essa eu não aceitava ...
Mas não aceitava mesmo !
- Não ficarei com ninguém . Eu estive só sem Michelle durante um ano , não preciso dela ! Portanto faça o que você costuma fazer de melhor : Jogue - a fora sem se importar que é um ser humano - Sugeri sentando na minha cadeira .
- Do jeito que você fala nem parece que sou um ser humano - Dramatizou.
- Você é um porém ao mesmo tempo assusta saber qual - Declarei .
- Faço isso por você porque quero o seu melhor - Falou .
- Quem quer o melhor fica do lado . Compreende e faz de tudo pelo outro , você do contrário Helena faz de tudo só que parece que para prejudicar -
Eu disse quando ela estava na porta .
Mais tarde naquele mesmo dia Michelle bateu em minha porta aos gritos .
Juro que quase gritei com ela de volta mas me contive um momento pois depois precisaria voltar ao trabalho .
Sem secretaria estava horrível .
- Sua mãe disse que você ficaria comigo e agora diz que não mais . O que foi dizer a ela Will ? - Eu ri .
Talvez as meias verdades tenham surtido algum efeito .
- Ela é Heleninha Montenegro , a dama que não tem consideração nem com as penas do filho quem dirá dos desconhecidos ? - Eu caçoei .
- E aliás .... Já que não é mais protegida e pelas coisas que fez comigo está demitida . Talvez no final eu seja um pouco impiedoso como Heleninha - Ironizei.
- Eu fiz e faria de tudo por você . Estou avisando você vai se arrepender ...

Maite

Mais cedo naquele dia ouvi a campanhia tocar e corri feliz e me ajeitando só para ver a mãe de William do outro lado .
- Sou Helena Montenegro , mãe do William - Falou passando sem que eu a convidasse .
Além de arrogante era mal educada , difícil entender como o meu príncipe tinha saído disso .
- Eu sou Maite Valverde a na... ex namorada - Contei me corrigindo no meio .
- É exatamente isso que me trouxe aqui . Eu quero saber porque é uma ex . Porque terminou com o meu filho ! Porque eu não me engano , sei que é uma oportunista barata pelo seu jeito e só o confirmo pelo lugar que vive ou sei lá ... porque isso é tão pequeno e sem graça que eu duvido muito que dê para viver então acho que o termo correto é .... subsiste.  Então vamos lá , diga - me porque o deixou - Falou se sentando mas logo olhou com desdém e se levantou só para olhar de nariz empinado o ao redor .
- Você está me ofendendo e juro que só não devolvo porque é uma senhora de idade mas na próxima vez eu vou coloca - la em seu lugar porque está em minha casa e não tem o direito de me insultar e menos ainda querer saber os motivos pelo qual estou ou não com William - Eu disse .
- Então vejamos...quer me convencer que não é uma oportunista ? - Ironizou .
- Eu não preciso fazê - lo - Retruquei .
- Tem razão . Penso que nesse pardieiro precisa mesmo é de outra coisa como uma garantia - Disse e quase a xinguei dessa vez mas me ative ao invés no "garantia"
- Vou fazer um cheque para você . Em dólares ! Para que independente do porque permaneça bem ex do meu filho - Falou jogando um cheque e saindo logo depois pela porta ainda aberta me deixando pensativa .
Eu sei que a casa era humilde .
Não tinha mais que o necessário e algumas coisas foram compradas até já usadas porque eram mais em conta .
Não se comparava no mais mínimo com o apartamento caro e chique de William o que evidenciava claramente a nossa diferença social coisa que não havia me incomodado tanto até hoje que fora jogado em minha face enquanto deveria eu mesma ter enxergado o óbvio .
Podia até não ser oportunista mas definitivamente isso não fazia do meu lado e mais especificamente em minha casa o lugar perfeito para William ...
Mais tarde eu peguei Malu na creche e trouxe de volta a casa chegando quase simultaneamente a William com um vinho caro na mão .
Bem caro afinal tudo que fazíamos era bem isso . Eu não podia lidar com esse padrão .
- Oi Malu - Falou tomando a bebê nos braços para que eu abrisse a porta e ela foi se aferrando a ele como era imediato e entramos .
William me deu o vinho que estava em outra mão e começou a brincar de bonecas com a menina e perguntar sobre o seu dia .
Hoje ela estava animada pois havia aprendido contar até dez e sempre que podia o repetia eufórica enquanto eu fazia o jantar .
William escutava tão atento que quase não dava para perceber que em seu olhar havia um rastro de tristeza .
Poderia ser impressão mas o vi durante o jantar e depois dele .
Até a hora de abrir a garrafa de vinho depois de Malu dormir quando fomos para o sofá .
- O que houve ? - Indaguei tirando a taça vazia da sua mão e colocando a minha sobre também sobre a mesa de centro .
- Nada que valha a pena te importunar minha Bela . Eu trouxe o vinho para isso , para esquecer - Falou me puxando para o seu colo para beijar meu pescoço .
- Você tomou a pílula ? - Indagou beijando meu colo .
- Eu esqueci - Falei consternada quase saindo do seu colo mas ele me parou ali . A maldita da mãe dele e tudo me fez esquecer mas ainda não fazia vinte e quatro horas então ...
- Eu posso tomar ainda desde que você me solte - Falei ali .
- E se eu disser que não vou soltar e não quero que tome nada ? - O olhei nos olhos .
- Está dizendo que quer ter um filho comigo doutor ? - Indaguei tentando encontrar a tristeza ali mas de repente só apareceu sinceridade .
- Estou dizendo que quero um time de futebol inteiro para jogar bola e tomar chá com a Malu . Eu amo os pequenos Bela , eu sou um pai nato . Mas se você quiser ou achar cedo eu me retifico - Falou soltando - me enfim .
- Eu acho que é muito cedo - Falei saindo do seu colo e indo atrás da carteira para pegar o dinheiro da pílula .
- Você sabe que quanto mais tarde se toma o efeito vai se perdendo não é - Eu assenti . Não precisava ser médico para saber disso .
- Eu sei que não deveria mas eu estou na expectativa para que não faça efeito - Falou quando me virei para atrás de uma farmácia .
Não sei como conseguia no meio desse furacão de coisas ainda pensar que filhos era uma boa ...

Maktub - O escrito pelo destino jamais será apagado ...Onde histórias criam vida. Descubra agora