Interpretação de texto é o ato de determinar o significado de algo através da comunicação não verbal. Interpretar é um processo que pode ser empregado em duas ocasiões diferentes: durante a leitura do texto, e no fim do mesmo. No primeiro caso, a interpretação se refere às atividades mentais do leitor no decorrer do texto. No segundo, a interpretação equivale ao esclarecimento que o indivíduo obtém após a leitura.
A leitura autêntica é aquela que envolve compreensão, e não apenas a passagem dos olhos por palavras aleatórias. É necessário entender o significado das palavras e buscar a essência do que o autor teve a intenção de transmitir. O passo seguinte é analisar o objeto de leitura a fundo, levando em consideração as propriedades, características e atributos do texto.
No entanto, muitas pessoas não compreendem a diferença existente entre a compreensão de texto e a interpretação de texto. De fato, parece sutil, mas saber distinguir um do outro é o que garante sucesso na aplicação da interpretação, seja no dia-a-dia ou no momento de exames que incluam questões de interpretação de texto.
Na prática, a compreensão de texto envolve a análise do que está escrito, e funciona como uma coleta dos dados do texto. Já a interpretação de texto consiste na conclusão do que está escrito. Para notar essa diferença é preciso que o leitor possua uma visão apurada, que consiga identificar, caracterizar e qualificar o enunciado da questão quanto à compreensão (informação do texto) ou interpretação (informação que é inferida através da leitura do texto).
Existem dois tipos de texto que podem ser interpretados por um indivíduo: textos denotativos e conotativos. Cada um pressupõe que o leitor utilize diferentes habilidades de percepção.
O texto denotativo, por exemplo, exige do indivíduo uma postura mais objetiva, já que é embasado sobre conceitos, leis e princípios e é escrito em linguagem culta ou formal. Podemos citar como exemplo ensaios, dissertações, notícias ou reportagens.
Ao contrário, o texto conotativo requer uma postura mais subjetiva do leitor, pois são redigidos em linguagem coloquial ou poética. Nesse tipo de texto, a palavra pode ter significado além de seu sentido literal, dificultando a compreensão e interpretação do que está escrito. Outro recurso bastante utilizado nos textos conotativos é a figura de linguagem. Alguns exemplos são poesias, crônicas e textos de gênero fictício.
