CAPÍTULO 17: Histórias

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— O que você faz aqui?

— Bom, suponho que a praça seja pública! — Ele falou rindo.

      Eu me senti desconfortável quando ele se sentou perto de mim.

— Eu sei que você está com medo, olhe, não vou tocar em você eu prometo, naquele dia eu deixei as coisas sairem do controle.

      Eu olhei para ele, e eu não acreditava em nenhuma palavra que saia da boca dele. Eu estava com um ódio tão grande.

— Você tentou abusar de mim. — minhas mãos estavam trêmulas. — Me bateu, você me bateu, e agora você vem aqui do nada pra que?

      Me levantei pra ir embora, mas ele segurou meu braço.

— Me solta!

— Eu nunca quis te machucar, eu só estou aqui por que a Marta me pediu, ela queria que todos nós te descemos apoio!

      Marta como sempre fazendo coisas que ela acha que seria bom pra mim. Mas no fim só me atrapalha.

— Não preciso de ajuda. — Eu puxei meu braço. — Ainda mais da sua ajuda!

      Eu me virei e fui embora, ele não me seguiu. Agora eu estava mais do que irritado, Marta acha mesmo que pode me ajudar chamando Carlos, logo ele, logo a pessoa que me fez tanto mal, e eu gostava tanto dele.
      Eu fui pra longe, mais longe que eu pude, e eu acabei me perdendo. Eu só pensava em como eu fui estúpido de acreditar em Pablo, idiota por ter me deixado levar por meia duzias de palavras bonitas que ele me disse.
      Eu não devia ter sido tão ingênuo, não devia ter acreditado que ele me amava desde quando éramos pequenos, não devia ter acredito nessa coisa de destino.
      Agora eu estava aqui, mergulhado no meu desespero, eu queria chorar, gritar, mas eu não conseguia fazer nada. E essa dor no meu peito só aumentava, era como se estivesse abrindo um buraco no meu peito.
      Não sei como eu achei o caminho de casa. Quando cheguei lá meus pais estavam dormindo no sofá, coitados devem ter me esperado até cansar.
      Mas olhando os dois ali meus traidores não ia os perdoar tão cedo, mas estaria sendo injusto com eles que só queriam me ajudar.
      Eu subi pro quarto não estava com fome, me joguei na cama e adormeci.

      O dia começou tão calmo e depressivo e eu estava mal humorado. O sol já estava no céu não havia nenhuma nuvem, os pássaros cantavam. Pra qualquer pessoa isso seria motivo pra ficar feliz mas eu não estava. Fechei a janela e fui para o banheiro me arrumar, meu péssimo dia só estava começando.

— Bom dia filho. — Falou meu pai quando me viu descendo as escadas.

— Oi pai. — Dei um abraço nele, mas não estava com vontade de abraça-lo.

— Que bicho te mordeu? Cadê aquele meu filho que descia essas escadas cantarolando e dançando que pulava em cima de mim quando me via?

— Bom, ele tirou férias e eu estou no lugar dele! — Falei mal-humorado e fui pra cozinha!

      Lá estava minha mãe fazendo café.

— Bom dia meu príncipe!

— Ah que saco agora todo mundo está com um bom dia? mãe não seja grudenta! — Me deixei cair na cadeira de braços cruzados.

— Nossa, alguém está estressado! — Minha mãe falou cantando.

      Eu olhei pra ela e revirei os olhos!

— Me impressiona ver você aqui, eu achei que você ia ficar no seu quarto chorando e escutando Adele! — Minha mãe riu disso.

— Mãe eu não vou fazer isso. Eu preciso ver Pablo.

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