42 • Reencontro

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Eu - Diogo? Pensava que tinhas ido embora.

Diogo - Não sabia que estavas com tanta vontade de me ver pelas costas.

Eu - Oh, não sejas parvo. Não é nada disso, só não estava à espera de te ver aqui.

Ele deve ter percebido o chamamento ansioso presente nos meus olhos, pois fechou a porta e veio sentar-se ao meu lado.

Não consegui aguentar mais as saudades que tinha dele. Larguei imediatamente a almofada que tinha nas mãos e abracei-o, agarrando-o com todas as minhas forças. Inspirei o cheiro do perfume que tanto adoro e senti imediatamente todo o meu corpo a aquecer. A respiração dele no meu pescoço tornou-se mais quente e ofegante, causando-me arrepios.

Diogo - Não sabes o quão aliviado estou por saber que estás bem... e que ele não te fez mal...

Eu - Não vamos falar disso, por favor.

Diogo - Desculpa, tens razão. Agora só quero recuperar o tempo perdido.

O corpo dele afastou-se do meu e eu senti logo a falta da presença dele. As mãos dele desceram até à minha cintura e massajaram suavemente, fazendo-me cócegas que me meteram imediatamente um sorriso na cara.

Como é que eu consegui aguentar tanto tempo sem olhar para a cara de anjo dele, para os olhos cor de avelã que eu tanto adoro, para os lábios macios que me deixam sempre a pedir por mais?

Diogo - Continuas linda, sabias?

Eu - E tu continuas querido e fofo e...

Os lábios dele tocaram nos meus, não me deixando terminar a minha interminável lista de adjetivos carinhosos. Voltei a sentir a eletricidade que já não sentia há demasiado tempo e que, percebo agora, é muito mais forte do que aquela que o Gabriel alguma vez me fez sentir.

Após um longo e apaixonado beijo, seguiram-se outros que foram depositados na minha testa, nas minhas bochechas e no meu pescoço. Soltei um suspiro prazeroso e agarrei mais firmemente os fios de cabelo do rapaz que me fez imensa falta durante o último mês.

Diogo - Tive tantas saudades tuas.

Eu - Eu também...

Talvez ele me tenha ignorado porque a tal Diana se meteu sempre no caminho dele e eu não podia fazer nada para o impedir... Mas, agora que aqui estou, posso fazer algo. Vou mostrar-lhe que o Diogo é meu e que ela não tem hipótese.

Com estes pensamentos, agarrei-me a ele para mais um abraço reconfortante.

Nesse momento, o meu telemóvel tocou e eu afastei-me ligeiramente do Diogo. Vi que tinha uma mensagem do Gabriel e decidi abri-la rapidamente. Na mensagem lia-se "Chegaste bem a casa? Confesso que agora as coisas por aqui então uma autêntica seca...". Tentei virar o telemóvel mais para mim, mas percebi que fui tarde demais quando ouvi um suspiro aborrecido do Diogo. Respondi rapidamente e desliguei o telemóvel para evitar mais interrupções.

Diogo - Agora ele não te larga?

Eu - Diogo, não sejas assim...

Borboleta Lutadora (✔)Onde histórias criam vida. Descubra agora