CAPÍTULO 18: Dores

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      Ele tinha parado em uma casa, não, melhor era uma grande casa na fazenda. Ela era amarela com suas janelas brancas. Logo eu fui acertado por lembranças que nunca foram esquecidas, eu lutei contra a vontade de chorar.

— Ei,essa é a fazenda dos nossos pais não é?

— Sim. — Ele falou sorrindo. — É aqui que eu me escondo quando quero ficar sozinho. Você se lembra dela?

— Pouco, eu acho que esqueci de varias coisas, mas estou me lembrando. Era aqui que você estava?

— Sim, venha vamos entrar. — Ele entrou na casa e eu o acompanhei.

      Tudo estava do jeito que eu lembrava a dez anos atrás, claro só que agora tinha cortinas cobrindo todas as janelas de vidros da sala, a escada ainda estava lá, a mesa de vidro que usávamos para fazer as refeições também estava lá, só que agora ela parecia maior.
      Era estranho lembrar que já morei aqui com Pablo e meus tios e meus pais. Essa casa é enorme dez quartos, três deles são suítes, sete banheiros, duas cozinhas (uma moderna e a outra era aquelas com fogão a lenha).
      Meu avô falou que só deixaria essa fazenda se os filhos vivessem todos juntos nela e nunca a vendessem. E isso tinha que passar para os filhos, então eu e Pablo também somos donos dela!
      O fato de ela estar maior era a única diferença que eu achava na casa! 

— Eu pedi pra derrubaram algumas paredes, para o lugar ficar um pouco maior, o que você achou? — Perguntou Pablo, parece que ele estava ouvindo meus pensamentos.

— Eu achei que ficou grande. Ele sorriu!

      Subimos para o andar de cima da casa, lá no corredor havia muitos quadros decorando a parede, mas oque me chamou a atenção foi que eram fotos minha e de Pablo quando éramos pequenos. Era uma chuva de lembranças!

— Viu, éramos muitos unidos quando crianças!

— É, sim muito. — Eu toquei em um quadro onde tinha uma foto minha e dele, estávamos na piscina eu em seu ombro, estávamos rindo.
Eu sorri.

— Por que não vai descansar um pouco Vitor? Você parece cansado.

      E eu estava de verdade muito cansado, não precisei dizer nada, ela só me levou pra um grande quarto com uma grande cama toda azul e eu me deitei. 
      Ele também se deitou, e me puxou para perto dele, e assim eu dormi, em seus braços me sentindo protegido!

      Acordei no dia seguinte, eu havia dormindo umas 18 horas, não sei, eu estava muito cansado, só me lembro que quando tinha ido pra cama ainda era de dia.
      E eu estava com uma fome enorme poderia comer um cavalo inteiro. Me levantei e Pablo não estava lá no quarto!

— Hm, bem ele deve estar lá em baixo! — Fui até o banheiro e tomei um banho, achei na pia uma escova de dentes com meu nome!

— Que atencioso! — Eu ri.

      Quinze minutos depois eu já estava nos degraus da escada só com um roupão verde e descalço! Era bom sentir o cheiro da fazenda, a paz a tranquilidade, os pássaros cantando. Eu me acostumaria fácil fácil com tudo isso.
      Encontrei quem estava procurando na cozinha, tão lindo Pablo estava ali fazendo comida, sem dúvida as duas coisas que eu amo, Pablo e comida .*Risos*.
      Abracei ele por trás, senti seu cheiro. Seu perfume era de lavanda, eu mesmo tinha comprado esse perfume para ele, minha flores favoritas, e fiquei feliz por ele não ter deixado de usar, até porque custou uma nota.

— O que você está fazendo? — Perguntei.

— Estou fazendo o café da manhã para o meu príncipe adormecido! — Ele me deu um delicado beijo e eu me sentei a mesa. — Então, posso anotar seu pedido senhor?

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