⌜⌞ Capítulo Cinco ⌟⌝

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Ambos entraram no lugar, e Mark espirrou por conta da poeira que ali se concentrava.

— Para onde vamos? — perguntou.

E então Jisung empurrou um armário velho, cujo estava quase despencando, revelando então uma porta amarela de madeira escondida.

— O que é isso? Vai nos levar para Oz? País das Maravilhas? — brincou Mark.

— Eu soube disso aqui há algum tempo. Quando fugi da sala e segui o Reitor. Isso leva até àquela porta lateral do muro da escola. Podemos sair daqui sem nem ao menos passar pela recepção e porta de entrada. Esse é o meu escape. Mas não conte nada para ninguém, ok? — e girou a maçaneta com um grande esforço,  já que estava emperrada.

A porta se abriu, enfim. E Jisung saiu com Mark, sorridente. Ficou vislumbrado com aquilo tudo, pois estava na rua ao lado da escola. E sentia-se culpado por aquilo, mas livre também. Olhou para trás e viu Jisung fechar a porta, cuja não tinha maçaneta e nem fechadura para colocar chave.

— Como voltamos? — assustou-se.

— Pela entrada. Não podemos deixar isso daqui aberto, ou o Reitor descobrirá de tudo.

— Mas você não trancou o cadeado outra vez, pois ele fica por fora, Jisung. Ele vai descobrir do mesmo jeito! — agora Mark estava entrando em pânico.

— Não vai, não. Tem um funcionário aqui que sempre entra no galpão para pegar ferramentas e sempre deixa o cadeado aberto. O Reitor fica bravo, mas não fala nada. — explicou o SungBee.

E Mark suspirou mais aliviado.

— Vamos logo — apressou-se Jisung, logo caminhando pela rua.

Mark ficou em silêncio, e seguiu Jisung até ele se afastar gradativamente da escola e chegar num parque ali próximo. Mas, ao invés de sentar-se num banco, Jisung foi subir uma colina que tinha atrás, onde ninguém nunca ia.

— Para onde estamos indo?

Mas a sua pergunta não foi respondida. E Jisung continuou subindo até chegar na parte mais alta da colina e sentar-se. Mark, já cansado, sentou-se ao seu lado e foi recepcionado com uma forte rajada de vento. Olhou para Jisung, cujo bebia o líquido da garrafa e tinha o cabelo sendo bagunçado por conta da luta contra o vento. A vista era de tirar o fôlego. Tanto à frente, quando ao lado.

— Você vem sempre aqui? — iniciou uma conversa.

— Sempre que posso. — escutou como resposta — Quer suco de laranja?

— Não, obrigado. — e suspirou — Desculpa ter sido tão chato lá na escola.

— Está tudo bem. É que ninguém gosta de mim, então achei que você pensava o mesmo.

— Ninguém gosta de você?

— Não finja não saber, Mark. — arrancou uma pequena porção de grama do chão. — Eu sou esquisito.

— Não confunda esquisito com diferente. — Mark fora amigo.

— E talvez você seja o único. — ainda arrancava a grama.

— O único? — Mark coçou a cabeça.

— À gostar de mim. — dito isso, ergueu a mão de grama e as assoprou gentilmente.

Ambos observaram o vento carregar a planta pelo ar, as que se perderam, as que se acharam, as que subiram e desceram. E no final, todas foram para longe, e nem Mark e tampouco Jisung, foram capaz de enxergá-las.

— Não acho que isso seja verdade. — disse Mark, por fim.

— Mas é. — Jisung confirmou.

E Mark foi pego por certos devaneios: e o que é a verdade, senão a pior das mentiras?

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora