Café da Manhã - One shot

427 21 8
                                    

Eu não sou camren shipper desde sempre, respeito quem seja e nem acho que essa é a questão aqui. Sou amante das palavras e de tanto ler fanfic Camren, acabei por entrando nesse universo. Não tenho a intenção de prolongar essa one shot. Espero que vocês gostem, comentem, curtam e divulguem. Aliás, dá um pulo lá no meu perfil e vê o meu romance lésbico "O amor da minha vida".

-- / --

"Argh, droga. A Camila acordou antes de mim. Droga. Inquieta e curiosa do jeito que ela é, vai mexer tudo até achar. Droga."

Lauren fez seu corpo levantar da cama mais rápido do que ele estava esperando e quase caiu de volta devido a tontura repentina. Ela tinha algo muito bem escondido naquele loft que - praticamente - dividia com a sua namorada Camila. Ainda não haviam conversado de forma oficial, mas Camila dormia 6 noites por semana lá, e uma única no pequeno apartamento que alugava apenas para refazer a mala pra semana seguinte. Isso já era morar junto, não era? Bom, devia ser.

Lauren passou rapidamente no banheiro para jogar uma água no rosto, escovou os dentes, fez xixi e correu para a sala. Assim que desceu os três degraus que separavam o quarto do resto do loft, um silencio quase perturbador a atingiu. Como um enorme cômodo, o loft não tinha muitas paredes. A sala era enorme, com um pé direito alto. A direita de Lauren ficava a cozinha, que não era humilde apesar de não ser muito grande. A esquerda estavam as enormes janelas que eram a paixão secreta da escritora. O único cômodo isolado era seu escritório, onde estavam seu computador, documentos, seu espaco de escrita e o seu maior segredo naquele momento. Camila podia entrar lá, mas ela respeitava a privacidade da namorada e raramente aparecia por lá sem ser convidada. Lauren começou a pensar que a menina talvez tenha saído, afinal o dia de sol iluminava Nova York de forma a deixar a cidade ainda mais atraente. Como uma daquelas mulheres que você sabe que vão acabar com voce se a aproximação for grande. Pelos olhos de Lauren, essa era Nova York.

Camila! A menina que ostentava belos olhos verdes chamou e nenhuma respostas foi ouvida. Talvez ela realmente tivesse ido dar uma volta. Após um respiro fundo, a escritora seguiu para o balcão da cozinha, onde via um pequeno prato com seu pão preferido, manteiga do lado e um pouco de cadela espalhado. Camila já havia passado por ali e Lauren riu por saber que a menina sempre deixava o balcão um pouco sujo. Ela sentou no banco, pegou a faca que já estava suja de manteiga, começou a cortar o pão quando um objeto a chamou atenção. Uma xícara com um liquido quente dentro, era possível ver a fumaça, em cima da pia, que estava completamente limpa e vazia. Aquela xícara grande, diferente não fazia parte das posses de Lauren. Estreitando os olhos verdes, o coração de Lauren errou uma batida ao reconhecer aquela xícara. Com uma pequena águia desenhada na lateral, ela sabia da onde vinha aquela peça. Ao começar a escrever seu primeiro romance de sucesso, Lauren descobriu um pequeno café chamado "The Black Eagle" dois quarteirões após seu apartamento na época. O local era tranquilo, diferente de seu quarto, que ficava embaixo de um apartamento com três crianças. Pequeno e com a iluminação perfeita, Lauren ia todos os dias lá escrever um pouco mais. Aos poucos foi ficando conhecida e conhecendo os funcionários e principalmente umafuncionária. Aquela morena animada que gostava de fazer perguntas demais. Quando Camila serviu o primeiro café a Lauren, ninguém mais foi capaz de o fazer. A morena parecia esperar o dia inteiro pela entrada da escritora. Talvez o livro poderia ter sido lançado antes, já que Camila atrasou um pouco o processo de Lauren. A química delas era inegável e até Mr. Eagle, como era conhecido o dono do local, percebia que algo naquela troca de olhares era mágico. Ele nunca reclamou do tempo que a menina de cabelos e olhos castanhos ficava sentada na mesa da escritora.

Lauren pulou do banco e foi até lá. O café estava quente, puro, preto e forte. Exatamente como a autora adorava. Ao lado da xícara, apoiado no pires, um pequeno papel com a caligrafia inconfundível de Camila, esperava para ser lido.

Café da manhãOnde histórias criam vida. Descubra agora