Velhos Amigos

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P.O.V. Regina

(...) Não queria ficar escutando a conversa atrás da porta, mas não tive outra escolha quando percebi que eu era o assunto principal. E uma coisa estava claro: aquelas pessoas não me queriam ali de jeito nenhum. Será que já sabiam quem eu era e de onde vim? Será que sabiam por que eu estava me "escondendo" em Storybrooke? Será que sabiam do que e de quem eu estava fugindo? Ok, agora sim eu tinha tomado um belo banho de água fria. (...)

- Ruby saiu daqui não faz nem dez dias e você já colocou alguém no lugar dela tia? – Uma loirinha, magra e de pouca altura questionava a senhora que mantinha a calma de sempre ao limpar o balcão.

- Rose, você mesmo estava reclamando que o trabalho ficou pesado só para vocês dois. – Pude ver a baixinha meneando a cabeça, como se concordasse com o que a senhora falou. - Eu só dei uma forcinha para vocês e para a ... moça. – Granny tentou recordar meu nome, que eu não tinha falado, mas que ela também não tinha perguntado.

- Moça? Vovó, pelo amor de Deus, você não sabe nem o nome dela. – Por cima da porta pude ver um rapaz de pele clara com as mãos nos lisos cabelos pretos, e uma expressão de indignação no rosto. – E se ela for uma trambiqueira de quinta? De onde ela é? Como ela apareceu aqui?

- Killian, pelo amor de Deus digo eu. Vocês nem viram a moça ainda. Pare com esses julgamentos. Não foi assim que eu eduquei vocês dois.

Granny parecia não dar ouvidos aos questionamentos dos jovens, que por acaso tinham razão. Eles não me conheciam, não sabem de onde eu vim, nem como apareci aqui. Muito menos se eu era ou não uma trambiqueira. Quer dizer, é claro que eu não era, mas como ia provar isso?

- Não vi, e nem preciso ver para saber que é uma ralé prestes a dar um golpe na senhora. – Killian falou de uma vez e aquilo bastou pra mim. Eu não tinha sangue de barata, e não precisava ouvir aquilo. Eu queria o emprego, e estava bem feliz de trabalhar ali, mas jamais pensei que isso trouxesse problemas para alguém, ainda mais para Granny que parecia ser uma ótima pessoa. Imediatamente saí de trás da porta, entrando de uma vez no salão, parando atrás dos jovens que estavam de frente para o balcão. Granny levantou os olhos para mim, e sorriu.

- O uniforme ficou ótimo. – No mesmo instante que a senhora me elogiou vi dois pares de olhos azuis se virando e me fitarem de cima a baixo, o que me deixou com o rosto corado. O rapaz estava com o queixo caído e a menina com o cenho franzido. – Deixe me apresentar Rose minha sobrinha, e Killian meu neto. Eles serão seus colegas de trabalho.

- Prazer... Regina! – Me apresentei finalmente, recebendo olhares que me analisavam centímetro por centímetro me deixaram tímida.

Pensei muito antes de falar meu nome verdadeiro, já que eu o odiava. Estava me questionando se valia a pena invernar um nome qualquer para me apresentar, mas num minuto de consciência sabia que se eles me chamassem pelo nome inventado eu não atenderia, o que me traria problemas. Mas não podia entregar de bandeja quem eu era. Com certeza que fossem procurar por mim naquela cidade, chegariam perguntando sobre a Amber, e essa eu tinha decidido que ficaria lá em Carrollton, e agora eu era apenas a Regina, mesmo a contra gosto.

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