Mrs. Mermaid

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Bem, eu amo essa história, e já postei Ela no spirit,mas senti que valia a pena postar aqui também.Divirtam-se.

Ps. Obrigada pela capa Tibe.

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Beca

Era para ser mais um dia normal no navio, ERA! Estava sentada próximo ao meu capitão, enquanto o mesmo contava-me alguma coisa sobre quando ele era apenas o imediato entre os tripulantes, cargo que atualmente era meu, e eu me orgulhava muito disso. Estávamos no momento "pausa", enquanto o resto da tripulação estava atenta ao mar, eu escutava Jesse falar orgulhoso de uma de suas aventuras.
Não prestava atenção a nada do que ele dizia, meus olhos fixos ao infinito da maré, fazia indagações impossíveis em silêncio, enquanto esquivava de algumas investidas de meu capitão. Ele já tentou me beijar várias vezes, quando, ancorávamos o Barden Mills e descíamos para passar uma noitada em terra bebendo e curtindo, algumas vezes até retribui, mas não gostava dele, não desse jeito. Ele fazia parte da minha família, digo, aquele navio, aquela tripulação para mim é uma família, uma família que me acolheu quando entrei para a marinha.

Me lembro até hoje, quando a diretora do orfanato onde cresci disse que eu não poderia viver mais ali, e que não tinha opção a não ser viver na rua. Sai caminhando pela cidade, por vários dias passei fome, até descobrir que a marinha estava precisando de novos marujos, e eu não pensei duas vezes em tentar, eu não era fraca, quando mais nova ganhei alguns campeonatos de nado e luta, pois no orfanato nos obrigavam a nos exercitar, diziam que crianças que não têm força não são adotadas, nada que adiantou muito, já que nenhuma família se interessou por mim. Treinei por algumas semanas antes de ser convocada para servir com o mais novo capitão Jesse, diziam pela marinha que um navio guiado por ele não sobreviveria por muito tempo, mas eu estava lá a 6 anos. O Barden Mills virou o navio mais temido pelos inimigos, quando estávamos em missão éramos imbatíveis. Depois de 2 anos servindo naquele navio, subi para o posto de imediata do capitão, e estava nele desde então.

Deviam ser, umas 5 horas da tarde? Não tenho certeza, só lembro de ter dado total minha atenção ao homem do meu lado quando ele mencionou demônios lendários:

- ... quando percebemos estávamos sendo atacados por sereias- disse concentrado em alguma coisa em seu facão

- Sereias não existem - respondi rindo

- Você ficou quieta tanto tempo que achei que não estava me ouvindo - retrucou me olhando - Existem sim, aqueles demônios destroem seu barco antes que você consiga saber onde está... O último ataque que me lembro de ter sido registrado...- pensou por um tempo - ... Está dentro dessa rota que estamos fazendo hoje.

- Você quer dizer que vamos ser atacados, por seres semi-aquáticos? Isso é ridículo, não estamos em um conto de fadas Jesse, é a vida real! - disse encarando-o - Por favor, não quero que digam que meu capitão é louco pelos fiordes.

-Não disse que seremos atacados! E se formos ? E daí? Ainda temos a melhor tripulação de toda a marinha americana! Sobreviveríamos a isso sem problema algum não acha?- questionou sorrindo

-Acho...- e entramos em outro assunto aleatório.

Já estava escuro, o mar estava a nosso favor, e eu controlava o velho timão, enquanto ouvia as coordenadas ditadas por meu capitão. Nos aproximávamos de pedras, uma área muito perigosa para se passar durante a noite, mas preferimos não parar neste horário. Quando nos aproximamos daquele monte de pedras, percebi uma movimentação estranha do mar, e alguns marujos indo para a borda do navio tentando observar, o que diabos era aquilo?
Jesse me olhou e mandou que eu fosse descobrir o que estava acontecendo enquanto o mesmo tomava o controle do navio. Caminhei até onde estava um pequeno grupo de marujos e peguei um binóculo, tentando ver alguma coisa que explicasse toda essa movimentação do mar.

Baby I'm Yours| BECHLOEOnde histórias criam vida. Descubra agora