Eu procuro por todos os lugares escuros,
tudo o que foi tirado à força
do meu crânio.
Vincos profundos
foram deixados
no meu ser.Agora há um buraco na minha cabeça
e eu me sinto vazio.
Não tenho mais identidade
não sei mais quem eu sou.Alguma vez você já sentiu um sorriso
ou disfarçou o tormento do inferno?Você já percebeu
que ninguém nunca esteve lá?Alguma vez você olhou
além do manto da violência
no qual a verdade se esconde?Às vezes eu costumo sangrar
para deixar os demônios saírem.
O buraco aberto
na minha cabeça
continua aberto
para purgar o ódio
sentido há muito tempo.Após a monotonia
de mais um dia
no inferno,
fecho os olhos e vou dormir.
Ele sempre esteve lá.
Começo a chorar.Desse sagrado sono
da conformidade,
todos sangram sozinhos
em meio ao silêncio.
Todos vivem
os seus pesadelos.Eu procuro por todos os lugares escuros,
tudo o que foi tirado à força
do meu crânio.
Vincos profundos
foram deixados
no meu ser.
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Et sanguis in umbra
PoetryUm livro curto de poesias e prosas que vão do horror, ao gótico, à tristeza, melancolia, depressão, até o último estágio da dor humana. De passagens filosóficas à pura passagens de tristeza profunda. Aqui jaz toda a dor e agonia de um ser que descob...