Dançando sozinha de novo
por sempre
me julgarem insana.
Minha chuva cai
e continuo esperando,
por ti.Ninguém é capaz de me mostrar
que a verdade
que todos cultuam
faz algum sentido.Mamãe nunca se orgulhou
e papai ama um estranho
mais do que eu.Eu nunca quis magoar ninguém
mas eu preciso.
Tudo que eu tenho e tudo que preciso
é de ter minha identidade.Vocês tocaram o meu corpo
queimando e ferindo-me.
Marcaram-me para sempre,
nunca esqueço.
eu choro.Fora da minha cabeça
eu não sei o que eu vi.
De novo e de novo
eu não pude sentir.Na calçada e nas ruas
meus gritos são apenas cochichos?Pessoas ocupadas
indo pra lugar nenhum,
julgam por me ver
ensopada na chuva.Quando você partiu,
arrastou-me contigo.
Porém, em um amor
não recíproco,
minha resistência
está esperando
por você.Na calçada e nas ruas
meus gritos são apenas cochichos?Fora da minha cabeça
eu não sei o que encontrei
De novo e de novo
eu não sou desse lugar.Como uma flor que nasce no lixão,
sei que espero por
uma morte solitária.
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Et sanguis in umbra
PoesiaUm livro curto de poesias e prosas que vão do horror, ao gótico, à tristeza, melancolia, depressão, até o último estágio da dor humana. De passagens filosóficas à pura passagens de tristeza profunda. Aqui jaz toda a dor e agonia de um ser que descob...