Ao olhar para si, meu querido,
Todos os medos que você tem,
Virão para sussurrar em seu ouvido.
Você sabe o que eles dizem:
Eles podem te machucar.
Sabe que isso significa muito.
Eu sei,
Estou desmoronando, estou caindo.
Perdi tudo.
Acordei com medo olhando minhas mãos:
É um sonho?
Procurei a respostas nessas linhas.
Mas não existe explicação.
Estou chorando.
Eu sei o que eles dizem,
Eles me machucam.
Gostaria de ser livre,
Para ser e estar.
Ser além do que eu mesmo.
Agora com essa agonia,
Essa batida dentro de mim
Soa como um vento gelado.
Não tenho nenhuma razão
Para ser e existir.
Apenas sou,
Apenas estou. Morto.
Pego meu corpo e o levo para outro mundo,
Uma outra realidade
Que emana da minha imaginação.
Sei que sou vivo, mas como uma pedra,
Estou caindo.
Gostaria de ser livre
Para ser e estar.
Ser além do que eu mesmo.
Posso sentir essa chuva gelada
Caindo sobre mim.
Abro os braços e sinto tudo o que eu posso sentir.
Voar,
Eu só quero voar.
Mas estou caindo,
Desvanecendo.
Estou me afogando, me ajude a respirar.
Estou sofrendo.
Por favor, me ajude a respirar.
Olho o céu escuro
E escuto o estalar da chuva,
Os trovões e os sons da noite.
Dentro de mim:
Uma batida oca,
Ecoando pelo enorme quarto vazio.
Sinto as gotas geladas.
Estou chorando.
Com medo, olho as minhas mãos:
Estou em um sonho?
A existência é um pesadelo.
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Et sanguis in umbra
PoetryUm livro curto de poesias e prosas que vão do horror, ao gótico, à tristeza, melancolia, depressão, até o último estágio da dor humana. De passagens filosóficas à pura passagens de tristeza profunda. Aqui jaz toda a dor e agonia de um ser que descob...
