The one she knows him.

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Ela era teimosa. Seus pais sabiam que não ficaria quieta enquanto não comprasse a bolsa que tanto queria. Mas mesmo Candy Silverstone sendo uma garota teimosa. Sabiam que ela era sensata. Eles explicaram há ela que naquele momento a bolsa não era prioridade. Ela havia acabado de ganhar um computador novo. Uma bolsa nem pensar.
Segunda-feira, durante o jantar a garota mostrou para seus pais a empresa onde havia conseguido um estágio naquela tarde. Ela havia dito para eles que queria uma bolsa.
E ela ia conseguir aquela bolsa no final do mês.
Para Candy não era uma simples bolsa. Era uma Louis Vuitton. E por mais que seus pais não pudessem comprar, – ela entendia muito bem – daria o seu jeito. Não sabia como, mas nunca tivera medo de correr atrás do que queria.
Quando sua colega Sabrina comentou sobre uma vaga de estágio na empresa que a irmã dela trabalhava, ela não pensou duas vezes. E talvez eles estivessem mesmo desesperados por alguém, ou talvez fosse à maneira inteligente dela se apresentar que tivesse os cativado, não sabia ao certo, mas tinha conseguido o emprego. A ideia inicial era ficar lá por alguns meses, ou até menos. Já que tinha conseguido, fez algumas contas e pensou que daria até para comprar algumas roupas novas e quem sabe fazer uma viagem.
O que Candy jamais imaginou é que dias depois, ela desejasse alguém mais do que tudo. Mais do que aquela bolsa, já sem importância.
Ela havia ficado com ele na cabeça o tempo todo. Tinha dito a sua melhor amiga – que não era ninguém menos do que Sophie Silverstone, sua mãe – que ele só podia ser a personificação de Deus. Sabia que era um pouco dramático, mas ele era lindo demais, algo que não conseguia explicar. Quando seus olhos caíram sobre os dele, seu coração bateu rápido e tudo a sua volta se silenciou. Foi rápido, em um segundo ele estava lá e depois sumiu.
Ela havia voltado à cafeteria mais algumas vezes apenas para ver se o encontrava e nada. Absolutamente nada.
Uma tarde até tomou coragem e perguntou para uma das garçonetes, mas elas não sabiam de quem ela estava falando. As semanas foram passando e ela já não achava mais desculpas para procurar o estranho no mesmo horário de sempre, e então simplesmente desistiu. Ela não podia ficar procurando alguém que tinha visto por um breve momento, pela vida inteira.
Mas ela jamais se esqueceria daqueles olhos. E da sensação que sentiu ao vê-los.

– Eu te juro Melanie. – afirmou ela tentando fazer com que a colega de trabalho entendesse – Ele era lindo demais!
A outra bufou. Não aguentava mais ouvir aquela mesma história. Até Mellanie já havia ido à cafeteria sem que Candy soubesse apenas para procurar um homem que ela achava atraente. Não tinha encontrado ninguém. Aliás, havia encontrado um dos seus chefes. Aquele que quase não ficava na empresa e quando surgia, estava com um enrosco diabólico no pescoço chamado, noiva. Ele era absurdamente lindo, mas não podia ser quem Candy procurava, ele era bonito, mas não tanto quanto CEO Payne. E nem tão rico também.
– Ainda não confio na sua percepção sobre beleza. – disse a ruiva, erguendo o nariz.
– Problema seu. – respondeu Candy pegando o dinheiro da empresa para comprar café. A máquina tinha estragado de novo aquela semana – Só sei que eu preciso descobrir quem ele é.
– Mas não pense que vai sair todos os dias fazer isso. – advertiu Mellanie. – Tem muito trabalho aqui no escritório.
Candy revirou os olhos sem ela ver. Ela era insuportável. Já no primeiro dia notou que sua colega estava mais interessada em arrumar aquele cabelo e flertar com os homens engravatados do que ajudar em alguma coisa.
Ela não sabia como era o movimento do escritório. AEDAS era umas das empresas mais famosas do país e da Europa. Ainda não conhecia seu chefe mais tinha ouvido falar que ele era muito inteligente e que a empresa só carregava o nome por causa da maioria dos seus projetos. Ele era engenheiro civil. Só escolhia os melhores para trabalhar para ele e com ele.
Silverstone ainda não sabia o que queria fazer da vida. Ela já tinha feito curso de pintura, fotografia e secretariado e por mais que amasse um deles, ainda sentia-se insegura.
A mãe sempre dizia que ela era uma enciclopédia de baboseiras ambulante e que em algum momento da sua vida iria encontrar seu caminho.
Tinha esperanças, meu Deus como esperava que a mãe estivesse certa. Já estava estudando o último ano e ainda não sabia o que queria cursar.
Mellanie sorriu para alguém atrás dela e Candy se limitou a se encolher para o lado. De uma coisa ela sabia. Não serviria café para sempre.
– O senhor quer ajuda? – perguntou à ruiva, arrumando o cabelo.
Silverstone se virou para ver quem era o engravatado que a colega insuportável se insinuava.
Minha nossa.
Tudo bem, ela odiava a história de ter que servir café, mas quando seus calcanhares viraram e se deparou com ele. Enumerou todas as possibilidades daquele trabalho ser o melhor do mundo.
O moreno com os olhos dourados, era o primeiro motivo.

Desculpa se te chamo de amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora