Capítulo I - My name is Taylor. Taylor McCoy.

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Taylor. Me chamo Taylor McCoy. E estou fugindo. Para onde? Não sei, mas, provavelmente para algum lugar onde eu possa viver em paz.

O caos, foi nisso que a minha vida se tornou. Estou fugindo há 5 meses. Dormindo em lugares estranhos, viajando em uma caminhonete velha com meu irmão e comendo muito mal.

6:00 AM

Ouço Joe me chamar. Joe é o meu irmão, fugimos juntos e agora estamos em busca de um lugar para viver em paz.

- Venha logo, panaca. - Joe grita já impaciente, eu estava no banho há uns 30 minutos e ele odiava a minha demora.
- Cale a boca, não vê que vai acordar os donos da casa. - grito de volta.
- Saia logo daí e venha me ajudar! - grita ele novamente.

Após ele dar alguns murros na porta, desligo o chuveiro, pego uma toalha e enxugo meu corpo, para em seguida me vestir, coloco apenas uma calça jeans com uma camisa de botões, passo a mão pelos meus cabelos desfazendo os nós e saio do banheiro. Joe está parado do lado de fora, com uma caixa de ferramentas nas mãos, me olhando com impaciência.

- O que quer Joe?
- Arrume a caminhonete. Deu problema de novo.
- Não sou nenhum mecânico.
- Eu também não, mas convenhamos que você é bem melhor que eu em arrumar as coisas.
- Têm razão.

Pego a caixa de ferramentas de suas mãos e vou para fora da casa, abro o capô do carro e tento fazer o melhor que eu posso; após muitas tentativas, enfim, o carro liga.

- Nos mandamos amanhã de manhã. -Joe diz aparecendo atrás de mim e colocando a mão no meu ombro.
- Já comunicou os donos da casa?
- Não faremos isso. - ele sussurra.
- Por que? - sussurro de volta, ao perceber que estávamos tendo uma conversa sigilosa.
- A garota, a filha mais velha do dono da casa, Jane.
- Não vai me dizer que...
- É, eu estava tendo algo com ela. - ele diz com um sorriso malicioso nos lábios. - Não quero que ela fique triste com a minha ida.
- Não sei como consegue. - falo impressionado. - Em uma situação como essa, pensar em mulheres.
- Estou sendo perseguindo, não morto.
- Logo estaremos se ficarmos deixando tantas pistas.
- Têm razão, temos que tomar cuidado.
- Será que algum dia iremos voltar para o Arizona?
- Não sei, talvez.
- Não aguento mais. - falo me sentando na carroceria da caminhonete.
- É, eu também não, mas temos que ser fortes.
- EU NÃO DEVERIA. - grito, sentindo um nó na minha garganta, engulo em seco tentando controlar minhas lágrimas que não tardariam a surgir.
- Você não tem culpa, Tay. - Joe me abraça.
- Por que eu tinha de estar lá? - pergunto inconformado.
- Tay, foi uma coincidência. Você simplesmente estava no lugar errado e na hora errada.
- Podia ter acontecido com qualquer pessoa. - falo cruzando os braços. - Mas, aconteceu comigo. Logo comigo. Eu coloquei pessoas em risco. Mary morreu por minha causa.
- É, mas, eles não são apenas bandidinhos. São bem mais que isso. São perigosos, Tay.
- Não acredito que deixei minha namorada morrer. - falo, lágrimas escorrem pelas minhas bochechas e eu me apresso em limpa-las.
- Você não podia fazer nada, eles a pegaram, eram muitos e você apenas um.
- Eu poderia ter feito um acordo, poderia ter trocado a vida dela pela a minha. - falo inconformado.
- Pensamentos assim, não te ajudam em nada, Tay.
- É, você têm razão. - falo, enquanto caminho para dentro da casa novamente.

Vou para o quarto onde estávamos hospedados e me sento na beirada da cama, pego a minha carteira e tiro de lá uma foto minha com a Mary, ela estava tão linda, com suas madeixas louras emoldurando seu rosto, sua pele era tão macia, seus lábios tão doces, sua voz aveludada sussurrando meu nome não saía da minha memória. Meus olhos já estão inchados de tanto chorar e agora eu não consigo parar de soluçar. Sinto-me cansado, exausto de tudo isso, eu só quero que isso acabe logo, para que eu possa voltar para casa, para a minha vida e para os braços de Mary, infelizmente, esse último não vai ser possível, mas já seria bom se eu pudesse recomeçar a minha vida na minha antiga cidade, quem sabe, eu poderia abrir um negócio e fazer meus 5 anos de administração valerem a pena, e também poderia encontrar uma boa moça e ter filhos com ela, mas, isso não passa de planos, já que eu nem sei se estarei vivo para poder ter meus filhos.

- Temos problemas. - Joe chega abrindo a porta, me pegando de surpresa.

Guardo a minha carteira no bolso e vou atrás dele, que agora já estava na porta da casa.

- O que foi? Estamos em perigo?
- Eles estão aqui na cidade. - Joe diz com um olhar preocupado. - Teremos que partir hoje á noite
- Como soube?
- O dono da casa, Sr. Collins, acabou de voltar da cidade e me disse que só falavam nisso lá. Não vai demorar nada para eles descobrirem que estamos nessa fazenda.
- Vou colocar nossas coisas na caminhonete. Nunca se sabe! - falo, indo em direção ao quarto.

Guardo algumas roupas dentro das malas, pego nossos pertences e os guardo, por fim, levo tudo para a caminhonete, me sentindo um pouco mais aliviado, porque caso formos descobertos, não precisaremos fugir sem nada.

7:00 PM

- Vá tomar banho, ficarei na caminhonete te esperando. Podemos jantar em algum bar de estrada. - Joe diz.

Tomo meu banho, sabendo que talvez eu demore a ter tanto tempo assim para mim, estávamos sem muito dinheiro, apenas com o necessário, e as diárias nos hotéis não eram baratas, o que significa que iríamos passar algumas noites naquela caminhonete dura e velha; após alguns minutos, termino meu banho, me enxugo e me visto apenas com uma calça moletom e uma camisa de flanela, estilo não era muito a minha praia, mas, quem precisa de estilo quando se está fugindo de uma quadrilha?

- Estaremos rezando por vocês. - Julie, a filha mais nova do Sr. Collins, diz assim que me vê saindo do banheiro.
- Obrigado. - falo, dando um sorriso de canto.
- É uma pena que não possam ficar mais tempo. - ela diz passando a mão em minha barriga, me provocando um arrepio.
- É... - falo, enquanto engulo em seco.
- Você é muito tímido, se solta mais, pode ficar tranquilo, meus pais não estão em casa. - um sorriso malicioso surge em seus lábios carnudos.
- Julie, eu não... - antes que eu terminasse a frase, ela pula encima de mim e me rouba um beijo.

Suas mãos passeiam pelas minhas costas, enquanto eu a empurro contra a parede.

- Você ía dizer alguma coisa? - ela para o beijo, e abre um sorriso.

Volto a beija-la, e permito-me aproveitar mais a oportunidade que me foi dada, passeando com minhas mãos pelo seu corpo, ela arfa e então me aperta mais contra ela. Eu estava a ponto de começar a despir-la, quando ouço o barulho da porta, imediatamente nos afastamos e eu saio pelos fundos da casa.

- Que demora, achei que fosse ficar morando aí. - Joe diz, enquanto me esperava do lado de fora da caminhonete.
- Tive alguns contratempos.
- Uhum, e depois ainda fica falando que sou eu quem fica pensando em mulheres.

Após alguns minutos, pegamos a estrada, Joe foi dirigindo até chegarmos em um bar, que para a nossa sorte ainda estava aberto, jantamos lá e seguimos viajem, dessa vez eu fui dirigindo.

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⏰ Última atualização: Jan 17, 2019 ⏰

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