O labirinto da vida, como o próprio nome diz, representa-a em sua jornada, com seus becos sem saída, obstáculos, decisões equivocadas, reviravoltas e escolhas difíceis. Deparando-nos muitas vezes com as venturas e desventuras da vida, além de seus pormenores – incluindo os do amor – estamos, então, sujeitos à nos perder dentro de nós mesmos. Em sua forma moderna, o labirinto serve apenas como um jogo desafiador em que a primeira pessoa a alcançar o centro é a vencedora, porque, ao contrário daquilo que se pensa o ato da vitória não está no começo ou no final e, sim, no centro. O meio.
A jornada.
Em algum momento, surge no ser humano a necessidade de um contato mais íntimo. Seja um simples abraço ou a junção de dois ou mais corpos no ato sexual, fato é a condição predisposta de precisarmos de alguém. Imagine as cidades como grandiosas e bem tecidas teias de aranha, transeuntes como moscas e os arranha-céus como aranhas famintas prontas para devorar os mais lentos, medrosos. E inquietos.
A vida é um risco, é preciso arriscar para viver.
Ao nascer vidas são interligadas, talvez por algum tipo de lei regente no universo ou nada disso faça algum sentido quando você caminha por uma calçada de uma rua movimentada, esbarra no amor de sua vida e não percebe porque está com pressa de chegar no trabalho e repetir o ciclo diário, vicioso, até a exaustão; até a morte. Impensável é a vivência desmedida, àquela onde cumprimentos cordiais não são mais obrigatórios e são feitos com gosto.
Você, caro leitor, está pronto para o amor? Mas verdadeiramente pronto, eu digo, não uma paixão passageira, não um "crush" na pessoa do ônibus. Eu falo de amor, aquele descrito em poemas antigos e que poucos acreditam... Acredita? Coloque-se na história – não estória – como uma das personagens e permita-se caminhar pelo labirinto sem medo, e não se preocupe com os monstros que aparecerem no caminho, pois eles existem apenas na sua mente – na mente da autora que de forma parca irá conduzir as personagens até que assumam vida própria. A atipicidade não vem ao caso agora, será explicada depois ou irá apenas para o montante de perguntas sem respostas.
Personagens distintos, idades, gostos, anseios... Tudo. Interligados, misturando-se como água e tinta numa pintura aquarela, compondo, assim, os amores em aquarela. Estejamos prontos para os desamores também, porque na vida nem tudo são flores e há quem não nasceu para cultivar um jardim.
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Amores em Aquarela
General FictionEncontros e desencontros, Rio de Janeiro e São Paulo - ponte aérea para o acaso. Pessoas interligadas, incapazes de saber o final da peça onde são meros coadjuvantes, sem espaço para protagonistas ou figurantes, coadjuvantes da própria história. Ima...