dreams king ⁂ v.min

vou ser o Jared Leto do teu sonho.

muitos parabéns meu nenem aaaaaaaaaa eu já falei tudo o que tinha pra falar então enos te amo eSPERO QUE SAQUES AS INDIRETAS ;););););)

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PARK JIMIN

Quem foi que nunca teve um sonho diferente e ficou pensando neste o dia inteiro? A linguagem dos sonhos é simbólica, o que instiga ainda mais a nossa curiosidade sobre o que eles querem dizer. E não há limite para quem sonha. Durante o sono, mesmo deitados em nossas camas, podemos voar, nos transformar, e viajar por mundos imaginários inimagináveis. Por vezes, são sonhos tão positivos que, quando acordamos, tentamos até dormir de novo. De acordo com a psicanálise, os nossos desejos reprimidos podem, de certa forma, ser realizados durante o sonho. Outras vezes, temos pesadelos, às vezes recorrentes, dos quais temos muito medo, e despertamos assustados.

Acho que era só mais um dia normal em que, depois de uma noite bem dormida – e em que, acho, sonhei com cavalos – me levantei, super pronto para ir trabalhar. Talvez fazer umas horinhas na loja de conveniência dos nossos pais não seja a pior coisa do mundo – também não é a melhor, mas o que importa é saúde.

Tanto que não é assim tão mau que foi lá que te conheci.

É engraçado, porque as terças eram o dia mais fraco na loja. Então, ver ali entrar alguém, principalmente um garoto da minha idade, fez-me sorrir ligeiramente.

Inquiri-te o que precisavas – como fazia com todos os clientes – e tu olhaste para mim com os teus orbes escuros. O teu cabelo castanho com mexas verdes na franja faziam-te parecer uma criancinha que queria muito colorir o cabelo mas os pais não permitiam; então, para agrado de todos, só pintou a franja.

Achei-te atraente no momento em que percebi que eras, provavelmente, das poucas pessoas que ficava lindo mesmo com roupa de fato treino. É algo que eu, pessoalmente, odeio; mas tu ficavas maravilhoso.

Sentaste-te num dos bancos em frente ao balcão e depositaste os teus braços sobre mesmo, ainda sem uma palavra. Talvez eu tivesse uma expressão confusa no rosto, mas não era para menos.

Suspiraste e depois sorriste sem mostrar os dentes. Quis apertar-te as bochechas nesse momento.

— Preciso de companhia. Estou entediado.

Franzi as sobrancelhas. Nesse momento, além de atraente, achei-te esquisito.

— Quem vem para uma loja de conveniência porque precisa de companhia? — Eu tive que te questionar. Não estavas a fazer sentido algum.

— Eu mesmo. Prazer, Kim Taehyung. — Esticaste-me a mão e o teu sorriso cresceu. Tinhas os dentinhos tortos, mas isso era adorável. Mais lindo ainda era o facto de teres o sorrisinho quadrado.

— Park Jimin. — Sorri-te de volta.

Depois disso, começaste a falar de coisas completamente aleatórias; contaste-me o que tinhas comido ao jantar no dia anterior, o que tinhas almoçado e o que pretendias voltas a jantar. Falaste dos teus amigos e até do teu primeiro dia de aulas. Partilhaste que tiveste chupeta até aos oito anos, o que me fez gargalhar bastante. Aos sete anos, pediste cinco irmãos à tua omma, mas ela não queria mais filhos; fizeste birra por isso e agora tens dois irmãos que, segundo a tua pessoa, estás farto deles.

Pois é, Taehyung, karma.

Passadas, talvez, duas horas de te ouvir falar, inquiriste-me sobre mim. Gargalhei e perguntaste porquê, ao qual respondi explicitamente:

— Achei que pensavas que era mudo.

Deste um risinho adorável e bateste-me no braço, como se dissesses que eu era meio estúpido por ter dito aquilo.