Primeiro beijo do casal

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Conversa vai, conversa vem e mais uma vez a conversa vem e enfim a conversa foi. Caroline e Victor dizem que já estão indo, Caio aproveita a carona, e a Evelly diz que vai embora também.

- já? Acabei de pedir uma fatia de torta de limão, nem vao me esperar. (Falo)
- eu acompanho você. (Diz Júnior ainda sentado)
- olha ai. Vou indo amiga, te vejo em casa. (Diz Evelly)

E eles saem conversando.

- nossa, que povo ingrato, eu que marco pra se reunir e eles me abandonam.
- relaxa, é que amanhã eles trabalham. (Diz Júnior tomando o resto do cafe na xícara)
- verdade. (Lembro-me) minha amiga não tem desculpa.
- ela so queria conhecê-los mais, e também acho que algo lhe interessou em? (Diz ele levantando a sombrancelha, me fazendo pensar)

Dou risada. Enfim a torta chega.

- vou comer rápido tá?
- sem pressa.

Começo a comer e depois de um tempo percebo que ele me observa, levanto a cabeça e nossos olhos se encontram.

- que foi? (Inclino a cabeça de lado com um pequeno sorriso)
- você fica linda de qualquer jeito sabia? (Diz ele)

Acho que nessa hora fiquei da cor de um tomate.

- ah! Obrigada. (Continuo a comer)

Ficamos em silêncio. Assim que termino, pagamos a conta e vamos embora. Ele se oferece para me acompanhar até a minha casa. A maior parte do caminho fomos em silêncio, mas quase na metade, Júnior quebra o silêncio.

- posso te falar uma coisa?
- pode. (Falo e viro-me pra ele, enquanto andamos)
- eu não consigo parar de pensar em você.

Nesse momento eu engoli seco, parei. Aquilo foi algo surpresa. Ele percebe que parei e vem ate mim.

- desde o dia que cheguei, que te derrubei no chão com minha loucura, que você tem tirado meu sono. Não pense que isso é algo ruim, não é. É algo bom. (Ele sorri fraco) naquele dia que aquele canalha queria te beijar a força, fico pensando se eu não tivesse chegado na hora certa. Depois você torceu o pé, e sabe eu fiquei bastante preocupado, fico feliz que esteja melhor. Bom, falei tudo que estava sentindo, isso estava me enlouquecendo. (Diz ele respirando como se tivesse  tirado um peso das costas)

Eu não consigo dizer nada, apenas olho para ele. Ele começa a andar de um lado para o outro.

- fala alguma coisa. (Diz ele ainda sem parar de andar)

Mais eu não acho palavras pra dizer algo, abro minha boca e nada sai. Então ele pega em meus braços me balançando um pouco como se quisesse me acordar.

-fala alguma coisa. (Diz novamente olhando nos meu olhos)
- você também tem tirado meu sono. (Foi a única coisa que consegui dizer)

Uma de mãos suas cola ao lado do meu rosto, fecho os olhos, sinto ele se aproximar, sua respiração forte bem perto, meu coração parece saltar; com o nariz colado ao meu, diz:

- posso?

Balanço a cabeça que sim.
Então sua mao se posiciona na minha nuca e ele me beija. Um beijo cheio de misturas: paixão, necessidade, sinceridade e despero.
Assim que nos afastamos, nossas respirações são fortes.

- me leva pra casa. (É o que digo)

Ele acena em confirmação, pega minha mão e depois olha para mim, apenas correspondo o olhar.

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