Capítulo 15|Luisa

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Iron engasgou com sua bebida.
Vinicius riu.

- Cala essa boca Ana Paula!-  eu disse por entre os dentes.

Peguei minha amiga pelo braço e sai arrastando ela até o quarto.

- Luisa do céu quem são eles e como você veio parar aqui e porque não atende minhas ligações e não responde minhas mensagens? - soltou.

- Uma coisa de cada vez Ana..., bem eles são meus "amigos", o Iron me trouxe até aqui e eu não atendo suas ligações porque meu celular quebrou e eu ainda não comprei outro.- disse.

Ela fez silêncio enquanto tentava assimilar tudo oque eu disse.
Depois disse:

- Hum...e porque esse Iron te trouxe aqui? E qual daqueles é o Iron?- perguntou.

- O Iron é aquele que quase morreu engasgado.- suspiro e continuo..- E ele me trouxe aqui porque...-faço uma pausa- Porque eu não tinha pra onde ir..

- Oi? Pera aí. .mais e seus pais, sua casa...oque está acontecendo Luisa??

- Minha casa ainda esta lá...mas meus pais...

- Fala Luisa!

- Eles morreram amiga...meus pais morreram.

Já era quase a hora do almoço e nós ainda estávamos abraçadas, deitadas em minha cama. Eu chorava no ombro de minha amiga e ela tentava entender e me consolar ao mesmo tempo.

Eu havia contado tudo pra ela, pelo menos tudo oque eu sabia, contei do acidente, do Vinicius me levando pro hospital e da noite em que ele foi me buscar para ficar aqui com ele. Contei do velório também.

Por outro lado ela também teve que me explicar como é que me encontrou aqui já que eu não disse para ninguém onde estaria.  Ela me disse que um rapaz que mais parecia um gibi de tão tatuado à parou em frente a faculdade e disse que sabia onde eu estaria e poderia trazê-la aqui se ela quisesse. Wil...acho que era esse o nome dele. Então ela veio o mais rápido que pôde verificar se informação era verídica.
Nossa dúvida era de como o gibi sabia sobre Ana e a localização da sua faculdade. 

**

Derrepente alguém bate na porta. 
Era Vinicius.

Rapidamente eu limpo minhas lágrimas e tendo disfarçar a cara de choro.

- Pode entrar.- Digo

- Oi...só vim saber se vocês não querem...- ele faz uma pausa e me analisa, e então pergunta:- Você estava chorando Luisa?

- Não. - digo rápido demais.

- Ok...- ele me olhava como se soubeçe a verdade.- Vim saber se querem almoçar...

Eu ia dizer que não. Mas antes mesmo de eu abrir a boca, Luisa responde:

- Claro que sim. E onde vamos?- perguntou.

Vinicius sorri.

- Aqui mesmo, eu fiz strogonoff. - Ele diz e sai.

Eu encarava minhas mãos e só queria ficar ali, deita com Ana. Não sentia fome e mesmo amando strogonoff, eu prefiri  ficar no quarto.

- Ah, qual é amiga! Você ama strogonoff e eu não conheço ninguém que goste tanto quanto você. Vai por favor. - Ela insistia pela terceira vez.

- Não vem fazer esse biquinho pra mim não Ana Paula...eu to sem fome amiga. Pode ir...- digo.

Ela então desiste e sai pela porta batendo o pé.

(...)

Algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto,  mas eu estava calma.
Então alguém bate na porta.

- Entra amiga.- digo.

- Oi...sou eu. - Vinicius diz entrando no quarto.

- Ah..sim. E cadê a Ana?- pergunto me sentando na cama.

Vinicius se aproxima parando em minha frente, ele vestia uma regata branca e uma calça jeans simples.

- Ela ainda está comendo. O Iron está com ela.

- Hum..

- Eu vim ver se você não quer comer... Já que não tomou café..

- Estou sem fome...mas obrigada.

- Tem certeza? Segundo sua amiga a minha comida está deliciosa! - disse sorrindo.

- Ah é? Vai lá ficar com ela então. - digo me levantando.

- Aaaaa,  fala sério Luisa! Não me diga que você viu duplo sentido de novo!?- disse parando em minha frente.

- Dá licença que eu vou no banheiro! - digo

Ele riu.

Ele riu muito.

- Que foi agora?- pergunto

- Você está com ciumes.

- Não, não estou. E você está  louco.

Vinicius me segurou pela cintura colando nossos corpos. Sua respiração estava ofegante e seus olhos procuravam os meus, que fugiam dos seus desesperadamente. Eu não queria olhar pra ele, eu não queria ver aquele mar do Caribe focado nos meus lábios de novo. Ou então não resistiria.

- Olha pra mim...- ele sussurrou em meu ouvido.

Seu hálito quente de menta me fez suspirar, senti minhas pernas amolecerem e, se não fosse por estar envolvida em seus braços eu teria caído obviamente.

- Não.-  digo com a voz falha.

Ele sorri de canto, leva seus lábios até o meu pescoço e começa a me beijar ali. Ele beijava com calma, devagar..parecia que estava querendo me torturar sabe?!

Eu podia sentir seu riso entre os beijos.

Ele sabia que eu o queria. E estava me torturando de propósito.

Idiota.

Minha respiração começou a me entregar. Eu estava ofegante tanto quanto Vinicius.
Ele percebeu.

Soltou o meu pescoço e disse:

- Quer que eu beije a sua boca agora?

Simmm!

- Pode ser...- digo tentando disfarçar, muito mal é claro.

Ele riu lindamente.

E eu corei lindamente. Só que não.

- Com muito prazer anjo.- ele disse.

Nossos lábios se encontraram e eu titubeei novamente. Ele percebeu e me apertou mais contra si. Eu podia sentir as batidas fortes em seu peito, era estranho sentir que havia um coração dentro daquela muralha que era Vinicius.

(...)

Quando nossas bocas se soltaram, sua expressão estava séria. Ele colou sua testa na minha e disse:

- Será que você tem noção do que está fazendo comigo anjo?

Eu não respondi. Não sabia oque dizer..não sabia oque eu estava fazendo com ele.

Mas queria muito saber.

- Você está me atropelando com um tanque de guerra e eu não sei como escapar disso. Eu não quero escapar disso Luisa.- ele diz abraçando minha cintura.












                        __☝💪__

08/09/2017
14:55 hs.

Inesquecível é VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora