Capítulo - 33 Epílogo

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Matias cresceu como uma criança feliz , e eu aprendi a ter mais amizade com as letras e me tornei letrado , e ao lado da sinhazinha Rosa , me aprendi a ser , um homem de posses , pois o gado era , agora o nosso ganha pão e os escravos nossos alforriados só tiveram a lucrar com a nossa convivência , e éramos felizes , o Cipriano se casou e foi morar na corte , mas sempre que pode ele aparece por aqui , e aqui nós mesmos cuidamos de tudo e com muito amor , não quisemos ir morar na corte , e além do que tivemos outra criança a quem demos o nome de Laura , e é uma linda criança ,, e aqui vivemos em paz , respeitando a todos : temos poucos escravos , que agora são nossos colaboradores e cada qual tem seu pedaço de terra , onde plantam o que quiser , e como quiser , só cobramos o que é de direito , pela terra que eles utilizam e sabemos que o que cobramos é o justo , somos uma grande comunidade , e ainda vamos muito ao rio, agora com as crianças e para fazer intimidades , usamos o conforto do nosso quarto , e é lá que nos desnudamos e nos amamos , e não temos do que nos queixar , pois Deus foi bastante generoso e com o seu dedo , me tirou de várias situações vexatórias e eu anseio por uma existência longa , assim como foi com pai Tonho , ele ainda anda por esse mundo de meu Deus e quando conto como fui curado , sei que somente os tementes a Deus e os que o conheceram sabe que ele era capaz de tudo quando queria ajudar , e foi o que fez comigo , e eu tenho uma imensa gratidão ,no lugar da choupana dele , fiz um caminho de flores e plantas , como gosto e sempre vou lá e digo como vão as coisas, as vezes em voz alta, ou em pensamento , , se bem que nem precisa , ele anda por tudo quanto é canto dessas terras e eu sinto que tá nos observando de quando em vez., ... as flores nunca morrem e sempre quando vou regar , elas estão vivas e adornam a sua sepultura . Eu nunca mais soube de Severo , nem de Joaquim aquele a quem devo toda a minha gratidão , por estar aqui para contar essa estória , eles sumiram pelo quilombo , e eu não quis mais retornar para lá , pois eu tinha a minha sinhazinha , por quem vivo e meus filhos , por quem respiro.
Aprendi de fato a me expressar melhor , para acompanhar minha sinhazinha e ensinar a meus filhos , e tenho lido bastante , porque é muito bom se sentir gente de verdade , e ter o que contar , mesmo que seja um passado tenebroso , mas este passado me dar orgulho , porque venci ,e esta é uma parte da minha vida, é uma parte que sei que meus filhos amam quando abro a boca para falar e eu , sem receio abro a boca e conto ..... 
FIM














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